6 de fev. de 2012

Replicas-Sgt. Pepper: um Mini feito a mão no Rio de Janeiro



Seus olhos dizem que o carro aí em cima é um Mini Cooper modificado para pistas, mas na verdade trata-se de uma réplica carioca chamada Sgt. Pepper. Ele tem chassi tubular, carroceria de fibra de vidro e é impulsionado por um pequeno motor Fiat instalado na porção central-traseira do carro. O foguetinho foi construído por Alfredo Soares Veiga, que nos contou como foi o processo de desenvolvimento e construção do carro.

Apesar de ser dentista, Alfredo já idealizou e construiu vários carros, entre eles o (Emis) Art e uma réplica do Mini Moke baseado na mecânica do Fiat 147 chamada Iguana. Essa experiência com o Iguana deu início à história do Sgt. Pepper há quase 10 anos, quando ele comprou um Mini original com a mecânica em péssimo estado.
Inspirado pelas adaptações do motor VTec feitas nos EUA e na Europa,  Alfredo decidiu instalar no carro o motor do Fiat Uno 1.6R e o eixo traseiro do Fiat 147. O resultado foi bombástico, já que a potência do motor Fiat atinge números nunca vistos pelo carrinho em seus motores originais, mas a adaptação exigiu um alongamento de 15 cm na dianteira, algo que não o agradava esteticamente, e por isso acabou vendendo o carro.

Dois anos mais tarde, ainda com o Mini na imaginação, Alfredo começou a trabalhar no projeto que batizou de Sgt. Pepper. Decidiu que o motor seria instalado entre os eixos, em posição central-traseira – outra modificação bastante comum na Inglaterra. Ao contrário dos ingleses, ele usaria uma carroceria em fibra de vidro e chassi tubular.
Para fazer a carroceria, Alfredo teve uma pequena ajuda de um amigo que cedeu seu Mini para fazer a moldagem dos paineis em fibra de vidro. Isso garantiu ao Sgt. Pepper o visual precisamente fiel, característica que mais impressiona no projeto. As peças de acabamento como dobradiças de porta e tampa traseira, maçanetas, trincos, lanternas e grade dianteira são originais e mantêm a fidelidade da carroceria.

O chassi tubular com gaiola integrada teve a carroceria fixada em vários pontos de colagem, o que transformou o conjunto em um monobloco, como no modelo original. Na dianteira, no lugar do motor estão o radiador e o tanque de combustível. A suspensão e cubo de rodas vieram do Palio Fire, e tiveram apenas amortecedores e molas substituídos por um conjunto de coilovers ajustáveis. As rodas de 14 polegadas usam pneus 185/60 e abrigam discos de freio ventilados na dianteira e sólidos na traseira.
Do Palio Fire também veio o motor de um litro, cilindrada fiel ao projeto de sir Alec Issigonis. Alfredo conta que sempre gostou dos motores de Betim por serem leves, práticos e compactos, e também pelo bom desempenho em veículos pequenos. No Sgt. Pepper o motor nem precisou de preparação: com 75 cv empurrando 741,5 kg, a relação peso/potência de 9,88 kg/cv prova que diversão ao volante não se mede com centímetros cúbicos

A pequena criação foi um dos Pace Car do último Oktane TrackDay, realizado em janeiro em Jacarepaguá. Quem já andou afirma que o bichinho é gostoso e rápido, com a dinâmica estimulante típica dos carros de tração traseira, tudo o que gostaríamos de ter na garagem para os fins de semana.

Por isso perguntei a Alfredo se seria possível comprar um Sgt. Pepper. Felizmente ele pretende construí-lo em uma pequena série. Embora ainda não tenha ideia de custos e tamanho da produção, espera-se que o carro tenha uma vida mais longa que seu jipe Iguana, do qual foram produzidas apenas 20 unidades.

Fonte:jalopnik.
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br
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