20 de fev. de 2012

Nascar-Nascar quer rever regulamento sobre venda de vagas

Acordo entre dois times garantiu a presença de Danica Patrick nas 500 Milhas de Daytona


A Stewart-Haas comprou a vaga da Baldwin para Danica Patrick (LAT Photographic)
A organização da Nascar sinalizou para uma revisão do regulamento que assegura vagas para as corridas da classe Sprint Cup, a principal da categoria.
Pelas regras atuais, os proprietários dos 35 carros melhores colocadas no campeonato do ano anterior garantem colocações entre os 43 no grid das cinco primeiras etapas da temporada seguinte. Contudo, as normas não proíbem ou restringem a chamada venda de vagas e muitas equipes e patrocinadores acabam usufruindo do regulamento para incluir pilotos que ficaram de fora da lista, para que possam participar das provas sem o risco de não se classificarem.

Foi o caso do acordo entre as escuderias Stewart-Haas e Tommy Baldwin. O time de Tony Stewart transferiu a novata Danica Patrick para um carro da Baldwin que está entre os 35 preferenciais, confirmando a presença da piloto nas 500 Milhas de Daytona, mesmo que ela não se classifique em pista.
Segundo o vice-presidente de operações da Nascar, Steve O'Donnell, a prática tem desagradado os fãs e a categoria resolveu reavaliar o procedimento. No entanto, ele descartou a hipótese de extinguir o conceito.
"Sabemos que trata-se de um desafio para nós. Estamos longe daquilo que os fãs pensam. Seria melhor se estivéssemos falando sobre o que acontece nas pistas. As 500 Milhas de Daytona são um evento grandioso para o automobilismo, mas há essa parte ligada ao evento", comentou.
Conforme explicou O'Donnell, uma das alternativas seria estipular um prazo final para que os acordos sejam fechados com certa antecedência. "Os acordos têm acontecido cada vez mais em cima da hora, o que torna cada vez mais difícil de explicar", admitiu. "Você vislumbra para um prazo limite no final da temporada, onde as coisas seriam colocadas no lugar?", sugeriu.
"Novamente, isso pode ser complicado para alguns proprietários, mas talvez seja algo que tenhamos que olhar, para que isso se torne parte das histórias da pré-temporada e assim, quando formos para Daytona, possamos falar apenas da corrida", acrescentou.
Apesar das críticas, o vice-presidente de operações da categoria defendeu que a prática pode ser benéfica, por ajudar donos de equipes menores a incrementar a renda. "Se você analisar historicamente, houve diversas parcerias que permitiram a alguns times arrumar a casa novamente. Isso faz parte das corridas também", justificou.
"Eu diria que ajudar Tommy também faz parte disso. É óbvio que não podemos demonstrar preferências, mas isso faz parte do que mais nos interessa no esporte: ter um proprietário como Tommy Baldwin com o time em bom funcionamento, para nós, é uma boa coisa", concluiu.

Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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