6 de fev. de 2012

Chevrolet - Vectra GSi: esportividade latente em formato sedã



Já falei aqui há algum tempo sobre os esportivos nacionais que marcaram presença em nosso mercado durante as décadas de 80 e 90. Naquela época a idéia era fazer algo realmente diferente com o intuito de criar uma versão própria.

Bancos esportivos, rodas, interior com detalhes diferenciados – como volante e manopla de câmbio trazendo costuras em couro – painel com fundo vermelho e outras coisas. Na mecânica, mais do que a mesmice de algo falso, o pessoal tinha carta branca para colocar carburadores duplos, comandos mais “bravos” e suspensão mais firme.
Nos últimos anos vimos a chegada de falsos esportivos, com aparência externa e a mesma base mecânica de seus irmãos de linha. Exemplos não faltam, mas a idéia é resgatar os modelos que merecem as tradicionais siglas na traseira. O Vectra GSi é um deles.

Nesse período a Chevrolet foi extremamente feliz com seus lançamentos no Brasil. Muita gente considera essa uma fase de ouro da marca, antes de Agile, Vectra-quase-Astra e outros modelos menos atraentes, por assim dizer.
Olhando à primeira vista o jogo de rodas de quinze polegadas – com um desenho que fez sucesso – chamava a atenção. Afinal, nenhum modelo vinha de série com essa medida “extrema”. As saias laterais, o pequeno aerofólio e a sigla GSi complementavam o visual. Um carro discreto – mas na época o mais veloz do Brasil.
O motor da Opel merece elogios de sobra. O propulsor tem pistões forjados, 2,0 litros, 16 válvulas e 150 cv, com 20 kgfm de torque. O ronco típico da versão esportiva é algo interessante pra quem viveu e conheceu a fama do carro (o coletor de aço inoxidável é o responsável por isso). Além disso, é resistente e se mantém vivo em projetos legais como esse, mostrado aqui recentemente.
O acabamento é outro ponto de destaque. As portas trazem apliques de madeira e os bancos são revestidos de couro. O volante de quatro raios tem boa empunhadura. O painel traz computador de bordo e instrumentos de fácil visualização. Ainda tinha a vantagem de levar passageiros com conforto de sobra.

O GSi é esperto e mostra força de sobra a partir dos 3.000 giros, como um legítimo multiválvulas. O fôlego nas acelerações também é sentido nas retomadas. Fica fácil entender como ele se tornou o nacional mais veloz de seu tempo, chegando aos 212 km/h, e com números bastante atuais de aceleração (0 a 100 km/h em 8,5 segundos).
E assim conhecemos mais um grande esportivo nacional. Encontrar um desses foi uma tarefa árdua (novamente deixo meus agradecimentos ao Luís, da Coleção LM Malzoni). O diferencial desse exemplar é que ele está à venda. O leitor pode conferir mais detalhes, incluindo o valor, nesse site. É um bom investimento, e que só deve valorizar ao longo dos próximos anos.
Fonte:jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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