Marca indiana investe na diversidade energética e apresenta conceitos movidos a gás e hidrogênio, além de protótipos híbridos e elétricos
por Túlio Moreira
A Tata é uma marca de contrastes. Ao mesmo tempo em que enfrenta fracassos e problemas sucessivos com o ‘ultra popular’ Nano, a gigante indiana explora o que há de mais moderno na indústria automobilística com a nova geração de modelos da Jaguar e da Land Rover.
Mas a maior fabricante automotiva do sudeste asiático quer mudar sua imagem local – e começou pelo Salão de Nova Déli deste ano.
A Tata aproveitou o principal evento do segmento na Índia para apresentar nada menos que quatro novos protótipos com vocação ambiental. Dois são alimentados por gás, um consome hidrogênio – tecnologia até então restrita a marcas premium como BMW e Mercedes-Benz – e há ainda um compacto elétrico e um híbrido que combina propulsão elétrica a um motor diesel.
O Tata Nano CNG Concept consome gás comprimido e gasolina e conta com um sistema eletrônico de segurança que desliga automaticamente o fornecimento de gás no caso de ser detectado vazamento do combustível. E esta não é a única diferença em relação ao Nano comum. O interior tem painel revisto, com nova alavanca de câmbio, e a autonomia foi estendida para 525 km – 150 km a mais que a versão convencional.
O excêntrico Magic IRIS CNG é o outro conceito apresentado em Nova Déli movido por gás. Trata-se de um comercial compacto com vocação para transportes rápidos. A pequena van conta com motor de apenas 611 cc, o suficiente para entregar 13 cv de potência e 3,7 kgfm de torque máximo. O conjunto mecânico é acoplado a uma transmissão manual de cinco velocidades. Este curioso protótipo da Tata tem grandes chances de chegar ao mercado indiano, onde a demanda por combustíveis alternativos é cada vez maior.
Já o sedã Indigo Manza Hybrid Concept é animado por um motor diesel de 1.05 litro, que atua em conjunto com dois motores elétricos. O modelo pode ser conduzido em modo 100% elétrico e o pack de baterias de íons de lítio pode ser recarregado por meio de um painel solar instalado no teto. A Tata anuncia emissões de CO2 inferiores a 90 g/km, graças à atuação combinada de vários recursos tecnológicos, como o sistema start/stop e a frenagem regenerativa.
Há também um compacto elétrico batizado de eMO. Apesar de não ter planos para produzir o conceito em série, a Tata acredita que o protótipo custaria algo em torno de US$ 20 mil nos EUA, isso sem contar os incentivos concedidos pelo governo norte-americano. O carrinho de linhas futuristas tem portas do tipo suicida e espaço para quatro pessoas. O conjunto elétrico concede autonomia de 160 km e atinge a velocidade máxima de 104 km/h.
No segmento de ônibus, a Tata apresentou o Starbus Fuel Cell Concept, desenvolvido com o apoio do Departamento de Pesquisa Industrial e Científica do governo indiano. O veículo é equipado com células de combustível movidas a hidrogênio, além de dois motores elétricos traseiros. O conjunto desenvolve 250 cv de potência e um torque máximo de 107 kgfm. A velocidade máxima está limitada a 70 km/h.
Fonte:motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
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