Roadster se destaca pelo estilo e prazer ao volante. Suspensão garante estabilidade, mas incomoda em pisos irregulares.
São três roadsters na família, e você evidentemente acaba se confundindo sobre onde aquele modelo se encaixa na hierarquia da Mercedes-Benz. “É o de entrada ou o intermediário?”, você se pergunta após seu cérebro processar que aquele não é o SLS, o topo de linha, justamente o que visualmente inspira os menores. Recorre à identificação na tampa do porta-malas, descobre que se trata de um SLK e, de novo, estranha: cadê a cara de carro de Fórmula 1 da geração anterior, que virou marca registrada do SLK?
O estranhamento no primeiro contato com o novo roadster, que chegou ao Brasil em junho custando R$ 252.900 na versão 350 CGI, no entanto, dura pouco. A terceira geração do SLK, que se diz Sportlich, Leicht und Kurz em alemão, ou esportivo, leve e curto em português; perdeu personalidade visualmente, mas ganhou elegância e esportividade em dose inversamente proporcional. Na frente, os faróis continuam avançando sobre o capô, mas agora de maneira mais decidida, enquanto a grade está mais pronunciada. Atrás, lanternas maiores e contornos mais musculosos encerram um desenho harmonioso. Se a primeira geração revelava um estreante um tanto inseguro, a terceira transmite a ideia de que seu dono aprecia esportividade e estilo com muito mais atitude.
Traseira do SLK está mais volumosa e harmônica. (Foto: Rodrigo Mora/G1)Internamente, o SLK desafia até mesmo o ocupante mais ranzinza a encontrar algo que lhe desagrade. Os materiais usados nos bancos, no painel e nos apliques de metal são de indiscutível qualidade. E em nenhum momento é possível duvidar da esportividade do carro, seja pela posição de dirigir rente ao assoalho, pelo volante convidativo, ou pelo painel de instrumentos com velocímetro e conta-giros separados artificialmente. Outro ponto elogiável é o aproveitamento de espaço: não sobra nem falta, o carro simplesmente te envolve.
Confortável e espaçoso, interior oferece o melhor em acabamento (Foto: Rodrigo Mora/G1)Quanto à troca de personalidade do SLK, sua transformação de cupê para conversível acontece de maneira simples e rápida, bastando apertar um botão posicionado charmosamente no console central. O teto removido vai parar no porta-malas, mas ainda assim é possível acomodar a mochila do casal. Os dois defletores instalados atrás dos bancos ajudam a manter a conversa em níveis sonoros razoáveis.
Transformação em conversível demora poucos segundos (Foto: Rodrigo Mora/G1)ESP ON
Para começo de conversa, nunca duvide do poder de um carro que, sentando no cockpit, você consiga encostar a mão esquerda na roda traseira. Isso significa que se está ao volante de um veículo de traseira curta, e portanto com pouco espaço para erros no caso de uma escapada. Qualquer abuso exigirá um contra-esterço imediato. É recomendável não desligar os controles de estabilidade e tração – a menos que você esteja num autódromo e seja verdadeiramente consciente de suas habilidades. É bom deixar isso claro, porque as reações rápidas da direção, o ronco encorpado do motor e sua força convidam o motorista a partir para uma brincadeira mais ousada.
Traseira curta é sinônimo de reações ariscas (Foto: Rodrigo Mora/G1)Isso não significa, claro, que um carro tão elegante não saiba se comportar. Mude a alavanca do câmbio automático de sete marchas (7G-Tronic Plus) da posição manual para a automática, enxugue o suor das mãos causado pela adrenalina e desfile calmamente, como sugere um conversível. As trocas são mansas e a suspensão, que trabalha competentemente quando aceleramos, até que filtra bem as irregularidades do piso, apesar das rodas de 18 polegadas montadas em pneus de perfil 40 – mas é óbvio que nos trechos mais maltratados os ocupantes sentem cada milímetro do buraco, além de uma profunda compaixão pelas rodas.
Concorrentes (Foto: Arte/G1)Menos emoção e R$ 50.000 de economia
Dizer que o SLK 350 cumpre seu papel é um tanto desnecessário. Afinal, ele oferece, de maneira bem acentuada, os atributos buscados pelo público-alvo: estilo, desempenho, exclusividade e prazer ao volante. No entanto, para quem se recusa a gastar mais do que R$ 202.900 num carro que, na maioria dos casos, será usado apenas nos finais de semana, talvez seja melhor ficar com o SLK 200, que oferece níveis de diversão ao volante levemente inferiores, mas tem a mesma habilidade de atrair atenção enquanto seu dono passeia com os cabelos ao vento.




Para começo de conversa, nunca duvide do poder de um carro que, sentando no cockpit, você consiga encostar a mão esquerda na roda traseira. Isso significa que se está ao volante de um veículo de traseira curta, e portanto com pouco espaço para erros no caso de uma escapada. Qualquer abuso exigirá um contra-esterço imediato. É recomendável não desligar os controles de estabilidade e tração – a menos que você esteja num autódromo e seja verdadeiramente consciente de suas habilidades. É bom deixar isso claro, porque as reações rápidas da direção, o ronco encorpado do motor e sua força convidam o motorista a partir para uma brincadeira mais ousada.


Dizer que o SLK 350 cumpre seu papel é um tanto desnecessário. Afinal, ele oferece, de maneira bem acentuada, os atributos buscados pelo público-alvo: estilo, desempenho, exclusividade e prazer ao volante. No entanto, para quem se recusa a gastar mais do que R$ 202.900 num carro que, na maioria dos casos, será usado apenas nos finais de semana, talvez seja melhor ficar com o SLK 200, que oferece níveis de diversão ao volante levemente inferiores, mas tem a mesma habilidade de atrair atenção enquanto seu dono passeia com os cabelos ao vento.
Fonte:G1
Disponível no(a):http://g1.globo.com/carros
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