Ford faz “avant-première” do novo EcoSport meses antes do lançamento oficial
por Igor Macário
Auto Press
A chegada do Renault Duster ao mercado evidenciou a defasagem do Ford EcoSport atual e a carência de novidades no segmento dos utilitários compactos na faixa dos R$ 50 mil. Por isso, a Ford se apressou em mostrar a segunda geração da versão SUV do Fiesta, “inventada” no Brasil em 2003 – ainda que o novo modelo esteja longe de chegar às lojas.
A fabricante apresentou em um evento em Brasília uma maquete do novo “Eco”, feita de fibra de vidro e acrílico, que serve somente para visualização das linhas da carroceria, mas sem interior finalizado ou qualquer sistema mecânico ou eletrônico. A apresentação de um modelo em estágio tão preliminar só indica a preocupação da Ford com o crescimento da concorrência no segmento. A chamada “pré-estreia” ocorreu ao mesmo tempo em que outra maquete similar era mostrada pelo CEO mundial da marca, Alan Mulally, no Salão de Nova Déli, na Índia, onde o carro também será fabricado. por Igor Macário
Auto Press
A chegada do Renault Duster ao mercado evidenciou a defasagem do Ford EcoSport atual e a carência de novidades no segmento dos utilitários compactos na faixa dos R$ 50 mil. Por isso, a Ford se apressou em mostrar a segunda geração da versão SUV do Fiesta, “inventada” no Brasil em 2003 – ainda que o novo modelo esteja longe de chegar às lojas.
A iniciativa de tornar a nova geração do EcoSport um carro mundial faz parte do projeto One Ford, que busca globalizar ao máximo os modelos da marca norte-americana. Até 2015, todos os carros fabricados e vendidos no Brasil deverão ser projetos mundiais – o que significa que Fiesta Rocam e Ka estão com os dias contados. A segunda geração do EcoSport é o primeiro carro global da marca desenvolvido no Brasil, no polo industrial de Camaçari, na Bahia.

O estrondoso sucesso do utilitário na América do Sul – cerca de 750 mil unidades vendidas durante a primeira geração – abriu os olhos da marca para novas possibilidades em relação ao carro, como a expansão de sua comercialização em mercados emergentes, como o próprio Brasil e o Sudeste Asiático. Para isso, Ford aplicou à base do New Fiesta as mesmas soluções usadas para a criação do primeiro EcoSport. Mesmo com a nova plataforma, o jipinho manteve as mesmas dimensões do modelo original. “A arquitetura interna foi repensada, para melhor aproveitamento do espaço”, afirma João Carlos Ramos, gerente de design para a Ford América do Sul. O desenho da carroceria segue a mais recente filosofia da marca, a Kinetic, e incorpora elementos de vários outros Ford, como o New Fiesta e a última geração do Focus.
A enorme grade dianteira trapezoidal toma conta da frente do carro, enquanto os faróis afilados distinguem o visual da dianteira do New Fiesta. O modelo ganhou um perfil mais robusto e moderno, com a linha de cintura alta lembrando crossovers maiores como o Ford Kuga europeu e o Kia Sportage. Entretanto, a Ford procurou manter a identidade com a primeira geração do modelo. Itens como o estepe preso na tampa do porta-malas – que também continua com a abertura lateral – procura agradar àqueles que já gostavam do EcoSport atual. Ainda que o pneu pendurado na traseira seja um contrassenso em termos de segurança e design e esteja sendo abandonado ao redor do mundo.

A decisão de manter essas marcas do EcoSport se originou das de clínicas realizadas pela Ford com potenciais consumidores. “As pessoas preferiram manter o estilo de abertura do porta-malas para a lateral, assim como o estepe”, justifica João Carlos Ramos. Por dentro, o jipinho terá diferenças em relação ao New Fiesta, ainda que mantenha as linhas do painel do carro de origem. Em relação aos outros 100 mercados onde será vendido, o carro deverá passar apenas por modificações de adequação ao gosto local. Além de Brasil, Índia e Tailândia, o novo EcoSport deverá ser fabricado em outros 12 países.
Apesar da reticência do presidente da subsidiária brasileira, Marcos de Oliveira, em dar detalhes técnicos sobre o novo modelo, é muito provável que sob o capô, devam rodar os já conhecidos 1.6 16V Sigma de 115 cv, que hoje equipa New Fiesta e Focus, além do 2.0 16V Duratec, que rende 145 cv no atual EcoSport. A variante mais potente ainda poderá receber o sistema de tração integral, assim como a opção de câmbio automático, tal qual o EcoSport atual e seu maior concorrente, o Renault Duster.

O jipinho francês vem fazendo bonito nas vendas, com quase 10 mil unidades emplacadas em apenas 3 meses de comercialização. Em novembro e dezembro de 2011, ele encostou nas 3.800 unidades mensais, cerca de mil a mais que a média do jipinho baiano. Apesar dos rumores sobre a produção de propulsores da gama Ecoboost – de maior eficiência – na nova fábrica de motores da Ford no próprio polo de Camaçari, eles não deverão estrear junto com o novo EcoSport.
A marca projeta que a expectativa criada pela espera pelo novo “Eco” iniba o atual “boom” de vendas do concorrente, ainda que não expresse tal preocupação. “O mercado vive de ciclos, e a atualização da linha da Ford, com três novos produtos globais trazidos ao Brasil em 2012, deve representar crescimento nas vendas da marca”, explica Marcos de Oliveira, presidente da Ford Brasil. Além do novo EcoSport, o novo Fusion – que será a versão norte-americana do novo Ford Mondeo, que também se torna global – e a nova picape Ranger deverão chegar ao país esse ano.

Fonte:motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário