2 de dez. de 2011

Teste: Kawasaki Z750 aposta na relação custo/diversão para conquistar o Brasil

Fotos: Divulgação
Teste: Kawasaki Z750 aposta na relação custo/diversão para conquistar o Brasil
Modelo foca no bom conjunto para repetir sucesso da Europa por aqui

por Igor Macário
Auto Press


Há bons motivos para que a Kawasaki Z750 tenha bom desempenho por onde passe. Em um universo povoado por motocicletas de 600 ou 650 cm³, ela ostenta o emblemático número 750. Mas não é só isso que faz do modelo um sucesso no Brasil e líder em países como Itália, Franca e Espanha – onde não falta oferta de veículos de duas rodas.
O modelo foi lançado em 2004, atualizado em 2007 e chegou por aqui em 2009 para competir no disputado segmento de médias naked. O seu visual agressivo logo caiu no gosto nacional, tanto que foi o segundo modelo nacionalizado, com produção na fábrica da Kawasaki em Manaus desde 2010. Atualmente, a Z750 é a terceira moto mais vendida da marca no país, com 1.293 unidades comercializadas em 2011, atrás somente de motos mais baratas, como a esportiva Ninja 250 e da rival de segmento ER 6n, que ocupa a terceira colocação entre as naked no Brasil.

Na Europa, a boa relação entre custo e diversão da Z750 é um dos principais atrativos. E apesar de se espremer entre motocicletas com diferentes cilindradas, entrega potência semelhante. O quatro em linha da Z750 desenvolve 106 cv a 10.500 rpm, e apenas a líder entre as naked, a Honda CB 600 F Hornet se aproxima mais, com 102 cv extraídos do motor de 599 cm³. A diferença está no torque. A Z750 faz valer sua maior capacidade cúbica e fornece 8 kgfm a 8.300 rpm, 20% mais que os os 6,53 kgfm da concorrente. A Z750 custa R$ 34.848 na versão básica, enquanto a líder CB 600F sai por R$ 30.800. Na Suzuki, apenas a Bandit 1250 chega perto da potência da Kawasaki, com 99 cv extraídos do quatro cilindros de 1.255 cm³, mas com mais torque que a Z750, com 11,01 kgfm por R$ 34.400. Acima desse patamar, apenas motos de segmentos superiores, como as superesportivas, que custam quase o dobro do preço.



A ciclística da Z750 é moderna e voltada para a condução mais agressiva. A configuração de suspensão ajustável – upsidedown na frente, com 120 mm de curso, e a monochoque atrás, com 125 mm de curso – contribui para o bom comportamento dinâmico da moto. Os freios contam com discos duplos na dianteira e disco simples atrás e podem recebem a ajuda do ABS por um adicional de R$ 3.400 no preço final. O painel traz a já tradicional combinação de velocímetro digital e conta-giros analógicos, além das inexoráveis luzes-espia.

A linha 2011 da Z750 chegou às concessionárias apenas em julho desse ano, com preços iniciais de R$ 34.848 para a versão básica, e R$ 38.281 para o modelo com ABS, ambos feitos na Zona Franca de Manaus. O modelo é oferecido em quatro cores: verde, branco, preto e laranja. Na Europa, a moto custa cerca de 7 mil euros, aproximadamente R$ 17.500. A Kawasaki Z750 acaba por se encaixar num nicho intermediário próprio no mercado brasileiro, já que em sua faixa de preço é a única a oferecer motor de 750 cm³, e potência superior até de algumas motos de cilindradas maiores e mais caras. E consegue aliar versatilidade para o uso cotidiano e um bom desempenho quando encontra pista livre à frente.



Primeiras Impressões

Fera dócil

por Carlo Valente
do Infomotori/Itália
exclusivo para Auto Press


A Kawasaki Z750 cativa logo pela posição de pilotar. O motociclista se senta com o corpo ereto, o que privilegia a boa visibilidade da estrada. O guidão largo ajuda muito no controle direcional no trânsito urbano, assim como as pedaleiras bem posicionadas tornam a condução confortável. O único senão é o assento muito duro e inclinado próximo ao tanque de combustível.

O motor é muito suave em baixas rotações e em marcha lenta fica quase inaudível. As respostas são suaves, mas basta ultrapassar a barreira dos 4 mil rpm para o quatro-em-linha mostrar sua força. Ainda que os 106 cv não impressionem, o destaque é a linearidade da entrega da potência. As acelerações são progressivas e a moto é empurrada com força constante até praticamente seu limite. O ótimo comportamento do propulsor também se percebe na ausência de vibrações, mesmo em rotações mais altas. Além disso, não há trancos quando o piloto aciona ou libera o acelerador.

A suspensão cumpre bem seu papel ao filtrar as irregularidades no asfalto e segura a moto nas curvas e acelerações sem dar sustos no condutor. Os freios também são eficientes, com disco duplo de 300 mm na frente e simples de 250 mm atrás. O excelente comportamento dinâmico e os poucos pontos negativos da moto certamente são cruciais para seu ótimo desempenho nas vendas.



Ficha técnica

Kawasaki Z750

Motor: A gasolina, quatro tempos, 748 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote e comando variável de válvulas. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente.
Potência máxima: 106 cv a 10.500 rpm.
Torque máximo: 8 kgfm a 8.300 rpm
Diâmetro e curso: 68,4 mm X 50,9 mm.
Taxa de compressão: 11,3:1.
Suspensão: Garfo invertido de 41 mm com retorno e pré-carga da mola ajustáveis a com 120 mm de curso. Traseira do tipo monochoque com amortecedor a gás, com retorno e pré-carga da mola ajustáveis em 7 níveis com 124 mm de curso.
Pneus: 120/70 R17 na frente e 180/55 R17 atrás.
Freios: Disco duplo ventilado na frente, com 300 mm de diâmetro e duas pinças de pistão duplo. Disco simples ventilado atrás, com 250 mm de diâmetro e duas pinças com pistão simples.
Dimensões: 2,08 metros de comprimento total, 0,80 m de largura, 1,10 m de altura, 1,44 m de distância entre-eixos e 0,81 m de altura do assento.
Peso: 226 kg.
Tanque do combustível: 18,5 litros.
Produção: Manaus, Brasil.
Lançamento desta geração: 2007.
Lançamento no Brasil: 2007.
Preço: R$ 34.848 e R$ 38.821 com ABS.






Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

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