11 de ago. de 2011

Os nacionais que devem valer uma nota no futuro


 Apesar do bando de malucos chamando qualquer Fusca de “raridade” e inflando o preço de venda, o valor de um carro antigo depende basicamente de dois fatores: relevância histórica e raridade. Aqui estão os dez carros escolhidos por vocês que já valem uma boa grana (ok, não necessariamente um milhão), e que prometem se tornar alvo de afortunados leilões no futuro.

Maverick GT Quadrijet


Por que será valorizado?  Embora não seja reconhecido como modelo oficial, o Quadrijet era uma opção disponibilizada pela própria Ford para os Maverick GT para fins de homologação para o campeonato da Divisão 1. O pacote incluia a substituição do carburador duplo original por um Holley de corpo quádruplo, admissão Edelbrock e comando Iskenderian (atual Isky) de 270 graus. Com as mudanças a potência chegava aos 250 cv brutos. Não se sabe quantos Maverick GT Quadrijet foram vendidos, nem quantos restaram.

Puma GT4R


Por que será valorizado?  Em 1969 a revista Quatro Rodas encomendou a Rino Malzoni, Anísio Campos, Jorge Lettry e Milton Masteguin um carro para ser sorteado entre os leitores da revista. Baseado no Puma GT da época, feito sobre o chassi do Karmann-Ghia, ele adotou o motor 1600, ainda não usado na linha VW, e tinha estilo inspirado nos grã-turismo europeus. Foram feitas somente três unidades – além do protótipo-conceito – todas sorteadas pela revista. A quarta unidade acabou vendida a uma insistente senhora inconformada por não ter ganhado o carro no concurso. Recentemente a revista reuniu três dos quatro carros. O quarto continua perdido em algum lugar do país. Para muitos é o modelo mais bonito da Puma.

DKW Malzoni GT


Por que será valorizado?  Rino Malzoni produziu apenas 35 unidades, somando versões de pista e de rua. Com o apoio de Jorge Lettry, o chefe do departamento de competições da DKW-Vemag, a belíssima carroceria de estilo italiano seria instalada sobre a mecânica DKW, com os motores dois-tempos de 981 cm³ dos demais modelos da marca. Recentemente os representantes da Audi Tradition vieram ao Brasil procurar uma unidade para levar ao museu da Audi em Ingolstadt. Com ajuda do jornalista Flavio Gomes, encontraram um modelo ideal, e em 2009 o carro embarcou para a Alemanha.

Aurora 122C


Por que será valorizado? Com um visual inspirado na Ferrari F40, o Aurora 122C foi um fora-de-série diferente do que se fazia no Brasil até então. Tinha chassi e suspensão próprios, um motor turbo de 214 cv que o levava a 234 km/h e até um projeto aliviado para as pistas. Mas então veio a redução dos impostos de importação e os planos para o Aurora foram por água abaixo. Restaram somente duas unidades.

Volkswagen SP1


Por que será valorizado? Em 1972 a Volkswagen lançou dois novos esportivos projetados no Brasil para concorrer com os inúmeros fora-de-série que usavam seu motor “a ar”: o SP1 e o SP2. O motor 1600 do SP1 acabou mostrando-se insuficiente para a proposta do carro, que logo foi descontinuado. O insucesso em relação ao SP2 hoje ajuda o irmão mais fraco a ser valorizado. Foram feitas apenas 73 unidades do SP1, e muitos acabaram modificados ao longo dos anos, o que torna ainda mais raros os modelos originais.

Hofstetter Turbo


Por que será valorizado? O Hofstetter Turbo parece um carro conceito do anos 80 que chegou à linha de produção – talvez por ser largamente inspirado no Maserati Boomerang. Seu motor turbo tinha entre 140  e 275 cv de acordo com a preparação. Foram feitas apenas 18 unidades entre 1984 e 1991, das quais 15 foram comercializadas. Para a história completa do modelo, clique aqui.

Bianco Fúria Lamborghini


Por que será valorizado? O último dos Fúria de Toni Bianco é um exemplar único, desenvolvido como um protótipo de corridas, e trazia em posição central um V12 Lamborghini de 370 cv retirado de um carro acidentado na Marginal Pinheiros em São Paulo. Correu apenas uma corrida e foi convertido para uso nas ruas. Dizem que ele está guardado em uma garagem paulistana como parte de um espólio judicial.

FNM Onça


Por que será valorizado? Apesar de parecer um Mustang com dianteira de Alfa Romeo, o Onça faz jus ao cuore em sua grade. Além de ser um dos carros mais raros já produzidos no Brasil, ele chegou a ser o carro mais veloz de sua época ao atingir 175 km/h. Tinha também um bom comportamento dinâmico graças ao peso reduzido (1110 kg). É difícil dizer precisamente quantos foram produzidos, pois as variantes do FNM 2000 – no qual era baseado – usavam a mesma homologação. Foi feito ainda um protótipo de exibição, com carroceria e estilo diferentes.  Não se sabe se ele ainda existe.

IBAP Democrata


Por que será valorizado? O Democrata surgiu da tentativa de criar uma fábrica nacional de automóveis, e junto com ela um veículo de nível internacional. Foram feitas somente cinco unidades do carro para viajar pelo país e atrair investidores-acionistas para a IBAP. O carro tinha um V6 italiano de 2,5 litros de 120 cv instalado na traseira, de modo semelhante ao Corvair. Mas uma sucessão de desventuras e supostos boicotes afugentou os acionistas e engessou o progresso do projeto. Em 1968 a IBAP fechou as portas. Hoje existem apenas dois Democratas em bom estado. Os demais estão desmontados ou perdidos.

Fittipaldi FD01 e FD04


Por que serão valorizados? O FD01 foi o primeiro carro da primeira equipe brasileira de Fórmuila 1, a Fittipaldi Automotive – também conhecida como Copersucar devido ao destacado patrocinador – e foi pilotado por Wilson Fittipaldi Jr. na temporada de 1975. Já o FD04 foi o carro pilotado pelo já bicampeão Emerson Fittipaldi na temporada de 1976, quando conquistou os primeiros pontos da equipe em uma época em que apenas os seis primeiros pontuavam. Além de belíssimos, os modelos são exemplares únicos restaurados e fazem parte da história.

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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