1 de jul. de 2011

T-Bird 57: perfeito com hambúrguer e fritas



A década de 50 foi realmente especial para os Estados Unidos. A economia crescia a passos largos, os carrões com rabos-de-peixe desfilavam pelas ruas. Em 1955 Bill Haley deu o pontapé inicial no rock ‘n’ roll com a clássica “Rock Around the Clock”. A juventude passou a ter mais motivos para sair de casa e aproveitar a vida.

O cinema absorveu o momento de mudança e novos atores despontaram. A rebeldia passou a tomar conta das telas. Um dos maiores destaques foi James Dean, que incorporou como nenhum outro a ideia de liberdade e acabou se tornando um símbolo atemporal desse estilo de vida. No rádio, o rock’n roll começava a dominar os olhos e ouvidos do público jovem.

Dentre os modelos disponíveis no mercado com cromados por toda a carroceria, um esportivo se destacou: o Thunderbird. Logo chamado pelos fãs de T-Bird, o Ford trazia como diferencial o fato de ser um roadster, na medida certa para diversões de fim de semana.
O público-alvo era o mesmo do Corvette, que aliás só passou a deslanchar nas lojas em 1956. Quando chegou ao mercado, o pássaro-trovão passou por cima do Chevrolet em volume de vendas e deixou os engenheiros da marca rival com uma pulga atrás da orelha.


Poucos exemplares chegaram ao Brasil. Bem poucos, na verdade. Há alguns anos existiam três ou quatro rodando por aqui, mas graças às importações independentes dos últimos anos, esses clássicos memoráveis já podem ser vistos em maior número (ainda assim são raros).
O exemplar 1957 que aparece nas imagens é um desses casos. Seu último lar foi New Hampshire, de onde ele traz várias lembranças, a começar pelos brindes da concessionária: uma lanterna auxiliar e um secador de neve para os dias frios.
As surpresas começaram quando ele desembarcou no país. Dentro do porta-malas o proprietário encontrou uma revista de 1989 que trazia o Thunder na capa. Dentro dela, uma matéria fala sobre o carro e a história do segundo dono, que havia comprado o carro em um Estado e atravessado uma parte do país. Incrível.

Hora de abaixar a capota e dar uma volta. Esses carros da década de 50 têm uma dirigibilidade incrível. A direção hidráulica é leve como uma pena e as curvas podem ser feitas com a ponta do dedo. Aliás, segundo a nota fiscal que também estava no porta-malas juntamente com a revista, só dois opcionais faltaram para deixá-lo completo: vidros elétricos e ar-condicionado.


O modelo traz um motor V8 312, com 5,1 litros e 245 cv. O câmbio automático de três marchas faz as trocas com suavidade e proporciona agilidade nos kick downs. O pedal do freio é suave e a sensação é de maciez nas frenagens.
No ano seguinte (1958) o Thunderbird passou a ter quatro lugares, perdendo em parte o estilo que o consagrou. Pra fechar o texto, repare no rádio com cara de original.

Ele segue o estilo da Retrosound, uma empresa norte-americana especializada em reproduzir modelos clássicos com cara de antigo e saída pra MP3. Desse modo é possível ouvir os sucessos da época com qualidade de hoje. Perfeito!
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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