9 de jul. de 2011

Primeiras impressões: Nissan Livina X-Gear

Versão SL 1.8 flex com câmbio automático parte de R$ 56.990. Itens de série agradam, mas falta um computador de bordo.

Marcelo Monegato , em São Paulo
Desde que chegou ao Brasil, em 2009, o Nissan Livina nunca chamou atenção pelo design, mas sim pelo bom custo-benefício e espaço interno. Irritada com a fama de ‘feinho’ que seu monovolume ganhou – principalmente quando comparado com o moderno e arrojado rival Honda Fit - , a montadora de origem japonesa tratou de ‘vestir’ seu representante com roupas ‘off-road’ e passou a oferecer o Livina X-Gear, que o G1 avaliou na opção automática SL equipada com motor 1.8 16V Flex de até 126 cavalos (álcool).
livina x-gear (Foto: Divulgação)
X-Gear é a versão 'pseudoaventureira' do monovolume Nissan Livina (Foto: Divulgação)
Por fora, o resultado estético foi positivo. Diante de um desenho ‘sem-sal’ da versão ‘comum’, os apliques plásticos na dianteira, rodapé das portas, caixas de rodas e pára-choque traseiro conferiram um pouco mais de personalidade e robustez ao Livina. A grade cromada do radiador e as rodas de liga leve de 15 polegadas de desenho exclusivo também chamam a atenção. Os pneus, porém, poderiam ser de uso misto, já que a proposta do carro é ser fora-de-estrada de vez em quando.
Internamente, o X-Gear chama atenção pelas medidas generosas. São 4,27 metros de comprimento, com 2,60 metros de distância entre os eixos, o que garante bom espaço para as pernas e as cabeças dos passageiros do banco traseiro. O porta-malas tem 449 litros de capacidade – maior diante de seus concorrentes Fiat Idea Adventure, Citroën Aircross e até mesmo o Ford EcoSport.
livina x-gear (Foto: Arte / G1)
O acabamento é sóbrio. Os bancos, o painel das portas e o volante são revestidos em couro. Já os plásticos utilizados internamente não apresentam rebarbas e têm encaixes precisos. No entanto, devido ao excesso deste material, foi possível escutar um ‘bate-bate’ das peças nas ruas esburacadas de São Paulo.
O painel de instrumentos tem boa visualização, mas peca no medido de combustível. O ponteiro baixa rapidamente e a sensação é de que o combustível vai acabar antes de a luz da reserva acender. Um computador de bordo com funções como consumo médio não está disponível – e faz falta.
livina x-gear (Foto: Divulgação)
Apliques plásticos deram um pouco de tempero ao design do Nissan (Foto: Divulgação)
Ponto negativo para a ergonomia. O motorista demora a encontrar a melhor posição para dirigir. Não há ajuste de altura do banco do motorista, nem de profundidade da coluna de direção – itens que deveriam ser obrigatórios em um veículo que parte de R$ 56.990 e prima pela qualidade de vida abordo.
Custo-benefício
O Livina X-Gear oferece bom nível de equipamentos de série. O monovolume traz ar-condicionado digital, freios com ABS (antitravamento), EBD (distribuição eletrônico de frenagem) e BAS (assistente de frenagem), airbag frontal duplo, direção com assistência elétrica, faróis de neblina, trio elétrico e rádio CD player com MP3 entrada auxiliar para iPod. Falta, porém, um sensor de estacionamento traseiro.
livina x-gear (Foto: Divulgação)
Bancos do X-Gear são revestidos com couro e painel tem boa visualização (Foto: Divulgação) Rodando

O Livina X-Gear não é um primor de desempenho. Definitivamente não foi projetado para acelerar. Mas dentro da proposta de ser um ‘carro-família’ confortável, o motor 1.8 16V Flex de 126 cv a 5.200 rpm cumpre bem o seu papel. O bom torque de 17,5 mkgf é entregue somente a 4.800 rpm, o que compromete um pouco a agilidade necessária no perímetro urbano. O modelo foi avaliado na região da Grande São Paulo.
livina x-gear (Foto: Divulgação)
Dianteira tem grade cromada (Foto: Divulgação)
A transmissão automática é de somente quatro marchas, o que acaba por impedir um melhor rendimento do propulsor. Em uma condução tranquila, as trocas acontecem de maneira suave e agradável. No entanto, quando o acelerador é mais solicitado, as mudanças são mais ríspidas e algumas vezes demoradas. Para o Livina X-Gear, o ideal seria uma transmissão CVT (transmissão continuamente variável), presente no Nissan Sentra.
A direção elétrica é um ponto a ser exaltado. Muito leve, diminui bastante o cansaço do motorista que passa o dia ao volante e facilita as manobras, como entrar numa baliza. A suspensão também agrada. É confortável. Firme sem ser desconfortável, o que transmite segurança nas curvas e evita as incômodas inclinações da carroceria.

Fonte: G1
Disponível no(a):http://g1.globo.com/carros

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