30 de jul. de 2011

Aceleramos o Mini Cooper mais esportivo no Brasil

Além do Cabrio JCW, veja ainda como anda a série especial Hapmton e o “popular” Mini One

Diogo de Oliveira
Editora Globo
Mini Cabrio John Cooper Works precisa de apenas 6,9 segundos para acelerar do zero aos 100/km
Em toda a sua história, a britânica Mini nunca teve um leque de modelos tão extenso como o atual. O estilo retrô inspirado no hatch Cooper original foi tão bem acertado que ganhou diversos tipos de carroceria. E com a globalização a pleno vapor, hoje é possível comprar praticamente qualquer modelo da marca inglesa no Brasil – aliás, pode-se dizer que, exceção do novíssimo Mini Coupé, a linha está completa. Após a estreia do “popular” Mini One, acaba de desembarcar no Brasil o conversível Mini Cabrio JCW (John Cooper Works).

O conversível preparado pela divisão esportiva da Mini chega para ser o modelo topo de linha da marca no país, com preço sugerido de R$ 149.950 – é mais que o dobro dos R$ 69.950 pedidos no Mini One. As vendas andam tão aquecidas que até séries especiais estão à venda. Há pouco mais de um mês, a marca britânica (controlada pela BMW) anunciou a chegada da perua Clubman Hampton (R$ 129.950), lançada em março no Salão de Genebra (Suíça). Nós aceleramos os três modelos e você confere as impressões agora!
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Mini One tem motor de apenas 98 cv, mas é completíssimo de série e traz até controle de tração e seis airbags
Editora Globo
Velocímetro clássico fica posicionado ao centro do painel
Mini One: Estilo fala mais alto
Ainda era manhã, sol forte e uma pista de kart em Itu, no interior de São Paulo, parecia altamente convidativa. Uma fileira de Minis estava estacionada nos boxes do Kartódromo Arena Schincariol aguardando os “pilotos”. Eu estava ansioso para entrar no conversível preparado com o pacote John Cooper Works. Mas após colocar a balaclava e o capacete, os instrutores indicaram o primeiro modelo designado para mim: um Mini One vermelho. Imediatamente pensei: “primeiro será o mais manso”. E foi.
Uma vez na pista, afundei o pé direito no acelerador para ver do que a versão de entrada é capaz. E bastaram duas voltas para ficar claro que o negócio do Mini One é atrair olhares nas ruas. O desempenho do motor 1.6 litro aspirado de 98 cavalos não é de tirar o fôlego. Ao contrário, a versão foi pensada para o uso urbano. Ainda assim, fica claro que o modelo suporta uma tocada mais agressiva. As respostas ao movimento do volante são muito precisas e diretas. E o equilíbrio dinâmico impressiona.
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Clubman Hampton homenageia o antecessor Countryman/Traveller, que completou 50 anos recentemente
Mini Clubman Hampton: homenagem “caliente”
Quando saí de trás do volante do Mini One, sabia que o tempo iria esquentar. E não deu outra. Eu tinha direito a dirigir mais dois modelos. O segundo foi o Cabrio JCW, a poderosa versão preparada de 211 cv (que você lê abaixo). Imediatamente concluí que o Clubman Hampton ficaria sem graça – “é mais fraco que o conversível, vai ser aquela voltinha bacana, mas não tão empolgante”. Mal sabia que estava completamente errado. A série especial da perua é feita sobre o Cooper S, com motor 1.6 turbo de 184 cv.


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Interior tem molduras estilizadas no painel; série Hampton foi feita sobre a versão Cooper S do Clubman
Já na primeira volta, colei na traseira do carro que ia à frente, mantendo o motor tão cheio que mal se ouvia outro barulho que não o do turbo injetando pressão nos cilindros do pequeno (e moderno) bloco 1.6 litro. Com o traçado decorado, minhas melhores voltas foram no Clubman Hampton, criado para homenagear os 50 anos do antecessor Countryman/Traveller. Destaque para as borboletas do câmbio automático de seis marchas no volante, que contribuem para o desempenho agressivo da arrojada perua.


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Conversível preparado acabou de desembarcar no Brasil; motor produz poderosos 211 cv de potência
Mini Cabrio JCW: Bye bye, kart

Fui ao kartódromo especialmente para guiar o conversível mais esportivo da Mini. E depois das primeiras três voltas a bordo do Mini One, estava agitado. Já sabia que, de todos os modelos, o JCW era o mais poderoso. E que eu era o próximo da fila. Já fora do Mini One, rapidamente me ajeitei atrás do volante do conversível preparado. Conferi os espelhos, acertei banco e volante – fui tão ligeiro que a fila ainda ficou parada um tempo! Em seguida, liguei o motor e imediatamente soou um ronco encorpado, grave.
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Dessa vez estava atrás apenas do carro-madrinha. “É um prenúncio”, pensei. Assim começaram as três voltas mais eletrizantes do dia. Logo me distanciei da longa fila de carros que vinham na sequência. Os pesados 28,5 kgfm de torque máximo, liberados já aos 1.850 giros, mostravam-se cada vez brutais. É simplesmente impressionante como o carro ganha velocidade. A pista estava literalmente “pequena demais” para o Cabrio JCW. Nas três voltas, utilizei apenas as três primeiras marchas do câmbio manual de seis.
Com o motor sempre cheio e emitindo um sonoro ronco, rasguei as curvas do kartódromo Arena e só não precisei consertar a trajetória nas curvas mais fechadas porque os controles eletrônicos de estabilidade e tração estavam acionados – optei por não desligá-los, pois havia muitos carros na pista. Estava tudo tão divertido que, àquela altura, eu me sentia um legítimo piloto profissional. Aí ficou evidente a proposta do modelo de oferecer uma condução lúdica e extremamente segura. No fim, fiquei com pena dos karts.

Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com/

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