16 de jun. de 2011

Teste: Subaru Impreza XV promete demais

Fotos: AutoCosmos/México
Teste: Subaru Impreza XV promete demais

Japonês propõe conceito interessante mas peca por conjunto mecânico pouco eficiente
do AutoCosmos/México

O Subaru Impreza, modelo de maior volume da marca japonesa, estreia uma nova versão que reúne os atributos de um hatch médio com a altura do solo de um crossover. Para completar, o Impreza XV ainda acrescenta ao conceito a tração integral, equipamento que poucos têm. Ainda que não tenha sido pensado para uso totalmente fora-de-estrada, o Symmetrical All Wheel Drive da Subaru se encarrega de manter tracionada a roda com mais aderência ao solo.

Deixando de lado as mudanças estéticas, o XV nada mais é que um Impreza 2.0R, com o motor boxer de 150 cv e 19,9 kgfm de torque acoplado ao câmbio automático de quatro marchas que envia força às quatro rodas.

Por dentro, não existe diferença com o restante da gama, incluindo os materiais de qualidade passível de melhorias. A unidade avaliada apresentou ruídos no revestimento do porta-malas, e o painel, portas e console central usam um plástico rígido demais para a categoria.


O espaço interno é bom, mas sem muito destaque. Se ajuda muito em algumas situações, por outro lado, o sistema de tração integral rouba preciosos litros do porta-malas, ainda que no restante do carro não interfira. Cinco ocupantes ainda podem viajar com relativo conforto.

O SV tem seis airbags, zonas de deformação programadas - como qualquer carro moderno -, controle de tração, freios com ABS e distribuição eletrônica da força e controle de estabilidade.

A maior diferença externa entre o XV e um Impreza normal são os paralamas com apliques plásticos na lateral para um visual mais aventureiro. Completam o pacote barras para cargas no teto e spoiler traseiro. Ainda que a Subaru não confirme, o carro parece mais alto que a versão "civil".


Ao volante

A vida a bordo do Impreza XV é cômoda, os assentos têm bom apoio lateral e espuma de boa densidade, tornando as viagens longas mais confortáveis. O volante tem ajustes de altura e alcance, facilitando encontrar a melhor posição para dirigir e a suspensão filtra bem as irregularidades, além de segurar bem o carro nas curvas.

Entretanto, o casamento entre o motor de 150 cv e o câmbio automático de quatro marchas não parece dos melhores. As poucas marchas parecem insuficientes para explorar melhor o potencial do motor e tornam o carro lento em arrancadas. O propulsor também sofreu muito com a altitude, que somada à pouca disposição do câmbio, fez o XV andar como um carro muito menor.

O 2.0 poderia ter consumido menos, mas num território acidentado, a falta de torque do motor exige muitas reduções de marcha e rotações mais altas, o que afeta drasticamente o rendimento do carro. Pelo menos, o Impreza se comporta muito bem em estradas sinuosas, com estabilidade impressionante graças à tração integral.


Conclusão

Ainda que o Impreza XV seja melhor que um modelo equivalente mas que não conte com tração integral, o preço elevado - equivalente a R$ 38.200 -, a anemia do conjunto mecânico e o interior de qualidade abaixo do esperado colocam em dúvida o potencial do carro.

Se a Subaru disponibilizasse uma versão com câmbio manual, o modelo certamente ganharia muitos pontos à favor, mas com o antiquado automático de quatro marchas, deixa muito a desejar. A impressão é que o único caso onde o XV se torna uma compra interessante é quando se procura um carro com tração integral. Por R$ 3.200 a mais que o Impreza normal, têm-se um exterior diferente que agrega personalidade e o diferencia no estacionamento.

Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

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