Questão estratégica - Aston Martin lança Virage para se posicionar entre o DB9 e o DBS
por António de Sousa Pereira
No ano em que comemora os sete anos de sua plataforma modular VH, a Aston Martin dá origem a mais um modelo – o novo Virage. O nome foi utilizado pela primeira vez pela marca inglesa em 1988, para identificar um cupê animado por um motor 5.4 V8, um modelo que marcou uma mudança decisiva na sua história, já que foi o primeiro automóvel totalmente novo lançado pela Aston Martin em mais de 20 anos.
E o paralelismo entre as duas criações se resume apenas à identificação comercial. Isto porque o novo Virage – que desde o lançamento estará disponível em versão cupê e Volante, termo pelo qual são conhecidos os conversíveis da marca – está longe de ser uma proposta completamente nova. Afinal herda o melhor dos dois modelos entre os quais se posiciona na gama da Aston Martin, o DB9 e o DBS. O Virage procura sintetizar as principais características de ambos, o luxo e o requinte do primeiro com a performance e postura mais esportiva do segundo. O que não é nada criticável.
Independentemente dos seus atributos técnicos, se existe algo que caracteriza qualquer Aston Martin da nova geração é o apelo visual. Ninguém fica indiferente à beleza das suas linhas. E o novo Virage não foge à regra. O modelo faz uso dos principais elementos estilísticos da marca e exibe um visual mais musculoso e agressivo do que o do DB9, mas não tão “extremo” quanto o do DBS.
A semelhança é tanta entre os atuais veículos da marca que, para muitos, Marek Reichman, responsável pelo design da Aston Martin, tem apenas retocado o conceito original nos últimos anos. Mesmo assim o resultado final é louvável. Entre os detalhes exclusivos, estão a grade dianteira em alumínio inspirada na do superesportivo One-77, os novos para-choques, as saídas de ar no capô semelhantes às do DBS, os para-lamas dianteiros de generosas dimensões, os faróis, lanternas e detalhes laterais iluminados por leds, o difusor traseiro e as rodas de 20 polegadas com cinco raios.
O interior também é similar ao de outros modelos da Aston Martin. Isso significa que o luxo e o requinte estão presentes e que os materiais e acabamentos deslumbram – só à cabine são dedicadas 70 horas de trabalho artesanal, em um total de 200 horas para cada Virage construído. No cupê, a configuração 2+2 tem porta-malas de 184 litros. E, como novidade, foi incluído um novo sistema de navegação totalmente integrado, com tela de 6,5 polegadas.
Por se situar entre DB9 e DBS, o Virage faz uso não só da mesma plataforma – com 2,74 m de entre-eixos –, mas também do conhecido V12 de 6.0 litros, que nesse caso oferece 497 cv, ou seja, 20 cv a mais do que no DB9 e 20 cv a menos do que no DBS. A transmissão às rodas traseiras é feita através de um eixo em carbono, sendo a caixa automática de seis velocidades Touchtronic 2 de origem ZF.
A suspensão dispõe de um novo sistema de amortecimento ativo, ADS, que conta com cinco níveis de firmeza, escolhido automaticamente em cada um dos modos de funcionamento selecionáveis pelo condutor: Normal e Sport. Este último garante uma resposta mais rápida do acelerador; passagens de marcha mais velozes e uma sonoridade de motor mais esportiva. Entre outros atributos técnicos relevantes, estão os freios em carbono-cerâmica 12,5 kg mais leves do que os tradicionais e o controle eletrônico de estabilidade com três modos, especificamente calibrado para este modelo.
No ano em que comemora os sete anos de sua plataforma modular VH, a Aston Martin dá origem a mais um modelo – o novo Virage. O nome foi utilizado pela primeira vez pela marca inglesa em 1988, para identificar um cupê animado por um motor 5.4 V8, um modelo que marcou uma mudança decisiva na sua história, já que foi o primeiro automóvel totalmente novo lançado pela Aston Martin em mais de 20 anos.
E o paralelismo entre as duas criações se resume apenas à identificação comercial. Isto porque o novo Virage – que desde o lançamento estará disponível em versão cupê e Volante, termo pelo qual são conhecidos os conversíveis da marca – está longe de ser uma proposta completamente nova. Afinal herda o melhor dos dois modelos entre os quais se posiciona na gama da Aston Martin, o DB9 e o DBS. O Virage procura sintetizar as principais características de ambos, o luxo e o requinte do primeiro com a performance e postura mais esportiva do segundo. O que não é nada criticável.
Independentemente dos seus atributos técnicos, se existe algo que caracteriza qualquer Aston Martin da nova geração é o apelo visual. Ninguém fica indiferente à beleza das suas linhas. E o novo Virage não foge à regra. O modelo faz uso dos principais elementos estilísticos da marca e exibe um visual mais musculoso e agressivo do que o do DB9, mas não tão “extremo” quanto o do DBS.
A semelhança é tanta entre os atuais veículos da marca que, para muitos, Marek Reichman, responsável pelo design da Aston Martin, tem apenas retocado o conceito original nos últimos anos. Mesmo assim o resultado final é louvável. Entre os detalhes exclusivos, estão a grade dianteira em alumínio inspirada na do superesportivo One-77, os novos para-choques, as saídas de ar no capô semelhantes às do DBS, os para-lamas dianteiros de generosas dimensões, os faróis, lanternas e detalhes laterais iluminados por leds, o difusor traseiro e as rodas de 20 polegadas com cinco raios.
O interior também é similar ao de outros modelos da Aston Martin. Isso significa que o luxo e o requinte estão presentes e que os materiais e acabamentos deslumbram – só à cabine são dedicadas 70 horas de trabalho artesanal, em um total de 200 horas para cada Virage construído. No cupê, a configuração 2+2 tem porta-malas de 184 litros. E, como novidade, foi incluído um novo sistema de navegação totalmente integrado, com tela de 6,5 polegadas.
Por se situar entre DB9 e DBS, o Virage faz uso não só da mesma plataforma – com 2,74 m de entre-eixos –, mas também do conhecido V12 de 6.0 litros, que nesse caso oferece 497 cv, ou seja, 20 cv a mais do que no DB9 e 20 cv a menos do que no DBS. A transmissão às rodas traseiras é feita através de um eixo em carbono, sendo a caixa automática de seis velocidades Touchtronic 2 de origem ZF.
A suspensão dispõe de um novo sistema de amortecimento ativo, ADS, que conta com cinco níveis de firmeza, escolhido automaticamente em cada um dos modos de funcionamento selecionáveis pelo condutor: Normal e Sport. Este último garante uma resposta mais rápida do acelerador; passagens de marcha mais velozes e uma sonoridade de motor mais esportiva. Entre outros atributos técnicos relevantes, estão os freios em carbono-cerâmica 12,5 kg mais leves do que os tradicionais e o controle eletrônico de estabilidade com três modos, especificamente calibrado para este modelo.
Primeiras impressões
Prazer absoluto
Prazer absoluto
por António de Sousa Pereira
Málaga/Espanha - Se no desenho o Virage fica exatamente entre o DBS e o DB9, no desempenho dinâmico ele está mais próximo do modelo esportivo. A suspensão firme, mesmo na configuração mais macia, é apenas um dos elementos que confirmam isso. Com o modo Normal selecionado, o motor responde de forma rápida, mas com suavidade, e emite um som envolvente. Já a transmissão é mais convincente quando utilizada no modo manual para evitar trocas mais bruscas.
Ao se optar pelo modo Sport, fica evidente que tanto o V12 como o câmbio se tornam mais reativos, ao mesmo tempo que o propulsor ruge mais forte, incentivando o condutor a abusar do Virage. Com quase 500 cv sob o pé direito, é fácil imaginar a simplicidade com que se chega aos 300 km/h, ou que se cumpre o zero a 100 km/h – em menos de 5 segundos.
O comportamento do modelo é tradicional aos Aston Martin da atualidade, garantindo um prazer de condução absoluto, tal a eficácia demonstrada. Com o controle de estabilidade desligado, é necessário ter alguns cuidados com o acelerador para que as saídas de traseira não ponham em risco a integridade do veículo e de seus ocupantes.
O novo Virage é mais uma acertada medida na hábil estratégia de marketing da Aston Martin, por ser capaz de seduzir os que pretendem algo mais do que um “mero” DB9. Agora a Aston Martin usufrui de uma gama completa de modelos com apenas uma plataforma e dois motores. Algo genial.
Fonte: motordreamMálaga/Espanha - Se no desenho o Virage fica exatamente entre o DBS e o DB9, no desempenho dinâmico ele está mais próximo do modelo esportivo. A suspensão firme, mesmo na configuração mais macia, é apenas um dos elementos que confirmam isso. Com o modo Normal selecionado, o motor responde de forma rápida, mas com suavidade, e emite um som envolvente. Já a transmissão é mais convincente quando utilizada no modo manual para evitar trocas mais bruscas.
Ao se optar pelo modo Sport, fica evidente que tanto o V12 como o câmbio se tornam mais reativos, ao mesmo tempo que o propulsor ruge mais forte, incentivando o condutor a abusar do Virage. Com quase 500 cv sob o pé direito, é fácil imaginar a simplicidade com que se chega aos 300 km/h, ou que se cumpre o zero a 100 km/h – em menos de 5 segundos.
O comportamento do modelo é tradicional aos Aston Martin da atualidade, garantindo um prazer de condução absoluto, tal a eficácia demonstrada. Com o controle de estabilidade desligado, é necessário ter alguns cuidados com o acelerador para que as saídas de traseira não ponham em risco a integridade do veículo e de seus ocupantes.
O novo Virage é mais uma acertada medida na hábil estratégia de marketing da Aston Martin, por ser capaz de seduzir os que pretendem algo mais do que um “mero” DB9. Agora a Aston Martin usufrui de uma gama completa de modelos com apenas uma plataforma e dois motores. Algo genial.
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br/
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