20 de mai. de 2011

Teste: Range Rover Vogue é bruto de fino trato

Fotos: Rodrigo Machado/ Carta Z Notícias
Teste: Range Rover Vogue é bruto de fino trato

Range Rover Vogue TDV8 reúne o melhor da tecnologia da marca

por Rodrigo Machado


Desde a primeira geração, lançada em 1970, o Range Rover foi a proposta da Land Rover para um veículo capaz de superar as barreiras impostas pela natureza com uma boa dose de luxo. Ao longo desse tempo, a marca inglesa foi apurando as capacidades do seu modelo mais famoso nos dois sentidos: agregou tecnologia para enfrentar mais facilmente os obstáculos e acrescentou itens de luxo e conforto, principalmente na versão Vogue. Agora o utilitário esportivo, que está na terceira geração, recebe no Brasil um reforço de peso: o motor TDV8 de 4.4 litros diesel, lançado na Europa para a linha 2011.


    Este propulsor substitui o antigo TDV8 de 3.6 litros e tem como principal inovação tecnológica o sistema de dois turbocompressores sequenciais. Segundo a marca, esta ordenação permite uma economia maior de combustível e um desempenho superior – o funcionamento é quase idêntico ao do TDV6 que equipa o Discovery 4. Em situações normais, até 2.400 giros, fica ativo apenas o primeiro turbo, que tem de dimensões médias e geometria variável. A partir daí, começa a funcionar um outro turbo, de dimensões inferiores. Essa conjugação dá ao Range Rover um comportamento mais próximo ao de um veículo a gasolina.

    O novo TDV8 consegue alcançar 313 cv de potência máxima em 4 mil rpm. E impressionantes 71,4 kgfm de torque entre 1.500 e 3.350 giros. O zero a 100 km/h é feito em 7,8 segundos e a velocidade máxima é de 210 km/h. Isso em um carro com 2,8 toneladas. Para gerenciar a grande força do novo motor, está a também nova transmissão de oito velocidades fabricada pela ZF. Consumo e emissões, segundo a marca, também foram melhorados: são 10,6 km/l de diesel em circuito misto e 14% menos CO2 atirado na atmosfera.

    Para fazer jus à linhagem fora-de-estrada da Land Rover, o sistema Terrain Response foi atualizado, com duas novas funções. A primeira é o Hill Start Assist, que mantém o carro imobilizado em aclives até que o motorista acelere o suficiente para vencer a ladeira – em geral, estes sistemas se limitam a segurar o carro até 2 segundos. A segunda novidade é o Gradient Acceleration Control. Quando acionado, ele freia o veículo em descidas muito acentuadas e sustenta uma velocidade adequada durante todo o declive. O Terrain Reponse ainda conta com seleções específicas que ajustam o câmbio e o motor para encarar superfícies como neve/lama, água, areia e pedras. O seletor, que antes era redondo, agora é com teclas tradicionais, que também comandam a escolha da tração integral e da altura da carroceria em relação ao solo.

    O interior do Range Rover Vogue abriga alguns dos equipamentos eletrônicos mais avançados do carro. Para começar, o quadro de instrumentos tradicional foi abolido. No lugar dele entra uma tela TFT de generosas 12 polegadas com dupla projeção. Para o motorista, são exibidas informações sobre o carro – ou outras, escolhidas por ele. Para o passageiros, pode ser exibido um filme, por exemplo. O seletor do câmbio também é bastante inusitado. Ele é redondo e fica “escondido” quando o carro está desligado. Quando o botão da ignição é ligado, ele sobe e fica pronto para ser acionado.

    Entre os equipamentos, ficam os já tradicionais para um carro deste porte e faixa de preços. Estão lá o ar-condicionado automático com quatro zonas, câmara de ré, sete airbags, freio de estacionamento elétrico, bancos com aquecimento, acabamento interno em madeira, faróis de xênon, lanternas em led, retrovisores fotocromáticos, rádio com disco rígido e sistema de som harman-kardon com 14 alto-falantes e GPS. Coisas que tentam fazer valer os R$ 421 mil pedidos pelo modelo.

Primeiras impressões

Vida dupla


Interlagos/São Paulo
- Durante a apresentação do novo motor TDV8, a Land Rover resolveu botar o Range Rover em situações mais diversas. Desde as retas e curvas de Interlagos até a pista off-road montada no miolo do circuito paulistano. E o Vogue mostrou sempre um desempenho avassalador. Aliado a um visual clássico, tipicamente inglês, o comportamento do SUV de luxo impressiona, principalmente dentro da pista.

    O TDV8 é o maior destaque. Com absurdos 71,4 kgfm de torque disponíveis a meros 1.500 giros, a força que comprime os ocupantes contra o banco é surpreendente. O modelo ganha velocidade com enorme rapidez, com um luxuoso auxílio da transmissão de oito velocidade. No modo automático, as trocas são feitas de forma rápida e intuitiva. Para reforçar a esportividade, pode-se utilizar as mudanças manuais sequenciais, através das borboletas atrás do volante multifuncional.

    Para um SUV de grandes proporções, o Range Rover Vogue tem um comportamento dinâmico exemplar. Nas retas, a direção é sempre precisa. Em curvas, a carroceria do utilitário inglês fica firme, sem rolagem lateral. E quando o entusiasmo tenta suplantar as leis básicas da física, o controle de estabilidade entra em ação para manter o Land Rover na pista.

    No trajeto off-road, a parafernália eletrônica é tanta que o piloto quase vira um inútil. Existe uma configuração apropriada para cada situação imaginável. Em uma descida ingrime, por exemplo, o sistema eletrônico faz todo o trabalho de frenagem para o motorista. O melhor de tudo é que todos os obstáculos são enfrentados em um ambiente luxuoso e sofisticado. O espaço é amplo e há mimos para todos os passageiros. Os de trás contam com ar com regulagem individual e tela de entretenimento em cada encosto de cabeça dos bancos dianteiros. O passageiro da frente conta também com uma tela com visualização individual – na verdade é a mesma tela do condutor, que mostra duas imagens. Enquanto isso, o condutor é quem realmente se diverte, ao  volante do Range Rover Vogue TDV8.



Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

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