Teste: Lancia Ypsilon é luxo em pequeno frasco

 Fotos: Infomotori/Itália e Divulgação

Italiana renova compacto que promete recolocar a marca sob os holofotes

A Lancia apresentou para a imprensa num evento em Turim o novo Ypsilon. O aguardado compacto é visto como um dos responsáveis pela ressurreição da marca, vista atualmente como uma divisão de luxo da Fiat. O carrinho traz muitas inovações tecnológicas em uma pequena embalagem fashion. O novo Ypsilon é bem leve, com apenas 965 kg - o mais leve da categoria - e atende aos mais elevados padrões de segurança.


O primeiro contato com o carro é muito positivo. As linhas misturam elegância, originalidade e a tradição da Lancia. Os 3,84 metros de comprimento e 1,67 metro de largura tornam o modelo bastante adequado ao espaço urbano. Entretanto, as dimensões enxutas não se traduzem em aperto no interior. A boa arquitetura interna libera espaço para os ocupantes e reduz a sensação de claustrofobia, comum em alguns subcompactos. Apesar de ter cinco portas, as duas traseiras tem as maçanetas camufladas na coluna C, para dar a impressão de um pequeno duas portas. A linha do teto cai suavemente formando a traseira angulosa, ornada pelas lanternas de LED. Na frente, a tradicional grade dividida é ladeada pelos faróis de xenon.

Se por fora o visual já é capaz de conquistar a atenção, o interior não deixa por menos. O acabamento é primoroso, com materiais de qualidade e arremates dignos de segmentos superiores. Na Itália, são três versões, Silver, Gold e Platinum, que oferecem diferentes combinações entre revestimentos e equipamentos. O espaço é satisfatório para quatro pessoas. O quinto passageiro deve sofrer um pouco, já que milagres ainda não acontecem em subcompactos.

Ao volante

O test drive, com 46 km de extensão, permitiu avaliar o modelo tanto em situações de trânsito pesado, como em rodovias menos movimentadas. Todo Ypsilon traz stop & start de série, o que ajuda a reduzir o consumo e as emissões. A tecnologia Twinair consegue extrair do pequeno 1.3 Multijet a diesel um funcionamento suave e eficiente. O motor atende bem à proposta do modelo e entrega boas respostas ao acelerador, com boas acelerações e retomadas.

Os freios transmitem segurança e a direção é leve e mais voltada a uma condução tranquila, ainda que o chassi seja bem acertado dinamicamente. O câmbio manual é bem escalonado, com a única ressalva para os engates, que poderiam ser mais justos e secos.

A Lancia disponibiliza três opções de motores para o Ypsilon. Um 1.2 de quatro cilindros a gasolina com 69 cv e 115 g/km de CO2 emitidos, o sofisticado Twinair - também a gasolina - de apenas 900 cm³ de deslocamento, que gera 85 cv com a ajuda do turbo. Além deles, o 1.3 Multijet diesel com 95 cv, o mais forte do trio. As emissões homologadas para o Twinair e o Multijet ficam em baixos 99 g/km de CO2.

Apesar da sofisticação e qualidade do carro, os preços são convidativos. A versão mais em conta, a Silver, sai da concessionária por 12.400 euros - cerca de R$ 28.500 - com o 1.2 de 69 cv. A lista segue até o topo 1.3 Multijet Platinum, por 17.300 euros, ou R$ 39.700.

O carro é produzido na Polônia, juntamente com o Fiat 500, com quem compartilha plataforma e motores. O lançamento do carro significa também um grande salto para a Lancia, que irá simplesmente dobrar a sua capacidade produtiva nos próximos três anos, chegando às 240 mil unidades até 2014.

Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br