Nova Ferrari F458 da Via Italia é um dos carros que mais sofreram com as restrições Foto: Ivan Pacheco/Terra |
As equalizações impostas pela organização da Itaipava GT Brasil aos carros da categoria na terceira etapa da temporada, disputada no último final de semana no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais (PR), dividiram as opiniões dos pilotos.
Com o objetivo de equilibrar a disputa entre os veículos mais antigos e os atuais, a comissão de análise de desempenho permitiu avanços para algumas equipes e restringiu outras, causando descontentamento em alguns dos "podados".
Um dos mais insatisfeitos foi Chico Longo, piloto da equipe Via Italia e presidente do grupo de mesmo nome, que é importador oficial da Ferrari no Brasil. Junto ao parceiro Daniel Serra, ele é o único do grid que dirige uma novíssima Ferrari F458 - carro que sofreu o maior número de restrições, como aumento do peso mínimo de 1.285 kg para 1.300 kg e da altura dianteira mínima de 93 mm para 99 mm.
"Evidentemente, não é o que foi acordado no começo do ano. O que foi acordado é que os carros seriam regulamento FIA GT. O que acontece é que está havendo interesses individuais, ou seja, carros mais antigos estão tendo mais possibilidade de ficar na frente do que os carros atuais. Então o nosso carro, que é um carro moderno, que já nasceu com melhor performance, está sendo um dos mais penalizados", lamentou Longo.
"Não pode um carro 2007 ter 100 kg a menos que um carro atual, que hoje corre lá no FIA GT. Isso realmente é frustrante para quem procura fazer um bom trabalho, no caso a gente, que é uma equipe oficial de fábrica. Realmente, dá a entender que são interesses individuais na categoria. Eles mudam a regra diariamente. Ou seja, é o prato do dia, no linguajar popular", completou o piloto.
O Ferrari F458 de Longo e Serra cravou a pole position para a corrida de sábado na etapa paranaense e liderava com folga até rodar na metade final da prova, perdendo a larga vantagem e terminando só com a quarta colocação. No dia seguinte, o carro largou somente no oitavo lugar devido a problemas no treino classificatório e fez corrida de recuperação, chegando novamente em quarto.
"O carro (F458) é muito bom, os outros pilotos reclamam e em alguns pontos eles têm razão", admitiu Moisés Santos de Oliveira, mecânico da Via Italia.
"O carro é muito superior mesmo aos deles, e estão mexendo muito no nosso carro para piorá-lo e melhorar um pouco o dos outros. Mas é um investimento que o Chico Longo está fazendo, e eles (outras equipes) têm que tentar acompanhar também, investir um pouco. Se tem carros novos lançando, não pode pegar um carro que é três, quatro anos mais velho que o nosso e tentar comparar. Mas está bom".
Por competitividade, pilotos aprovam equalizações
Se as medidas tomadas pela comissão de análise não foram bem aceitas de modo unânime, encontraram apoio em boa parte dos pilotos da GTBR3. Para Matheus Stumpf, da BMG Racing - cujo Ford GT ganhou um bônus na altura dianteira mínima (de 70 mm para 65 mm) - seria impossível organizar um campeonato atraente sem as equalizações.
"Acho que não só é valido como é essencial (equalizar os carros), porque são marcas extremamente diferentes uma da outra. Tem carro até com motor dianteiro, outro com motor traseiro, então tem que haver um equilíbrio entre esses carros, porque senão não tem como ter a competição. Há carros que, conforme vão sendo usados, vão evoluindo cada vez mais. Então esses carros têm que ser limitados", opinou, sem citar modelos específicos.
Já Allam Khodair, parceiro de Marcelo Hahn na Blau Full Time, teve restrições na nova Lamborghini Gallardo LP600 - o peso mínimo foi de 1.215 kg para 1.235 kg - mas também aprovou as medidas e citou o carro da Via Italia como exemplo.
"Alguns carros, como o Ferrari F458, estão muito acima dos outros. Ele vem baixando, nas últimas duas corridas teve um desempenho muito acima. O carro, por baixo, é meio segundo mais rápido, então é complicado. A organização vai podar o carro até equalizar com os outros. Vale, porque senão ficaria um desequilíbrio total".
"Claro que nunca vai se chegar a um consenso, nunca todos vão estar felizes", reconheceu Stumpf, atual campeão ao lado de Valdeno Brito. "Mas acredito que a organização está fazendo um trabalho muito bom. Eles têm uma comissão formada que somente analisa os dados dos carros e faz esses equilíbrios de desempenho. Acredito que está funcionando bem".
Com o objetivo de equilibrar a disputa entre os veículos mais antigos e os atuais, a comissão de análise de desempenho permitiu avanços para algumas equipes e restringiu outras, causando descontentamento em alguns dos "podados".
Um dos mais insatisfeitos foi Chico Longo, piloto da equipe Via Italia e presidente do grupo de mesmo nome, que é importador oficial da Ferrari no Brasil. Junto ao parceiro Daniel Serra, ele é o único do grid que dirige uma novíssima Ferrari F458 - carro que sofreu o maior número de restrições, como aumento do peso mínimo de 1.285 kg para 1.300 kg e da altura dianteira mínima de 93 mm para 99 mm.
"Evidentemente, não é o que foi acordado no começo do ano. O que foi acordado é que os carros seriam regulamento FIA GT. O que acontece é que está havendo interesses individuais, ou seja, carros mais antigos estão tendo mais possibilidade de ficar na frente do que os carros atuais. Então o nosso carro, que é um carro moderno, que já nasceu com melhor performance, está sendo um dos mais penalizados", lamentou Longo.
"Não pode um carro 2007 ter 100 kg a menos que um carro atual, que hoje corre lá no FIA GT. Isso realmente é frustrante para quem procura fazer um bom trabalho, no caso a gente, que é uma equipe oficial de fábrica. Realmente, dá a entender que são interesses individuais na categoria. Eles mudam a regra diariamente. Ou seja, é o prato do dia, no linguajar popular", completou o piloto.
O Ferrari F458 de Longo e Serra cravou a pole position para a corrida de sábado na etapa paranaense e liderava com folga até rodar na metade final da prova, perdendo a larga vantagem e terminando só com a quarta colocação. No dia seguinte, o carro largou somente no oitavo lugar devido a problemas no treino classificatório e fez corrida de recuperação, chegando novamente em quarto.
"O carro (F458) é muito bom, os outros pilotos reclamam e em alguns pontos eles têm razão", admitiu Moisés Santos de Oliveira, mecânico da Via Italia.
"O carro é muito superior mesmo aos deles, e estão mexendo muito no nosso carro para piorá-lo e melhorar um pouco o dos outros. Mas é um investimento que o Chico Longo está fazendo, e eles (outras equipes) têm que tentar acompanhar também, investir um pouco. Se tem carros novos lançando, não pode pegar um carro que é três, quatro anos mais velho que o nosso e tentar comparar. Mas está bom".
Por competitividade, pilotos aprovam equalizações
Se as medidas tomadas pela comissão de análise não foram bem aceitas de modo unânime, encontraram apoio em boa parte dos pilotos da GTBR3. Para Matheus Stumpf, da BMG Racing - cujo Ford GT ganhou um bônus na altura dianteira mínima (de 70 mm para 65 mm) - seria impossível organizar um campeonato atraente sem as equalizações.
"Acho que não só é valido como é essencial (equalizar os carros), porque são marcas extremamente diferentes uma da outra. Tem carro até com motor dianteiro, outro com motor traseiro, então tem que haver um equilíbrio entre esses carros, porque senão não tem como ter a competição. Há carros que, conforme vão sendo usados, vão evoluindo cada vez mais. Então esses carros têm que ser limitados", opinou, sem citar modelos específicos.
Já Allam Khodair, parceiro de Marcelo Hahn na Blau Full Time, teve restrições na nova Lamborghini Gallardo LP600 - o peso mínimo foi de 1.215 kg para 1.235 kg - mas também aprovou as medidas e citou o carro da Via Italia como exemplo.
"Alguns carros, como o Ferrari F458, estão muito acima dos outros. Ele vem baixando, nas últimas duas corridas teve um desempenho muito acima. O carro, por baixo, é meio segundo mais rápido, então é complicado. A organização vai podar o carro até equalizar com os outros. Vale, porque senão ficaria um desequilíbrio total".
"Claro que nunca vai se chegar a um consenso, nunca todos vão estar felizes", reconheceu Stumpf, atual campeão ao lado de Valdeno Brito. "Mas acredito que a organização está fazendo um trabalho muito bom. Eles têm uma comissão formada que somente analisa os dados dos carros e faz esses equilíbrios de desempenho. Acredito que está funcionando bem".
Fonte: terra.com.br
Disponível no(a):http://esportes.terra.com.br
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