Project Supercar: os supercarros modificados pela Força Aérea Americana

O que você faz quando está no meio de uma guerra, tem a força aérea mais poderosa do mundo e ninguém interessado no alistamento? A Força Aérea dos EUA resolveu construir dois supercarros.

Em 2009 a opinão pública dos EUA já começava a contestar a atividade do país no Oriente Médio. Trilhões de dólares gastos e centenas de jovens mortos desmoralizaram a atividade bélica americana e o nível de alistamento de recrutas caiu progressivamente.
Como a Força Aérea dos EUA (USAF) precisa de mais de 30 mil novos recrutas anualmente para ocupar cargos técnicos e mecânicos, seria preciso muito mais que filmes emocionantes sobre pilotos de caça para conseguir toda essa gente. Por isso a corporação resolveu investir em algo mais condizente com a realidade dos moleques americanos: tuning.

Air Force Supercar Case Study from Cheyenne Gallion on Vimeo.
O Supercar Project foi uma turnê-propaganda que levou dois supercarros inspirados nos caças americanos para um tour pelas faculdades, escolas secundárias e eventos automotivos do país, para mostrar na prática que “nada se compara à velocidade, força e capacidade da Força Aérea dos Estados Unidos”, e que a corporação é muito mais que um grupo de militares matando e morrendo pelo país. Nos trailers que transportavam os carros, uma TV de 42 polegadas com tela sensível ao toque exibia um documentário interativo de 22 minutos sobre os projetos e a carreira militar.

As máquinas foram construídas a partir de um Dodge Challenger e um Ford Mustang, e rebatizadas respectivamente como Vapor e X-1, este último uma homenagem ao Bell X-1, o primeiro avião a voar em velocidade supersônica.

mo Vapor e X-1, este último uma homenagem ao Bell X-1, o primeiro avião a voar em velocidade supersônica.

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O Dodge Challenger Vapor é uma espécie de stealth sobre rodas, com pintura anti-radar, sensores de proximidade e câmera externa com alcance de 400 metros. O visual ameaçador fica por conta do kit estético exclusivo e fibra de carbono até mesmo nas calotas.

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Para acessar o cockpit é preciso fazer a leitura biométrica que libera as portas tipo “tesoura”. Lá dentro o piloto-motorista tem à disposição três telas de monitoramento e um HUD que projeta imagens infravermelhas em toda a extensão do para-brisa e até um volante para o passageiro. Os preparadores garantem que o “escape stealth” abafa o poderoso som do V8 de mais de 500 cv.

VAPOR Supercar Teaser Video from Cheyenne Gallion on Vimeo.
Já o Mustang X-1 tem um cockpit que parece ter sido retirado de um F-15, com chapas de metal lisas, assento ejetável centralizado, um manete de voo instalado como trambulador e volante, integrado ao painel com coluna de direção motorizada. A carroceria foi alargada devido ao aumento da bitola dos eixos, necessário para acomodar os pneus mais largos da praça e o novo ar-condicionado, que recebe ar através dos dutos NACA instalados nas colunas traseiras.

X1 Supercar Teaser Video from Cheyenne Gallion on Vimeo.

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O responsável pela construção das máquinas foi Mad Mike, proprietário da Galpin Auto Sports, a famosa oficina do MTV Pimp My Ride. Aparentemente os americanos nem se importaram com o uso de dinheiro público para construir esses carros. Devem achar bem melhor que gastar com corrupção, regalias parlamentares-judiciárias e armas de destruição em massa.
Dica do leitor Leonardo Xavier
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br/