24 de mai. de 2011

Primeiras impressões: Mercedes-Benz Classe C

Transmissão automática de sete marchas é a peça preciosa do modelo. Visual é quase o mesmo e alavanca do cruise control continua a atrapalhar.

Priscila Dal Poggetto 
Mercedes-Benz Classe C ganha mudanças estéticas e câmbio de sete marchas (Foto: Divulgação)
Mercedes-Benz Classe C tem mudanças estéticas
e câmbio de sete marchas (Foto: Divulgação)
Câmbio de sete velocidades, novo painel, sistema que alerta o motorista em caso de sonolência e faróis de leds são os componentes que se destacam visualmente entre os 2 mil que a Mercedes-Benz afirma ter mudado no Classe C. A versão 2012 da linha de entrada da marca — a mais vendida da marca no Brasil e em todo o mundo — ganhou facelift propício para a ocasião, já que a marca alemã quer vender ao menos 10 mil unidades neste ano no Brasil e não pretende correr o risco de 'assustar' seu público fiel.

Os clássicos clientes só terão disponível uma nova geração em 2014. De acordo com o diretor de vendas da marca, Dimitris Psillakis, as mudanças de geração acontecem a cada sete anos e a atual geração foi lançada em 2007 (a primeira estreou em 1982).
Talvez a mudança visual mais nítida seja a da estrela fincada sobre o capô do carro, que não existe mais no Brasil. De acordo com a marca, o símbolo da Mercedes-Benz agora ficará somente na grade frontal, por preferência dos próprios clientes. Mas o detalhe pode ser encomendado, caso o consumidor prefira. Na Europa, essa alteração não vai acontecer.
Concorrentes Classe C (Foto: Editoria de Arte/G1)
Fora isso, o carro mantém as linhas sóbrias, que sempre agradaram muito os clientes com idades acima de 50 anos e que não querem chamar muita atenção por onde passam, apesar de se tratar de um modelo Mercedes-Benz. Mesmo assim, isso pode ser encarado como um ponto negativo por aqueles que aguardavam um carro um pouco mais “leve” esteticamente. O novo painel segue a mesma linha de discrição, mesmo mais moderno em relação à versão anterior.
Painel do Classe C foi modificado (Foto: Divulgação)
Painel do Classe C foi modificado; cruise control
fica acima da alavanca das setas (Foto: Divulgação)
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Embora pareça o típico carro em que o dono deixa a direção na mão de um motorista e fica no banco de trás lendo jornal, o Classe C permanece sem espaço suficiente para cruzar as pernas entre os assentos traseiros e dianteiros. Por isso, a melhor opção para quem compra este tipo de carro é pegar o volante e aproveitar o que ele tem de melhor: motor e transmissão.
Os preços da Classe C ficaram ao menos 1,5% mais caros. A versão de entrada 180 CGi tem valor sugerido de R$ 116,9 mil. Já a 200 CGi Avantgarde sai por R$ 150,9 mil e a 250CGi Sport custa a partir de R$ 191,9 mil. A renovação da linha só ficará completa no fim do ano. Para junho estão previstos o C 200 Touring e o AMG Sedan e Touring. Já a versão cupê estreia no quarto trimestre. Para o final do ano é esperada a 350.
Motor e transmissão
Para avaliar o desempenho do carro, o G1 optou pela versão topo de linha 250CGi Sport, que tem como principais concorrentes modelos mais “joviais”, como o Audi A4 TFSI Sport e o BMW 325i. O teste foi feito por estradas e trechos urbanos da região de Campinas, no interior de São Paulo.
O motor 1.8 CGI de quatro cilindros é o mesmo para todas as versões, mas tem diferentes programações para oferta de potência e torque. O da versão topo de linha tem potência máxima de 240 cavalos a 5.500 rpm e torque máximo de 31,6 kgfm entre 2.000 e 4.300 rpm. Com tais características somadas à suspensão (que acompanha muito bem o desempenho do carro) não é nada difícil ultrapassar a velocidade permitida sem perceber. Portanto, o uso do piloto automático é recomendável nas estradas.
Classe C 250CGi Sport custa a partir de R$ 191,9 mil. (Foto: Divulgação)
Classe C 250CGi Sport custa a partir de R$ 191,9 mil. (Foto: Divulgação)
Mais divertido do que o motor é o câmbio automático de sete marchas 7G-Tronic, que substituiu a caixa de cinco marchas. Na estrada, a sétima marcha se comporta como overdrive, assim, o carro mantém uma velocidade de 120 km/h a apenas 2.000 giros, por exemplo. O alto desempenho em baixa rotação é o que garante o silêncio do motor e o grande conforto para o motorista. Fora isso, a transmissão se mostra extremamente confortável na passagem das marchas, pois a perda de força é quase imperceptível.
O carro vem ainda com borboletas atrás do volante que permitem avançar as velocidades manualmente. No entanto, se for necessária uma redução brusca, o sistema troca a marcha da sexta para a segunda tranquilamente. Tais características tornam o 7G-Tronic a peça mais valiosa do carro para o condutor.
Classe C vai ganhar nova  geração apenas em 2014 (Foto: Divulgação)
Classe C vai ganhar nova geração apenas em 2014 (Foto: Divulgação)
Alavanca que atrapalha
O único ponto extremamente desagradável no carro é a alavanca que ativa o piloto automático. Como ela fica posicionada sobre a alavanca da seta, não tenha dúvidas que o primeiro movimento instintivo será acionar o sistema e não o indicador de direção. Ao pegar o acesso a uma rodovia, essa confusão pode ser perigosa. Sem perceber, o motorista pode entrar em uma via de velocidade máxima de 120 km/h com o sistema limitado a 45 km/l. Até a pessoa se tocar que o cruise control foi ativado na hora de tentar ligar a seta, perigosos segundos podem passar.

Fonte: G1
Disponível no(a):http://g1.globo.com/carros/

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