
Os fervorosos fãs de Schumi dizem que ele não precisa provar mais nada, que os sete títulos falam sozinhos, que ele voltou à Fórmula 1 para se divertir. Mas este último argumento é o X da questão: o alemão está LONGE de estar se divertindo. A alegria do alemão sempre foi vencer e dominar os adversários. Andar mal, ser ultrapassado por meio grid – Kobayashi que o diga – e ser sempre superado pelo companheiro de equipe, com o mesmo carro, parece mais um pesadelo. Está longe de ser o retorno dos sonhos para Schumacher. E, ao contrário do que os torcedores dizem, o mau desempenho é sim uma mancha em seu currículo.

Apesar da situação ser parecida, não acho que seja totalmente a mesma. Apesar dos números incontestáveis, Schumacher nunca foi uma unanimidade – e não falo apenas do Brasil. Alguns episódios, como o do estacionamento na Rascasse, no treino classificatório do GP de Mônaco de 2006 (quando parou o carro para impedir que Fernando Alonso batesse seu tempo), ficaram marcados na carreira do alemão. Vejo a situação do heptacampeão mais semelhante àquele jogador de futebol veterano, que está no elenco, quer ser titular, mas não produz nem perto do que já foi capaz. Ainda assim, quer jogar a todo custo e pode fazer a diferença em poucos momentos: o ex-jogador em atividade. Atualmente, Schumi é um ex-piloto em atividade.

Para encerrar o post, repito o argumento que usei quando Schumacher anunciou seu retorno à Fórmula 1. Sempre achei que era uma situação em que o alemão não poderia sair ganhando. Se andasse na frente e brigasse pelo título, não faria mais do que sua obrigação, dados os sete títulos mundiais de seu currículo. Se fosse superado pelo companheiro e não tivesse um bom ritmo, seria um mico. Infelizmente estamos vendo a segunda opção se concretizar bastante rapidamente. Como já disse: ainda há tempo para ele se recuperar. Mas após o pífio desempenho nestas 23 corridas em 2010 e 2011, sinceramente, não acredito.
Fonte: voandobaixo
Disponível no(a):http://globoesporte.globo.com/platb/voandobaixo
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