2 de mai. de 2011

Na Indy, morte de Bin Laden é recebida com surpresa e debate

Bin Laden aparece ao lado do líder islamista egípcio Ayman al-Zawahri em acampamento da Al-Qaeda no Afeganistão. Segundo a emissora  Al-Jazeera , esta .... Foto: AFP
Saudita teve morte anunciada pelos EUA; piloto americano foi informado apenas em entrevista
Foto: AFP
Danilo Vital
Emanuel Colombari
Direto de São Paulo
A morte do saudita Osama bin Laden, anunciada na madrugada desta segunda-feira pelo governo americano, foi recebida na Fórmula Indy com certa curiosidade. Graham Rahal, segundo colocado da São Paulo Indy 300 nesta segunda-feira, ficou surpreso com a notícia, passada a ele justamente após a prova de São Paulo da categoria americana, em entrevista coletiva.

"Não sei, não ouvi isso. Acho que isso afeta a todos nós, não só a mim", disse Rahal, piloto da Chip Ganassi e natural de Ohio.
Os brasileiros da categoria, todos morando nos Estados Unidos, adotaram um tom respeitoso para debaterem a notícia. Tony Kanaan, da KV Racing, lamentou os problemas que sofre com as viagens internacionais, consequências dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
"Ficar feliz porque alguma pessoa morreu é difícil. Mas foi uma pessoa que mudou o mundo. Como uma pessoa tem o poder de fazer isso? Para a gente, que viaja bastante, a vida complicou mil vezes dentro dos aeroportos. Sendo estrangeiro, e eu com esse nariz, com esse nome... Se eu não fizer a barba, vou para a salinha na primeira mostrada", brincou.
Bia Figueiredo igualmente mostrou humor diante da situação do compatriota. "Também, com passaporte brasileiro e cara de turco, de árabe", disse ela, a única do quinteto brasileiro a morar fora da Flórida - a piloto da Dreyer & Reinbold vive em Indianápolis.
Piadas à parte, Kanaan foi além. "Pode ser uma coisa boa e pode ser uma coisa ruim. E o resto dos sei lá quantos seguidores? Foi notícia porque ele tinha tanto poder. Vai melhorar a situação nos EUA, mas é difícil de comentar. O clima é de apreensão", completou o piloto baiano.
A opinião foi semelhante à de Hélio Castroneves. O piloto da Penske lembrou das vítimas dos casos de 2001, e viu importância principalmente no cenário americano - não apenas para a segurança nacional, mas até mesmo para a política local.
"Conversei com a equipe. Infelizmente, isso não traz vidas de volta. Para o orgulho americano e em relação ao mundo inteiro, porque todo mundo viu e passou pela experiência, foi importante. Quem sabe até a reeleição do (presidente dos EUA, Barack) Obama acabe acontecendo. A segurança tem que aumentar porque há seguidores desse cara, mas quando tira um líder, os seguidores vão tomar outro rumo. Esperamos tranquilidade nos EUA", analisou.

Fonte: terra.com.br
Disponível no(a):http://esportes.terra.com.br

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