20 de mai. de 2011

Dez pit-stops 100% desastrosos



O Pit Stop é um momento crítico no automobilismo de elite. Para ganhar três décimos em uma volta, um piloto assume riscos. Freia alguns metros mais tarde, acelera antes, usa toda a zebra – às vezes, chega a colocar uma das rodas na grama. Uma porca que cai no chão durante a troca pode jogar dois segundos no lixo, tempo que pode equivaler a uma posição – ou até um título – perdido.
Por isso, não somente os mecânicos treinam exaustivamente as trocas – os caras da Red Bull estão conseguindo trocar na casa dos três segundos, um absurdo -, como os pilotos também ensaiam exaustivamente a rota para o pit-lane, incluindo a freada antes da zona de velocidade limitada.
Por ser tão extremo, às vezes a rotina do pit stop dá errado. O resultado, na maioria das vezes, é cômico. Mas de vez em quando, alguém se machuca…

No GP da China deste ano, Jenson Button quase virou a casaca. Os caras da Red Bull não iam trocar os pneus dele, iam? A trapalhada do inglês pode ser justificada pelo condicionamento, já que no ano passado, ele era o primeiro piloto na ordem do pitlane – porque foi campeão em 2009.

Schumacher foi o cara que revolucionou a estratégia das paradas de boxe, não no sentido da programação em si (cujos créditos ficam com caras como Ross Brawn), mas pela forma agressiva como ele pilotava nas últimas voltas antes das paradas, e em como ele brigava por cada décimo de segundo – entrada do box, freada na parada, saída do box, tudo era feito no limite. Por ser tão limítrofe, às vezes as coisas saíam do controle. Schumacher não atropelou o mecânico do macaco apenas uma vez…

O mecânico que opera o pirulito (ui) possui uma das funções mais importantes: ele monitora o trabalho de cada um dos mecânicos, instrui o piloto a colocar o ponto morto e depois engatar a primeira marcha, e precisa liberar o piloto da maneira mais imediata possível. Mas na pressa, às vezes eles esquecem que também devem cuidar do tráfego do pitlane. E aí…

No GP da Espanha de 2002, a vítima da pressa do operador do pirulito foi… ele próprio. Quando o mecânico do macaco desceu o Williams de Juan Pablo Montoya, o cara do pirulito liberou a saída do colombiano – ignorando o trabalho de reabastecimento, que ainda não tinha sido concluído. O resultado? Strike!

No GP de Valência de 2008, a Ferrari já utilizava o sistema de semáforo, para supostamente evitar incidentes causados pelo operador do pirulito. Mas na prática, não mudou coisa alguma: uma vez que o piloto vê a luz verde (autorizada por engano pelo operador do semáforo), ele acelera e não olha mais – ou seja, igual ao pirulito. O resultado é este atropelamento de Kimi Raikkonen, muito similar ao vídeo anterior.

Mais uma trombada causada por distração do operador do pirulito – ficou observando apenas o trabalho dos mecânicos e ignorou o tráfego do pitlane.  Resultado: ele lançou seu piloto Robert Kubica para trombar com Adrian Sutil, no GP da Hungria de 2010.

Preciso mesmo comentar isso?

O primeiro pit-stop a gente nunca esquece. No caso, a equipe da Williams vai lembrar por um bom tempo a primeira parada de Kazuki Nakajima, no GP de Interlagos de 2007. Um verdadeiro strike…

A rigor, para um pit-stop ser desastroso, você precisa parar nos boxes. Mas nem isso David Coulthard conseguiu: quando liderava o GP da Austrália de 1995, o escocês entrou muito forte, derrapou na sujeira e se esborrachou na mureta da curva de acesso ao pitlane. Alguém pode até falar sobre a sujeira na pista, mas ele foi o único a acabar no muro. Na minha opinião, é o incidente mais bizarro envolvendo parada nos boxes da história.

Nigel Mansell.  na Ferrari na que temporada com o carro numero 27  Possivelmente o mais veloz trapalhão da história da Fórmula 1. Um cara que deu canseira e venceu caras do nível de Alain Prost, Ayrton Senna e Nelson Piquet merece nosso respeito – mas uma ou outra risadinha de suas peripécias é algo inevitável. No GP de Portugal de 1989, Mansell entrou muito forte nos boxes e não conseguiu frear a tempo. Mas, ao contrário da geração atual, o inglês pensou na saúde de seus mecânicos e preferiu perder mais tempo que atropelá-los. Ele foi desclassificado por usar a marcha a ré nos boxes. Aliás, quando foi a outra vez que vocês viram um F1 andando de ré?
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br/

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