1 de mai. de 2011

Bia Figueiredo é tutelada por Tony Kanaan para correr lesionada

Bia fraturou o punho direito em um acidente na primeira etapa da temporada, em São Petersburgo. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Bia fraturou o punho direito em um acidente na primeira etapa da temporada, em São Petersburgo
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Danilo Vital
Emanuel Colombari
Direto de São Paulo
Usando um bracelete de plástico no pulso direito, Bia Figueiredo ainda não se sente totalmente à vontade para pilotar seu carro da Dreyer & Reinbold. Por conta da recente fratura sofrida na abertura da temporada da Fórmula Indy, ela não tem força na mão e sente dores a cada zebra passada. Tentando minimizar o problema para a disputa da São Paulo Indy 300, ela passou a ser tutelada por um especialista no assunto: Tony Kanaan.

"Eu ainda sinto um pouco de dor, está complicado, mas resolvi pedir conselhos a um especialista: o Tony, que tem uns 500 pinos no corpo", disse Bia na quinta-feira, exagerando o número de lesões de Kanaan. O brasileiro, que já se envolveu em sérios acidentes - todos sem grandes consequências para sua carreira - sofreu lesão semelhante à da piloto. Em julho de 2008, fraturou o pulso direito.
"Esse bracelete dá um pouco mais de flexibilidade, mas minha mão não entra totalmente em contato com o volante. Não estou 100% ainda, tenho uns 80% da força da mão. Dói nas curvas 1 e 2, quando passa na zebra, mas estou seguindo o conselho do Tony e, nas retas, tirando um pouco a mão para preservar", contou. Ao lado dela, Kanaan gesticulou com os braços para mostrar como se faz para pilotar na reta com apenas uma mão no volante.
O fraco desempenho apresentado pela brasileira em São Paulo até o momento não tem relação direta com a fratura no pulso. Em dois treinos e na qualificação não conseguiu acertar o carro: vai largar na penúltima colocação, à frente apenas de E.J. Viso, que bateu o carro na manhã de sábado. "Vamos tentar um melhor acerto no warm up para fazer uma boa prova", disse a brasileira, sem perder a animação.
Contador de histórias
Além de aconselhar Bia Figueiredo e divertir os companheiros brasileiros durante as entrevistas coletivas, Tony Kanaan tem outra qualidade, atestada pela americana Danica Patrick: é um bom contador de histórias. Companheiros de equipe na Andretti Autosport até 2010, a musa do automobilismo se lembrou com satisfação dos causos contados pelo atual piloto da KV Racing.
"Fomos bons companheiros durante seis anos e, como você percebeu, eu não consigo ficar quieto. Nas reuniões com os engenheiros, sempre que ela tinha que prestar mais atenção eu contava uma história, alguma piada", contou Tony. "É um Forrest Gump", provocou Helio Castroneves, lembrando a personagem do filme de 1994. "A gente sentava no final do dia e eu sempre contava alguma história para animar o clima um pouco", completou Kanaan.

Fonte: terra.com.br
Disponível no(a):http://esportes.terra.com.br

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