Ele pode não ser a última palavra em tecnologia, mas vem com um “V-oitão” de 6.2 litros e 406 cv
Daniel Messeder // Fotos: Fabio Aro e Guilber Hidaka
Andar de Camaro no Brasil é quase um evento. Prepare-se para elogios (para o carro), motoboys torcendo o pescoço, playboys chamando para um racha e até gente que fica boquiaberta só olhando, como se o esportivo fosse virar um robô a qualquer momento – como faz o personagem Bumblebee, vivido por um Camaro amarelo de faixas pretas na trilogia Transformers.Obviamente o carro mais disputado da nossa esportivada, o Camaro “causou” por onde circulou. Na cidade, você passa aperto (literalmente) em avenidas com faixas projetadas para Gols e Palios. Na estrada, é preciso autocontrole para não esmagar o acelerador assim que aquele caminhão volta para a pista da direita. E, nas curvas, seu cérebro varia entre a vontade de pisar fundo e o receio (real) de que a traseira quer passar a frente a qualquer momento.
Dupla saída de escape emana o som borbulhante do V8: é uma das coisas mais legais do Camaro SS
Nessa versão com câmbio automático, o V8 desliga quatro cilindros quando não exigido
A maioria dos participantes da esportivada se surpreendeu. “Apesar do tamanho e peso (são 1.790 kg), ele não é uma barca, é até bem estável”, comentou o repórter Alberto Cataldi. Isso porque, além da eletrônica, o muscle car da GM vem com rodões aro 20 e imensos pneus 245/45 na frente e 275/40 atrás. A suspensão traseira é independente, diferente do rival Mustang. E o Camaro freia demais! Só não gostamos de a Chevrolet brasileira importar apenas a versão automática.
Cabine mescla passado e presente com estilo, mas falta ar digital e sobre plástico duro
Na hora de devolver o carro, você pensa: por R$ 185 mil, vale muito! Eu relevo o plástico rígido do painel (embora o quadro de instrumentos seja animal) e o fato de que vou virar sócio do posto de combustível (embora o V8 desligue quatro cilindros em velocidade de cruzeiro na estrada). O Camaro não encara as curvas com a naturalidade de um esportivo alemão – é sempre uma briga contra o tamanho, o peso e a traseira arisca. E o volante de grandes dimensões não ajuda, enquanto a direção não pode ser chamada de direta. Ainda assim, domar uma fera dessas é diversão garantida!
Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com/
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