25 de fev. de 2011

GT2: um passeio no Porsche anabolizado



A geração 993 do Porsche 911 realmente marcou uma época. Produzida de 1993 a 1998, tornou-se um clássico ainda maior quando Stuttgart anunciou o fim dos motores refrigerados a ar. Para muitos puristas, vale dizer, a história do modelo termina ali. Se for assim, este GT2 preparado para as pistas pode ser considerado o seu ápice.


Uma das versões mais empolgantes e nervosas do 911, o GT2 traz o espírito de competição impregnado em suas linhas, desde o acabamento até o nada discreto aerofólio traseiro.

O foguete esportivo nasceu da experiência da marca nas pistas. Ele é, falando em linhas gerais, como uma versão apimentada do Turbo. Além de maior poder de fogo (430 cv), recebeu alargadores de pára-lamas, spoilers e modificações na suspensão e freios.
E pra falar melhor sobre o tema fui atrás de um deles aqui no Brasil. Se algum dia esse carro estiver bem atrás de você, faça duas coisas. A primeira é admirar seu estilo incomum, pronto para arrumar confusão em cada esquina. A segunda é dar passagem, pois ele tem mais de 600 cv de potência e despeja toda essa força com uma brutalidade assustadora, sem tomar conhecimento do que está à frente.

A história do exemplar começou nos Estados Unidos, onde foi comprado zero-quilômetro e levado até a filial da Protomotive na Flórida. A Protomotive é uma preparadora americana que há 25 anos produz alguns dos Porsche mais rápidos do mundo. Foi ali que o carro recebeu uma extensa preparação do motor e carroceria, incluindo o alívio de peso.
O motor boxer de seis cilindros com 3,8 litros e duas turbinas oferece nada menos do que 660 cv brutos. Já no Brasil, o responsável pelo acerto da injeção eletrônica foi Ricardo Malanga, da Brabo Motorsport, empresa que esteve por trás dos recordistas brasileiros de velocidade nos anos 90. Sinta o drama:

O interior da máquina é completamente despojado, sem nenhum item de conforto. Fui convidado para dar uma volta e, em uma momentânea falta de juízo, aceitei. Os bancos concha deixam clara a vocação para atingir os limite do corpo. Afivelei os cintos de quatro pontos da Simpson e o coração bateu mais forte.
A primeira marcha é curta, a segunda te cola contra o banco e a terceira…Bem, era só uma volta na rua e o Porsche precisa de espaço para esticar a musculatura. Assim como acelera, ele freia muito. Acredito que em um track day as marcas do cinto devem ficar gravadas na pele.
Decididamente não é o veículo ideal para ir ao supermercado. O proprietário ainda me contou que na Flórida metade do tanque era abastecido com gasolina de aviação. Sem trocadilhos, deve ser por isso que ele continua voando baixo.

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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