1 de fev. de 2011

Cresceu para menos

Moto nacionalizada recentemente tem porte avantajado, motor de dois cilindros em V e disposição para encarar longas distâncias confortavelmente, até em caminhos ruins
Téo Mascarenhas - Estado de Minas



 (Fotos: Marlos Ney Vidal)
 O mercado das motocicletas classificadas como big ou maxi trail, prontas para dar a volta ao mundo com muito conforto, sem escolher os caminhos, virou uma espécie de joia da coroa. Quase todas as marcas desenvolveram seus modelos para apresentar ao veredicto do consumidor, que passou a contar com um cardápio de muitas opções. A Suzuki entrou na briga, lançando o modelo V-Strom 1000 em 2002, com motor de dois cilindros em V herdado da finada esportiva TL 1000. Em 2004, a família cresceu, com o lançamento da versão baby, com o modelo V-Strom DL 650, com mesmo quadro da irmã maior, mas motor herdado de outra esportiva, a SV 650.

No Brasil, o modelo foi apresentado em 2008 e chegou ao mercado no ano seguinte e agora, nacionalizado, tem a responsabilidade de substituir a irmã maior, V-Strom 1000, que subiu no telhado e saiu de linha. A V-Strom DL 650, que agora reina sozinha, representando a Suzuki no segmento do mercado nacional, conserva traços da irmã maior, como porte e versatilidade. Com volumosas dimensões, impressiona e impõe respeito, além de contar com um motor que corresponde. Com dois cilindros em V, inclinados em 90 graus e 645cm³, está equipado com oito válvulas, refrigeração líquida e injeção eletrônica de combustível.



A potência chega aos 67cv a 8.800rpm e o torque a 6,12kgfm a 6.400rpm. Números bem confortáveis para deixar o tráfego das estradas para trás, além de arrancar na frente e sumir nos sinais de trânsito das cidades. O problema é chegar até debaixo dos sinais e se colocar na pole position. Com as avantajadas dimensões, herdadas da irmã maior, além de 194kg de peso a seco, a tarefa de circular pelos corredores fica dificultada, apesar de o guidão mais alto passar por cima dos retrovisores dos engarrafados automóveis e do banco mais baixo, a 820mm de altura, facilitar as manobras que exigem a colocação dos pés no chão.

Na estrada, porém, inverte a situação e assume um comportamento bastante prazeroso. Segue firme como uma locomotiva, além de proporcionar uma postura bem relaxada e natural. Para uma pilotagem mais rápida, o para-brisa pode ser regulado na altura em até 50mm, que faz muita diferença no conforto aerodinâmico. Especialmente em percursos mais longos, sua especialidade. O aro dianteiro, com 19 polegadas, é uma espécie de meio termo entre o asfalto e a terra, embora a filosofia do modelo seja muito mais on do que fora de estrada, como fica evidente nas rodas em liga leve, nos pneus esportivos e no aro traseiro, com 17 polegadas, como nas esportivas puras.
Painel tem elementos analógicos e digitais
Painel tem elementos analógicos e digitais


Desta forma é possível andar rápido, mas sem baixar o espírito de um Valentino Rossi, mais apropriado para as superesportivas. Os freios são eficientes, mas a frente afunda nas frenagens, por conta de um curso de suspensão mais longo, com 150mm de extensão, que caracteriza os modelos dual (dupla utilização) ou Sport Enduro Tourer, como prefere classificar a Suzuki. Na dianteira, a suspensão conta com sistema telescópico e tubos de 43mm de diâmetro. Na traseira, a suspensão é do tipo mono. Ambas da marca Showa, com amplas possibilidades de regulagens manuais de fácil e simplificada operação, que na traseira pode ser feita com a própria mão.
As grandes dimensões impõem respeito, mas o banco permite apoiar os pés no chão
As grandes dimensões impõem respeito, mas o banco permite apoiar os pés no chão


O freio dianteiro conta com dois discos de 310mm de diâmetro e o traseiro com disco simples de 260mm. O arrefecimento tem radiador de água e de óleo, este posicionado baixo e de forma vulnerável. A grossa ponteira do escape tem saída única e alta, ao contrário da irmã maior V-Strom 1000, com duas ponteiras. O tanque, contudo, é comum aos dois modelos e comporta 22 litros, assim como os retrovisores de excelente visibilidade. O visual encorpado também contempla duplo farol e bagageiro preparado para receber o bauleto para viagens. O câmbio tem seis marchas e o painel é completo, com velocímetro e conta-giros analógicos e tela digital entre os dois. O preço sugerido é de R$ 34.594, sem frete. Informações: Superbikes (31) 3378-2402.  
Fonte: vrum
Disponível em:http://correiobraziliense.vrum.com.br

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