Há exatos 100 anos uma forte rivalidade turística entre a cidade de Nice e o principado de Mônaco fez com que o príncipe Albert I organizasse um rali de automóveis para divulgar seu país e atrair turistas. Dessa forma, no dia 21 de janeiro de 1911 nascia o Rali de Monte Carlo.
Henri Belgier, o primeiro vencedor do rali
Monte Carlo tem para o rali um significado semelhante ao das 500 milhas de Indianápolis para os monopostos. Ao longo de 100 anos mais de 15 mil competidores e equipes, profissionais ou amadores, tentaram concluir um dos mais difíceis ralis do mundo. São três dias e cinco estágios pelas ruas e estradas da Côte d’Azur (Costa Azul). Além disso, um dos estágios, o Col de Turini, é uma sinuosa estrada dos sonhos incrustada nos Alpes franceses. (foto abaixo)
A partir de 1973, quando passou a fazer parte do WRC, o Rali de Monte Carlo tornou-se a prova inaugural das temporadas do campeonato, onde pilotos e equipes estreiam seus carros. Além disso, é uma das duas únicas provas onde os pilotos enfrentam a neve. Apesar de ser realizado até hoje, o “Monte” é mais conhecido pelas provas clássicas dos anos 60, em especial as míticas edições em que os Mini Cooper S venceram a prova (1964, 1965 e 1967). Já na fase do WRC, foi a vez da Lancia dominar o principado e assumir o papel de ícone de Monte Carlo. Depois da vitória do Fulvia em 1972 foram nada menos que 11 vitórias testemunhadas pelo Mediterrâneo, sendo quatro do Stratos (1975 – 1977 e 1979), uma dobradinha do 037 em 1983 e seis do Delta (1986-1990 e 1992).
O Rali de Monte Carlo deixou de fazer parte do calendário oficial do WRC em 2008, quando foi vencido por Sébastien Loeb em seu Citroën C4 WRC. Desde então a prova faz parte do Intercontinental Rally Challenge, que é voltado a jovens pilotos e amadores. Mesmo sem o status de prova oficial do campeonato, o rali ainda é cheio de glamour misturado a uma dose de romantismo na versão histórica reservada a carros antigos, alguns até veteranos da corrida mais elegante do automobilismo.
Para comemorar o centenário do mais famoso dos ralis, preparamos uma galeria com as melhores e mais marcantes fotos dos 100 anos do “Monte”.
Na segunda parte, na altura nos 7min30s, um Golf GTI capota, arranca alguns postes e simplesmente volta para a corrida como se nada tivesse acontecido…
Timo Salomen, Walter Röhrl, Juha Kankkunen e Stig Blomqvist provavelmente concordam que os bólidos do Grupo B precisavam de muito mais espaço para se sentirem à vontade. A performance, apesar de dificílima, às vezes fica quase monótona de ver.
O vencedor de Monte Carlo em 1986 foi o talentoso finlandês Henri Toivonen, o que só torna as coisas mais saudosistas: a morte de Toivonen no Rali da Córsega do mesmo ano, junto com o acidente de Portugal, acabaria determinando o fim do Grupo B.
Fonte: jalopnik.
Disponível em:http://www.jalopnik.com.br/
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