Ford reduz dívida em US$ 4 bilhões (Foto: AP) |
O resultado positivo foi obtido apesar da queda de 80% no lucro do quarto trimestre, decorrente de encargos com pagamento de dívidas. Com o balanço, a montadora elevou a previsão para produção na América do Norte no atual trimestre e a estimativa para vendas no encerramento de 2011.
O lucro líquido de outubro a dezembro somou US$ 190 milhões de dólares, ou US$ 0,05 por ação, incluindo um encargo com dívidas de US$ 960 milhões. O resultado se compara ao ganho de US$ 886 milhões, ou 0,25% por papel, no mesmo período do ano anterior. Na América do Sul, a Ford lucrou US$ 1 bilhão antes de impostos, um avanço de US$ 235 milhões, após ganhar US$ 281 milhões no último trimestre do ano.
Alan Mulally, CEO da Ford, beijou o capô do Ford Focus Electric em Las Vegas (Foto: Julie Jacobson/AP) |
A Ford deu como garantia a maioria de seus ativos para obter financiamento de US$ 23,5 bilhões em 2006, movimento que permitiu à montadora custear o desenvolvimento de novos produtos sem ter de aceitar ajuda do governo norte-americano, a exemplo do que fizeram General Motors e Chrysler.
“Nossos resultados de 2010 excederam as expectativas, acelerando nossa transição de fixar os fundamentos dos negócios para entrar crescimento lucrativo”, comentou o presidente da Ford, Alan Mulally. “Estamos investindo em uma quantia sem precedentes de produtos, tecnologia e expansão em todas as regiões do mundo”, acrescentou.
A companhia informou ter reduzido seu endividamento em US$ 14,5 bilhões em 2010, diminuindo custos anuais com juros em mais de US$ 1 bilhão.
As ações da montadora recuavam mais de 7% após a divulgação dos resultados.
"Os resultados corporativos de 2010 demonstram que nossa estratégia One Ford está funcionando conforme planejado. Este é 28º trimestre consecutivo de números positivos na América do Sul", afirmou em nota o presidente da Ford do Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira.
Segundo ele, os resultados de 2010 vieram com anúncios importantes como o lançamento do New Fiesta e Ford Edge, a exportação do motor Sigma para o mercado americano, a chegada do Fusion Hybrid e o desenvolvimento da nova EcoSport no país.
"Essa estratégia acertada viabilizou o início do maior investimento da história da Ford no Brasil, de R$ 4,5 bilhões. Tudo isso nos prepara para os desafios que temos pela frente: a pressão dos custos cada vez maior e a concorrência acirrada", destacou.
Fonte: G1
Disponível em:http://g1.globo.com
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