Renault afirma ser vítima de espionagem industrial (Foto: AFP) |
O executivo Michel Balthazard, um dos três ex-funcionários da Renault suspeitos de vender segredos industriais do carro elétrico desenvolvido pela empresa francesa, apresentou nesta quarta-feira (19) uma queixa-crime alegando difamação em seu afastamento.
A fabricante de veículos francesa afirma que foi vítima de uma rede organizada internacional, que tentou roubar da empresa informações econômicas, tecnológicas e estratégicas a favor de interesses estrangeiros. O foco da espionagem seria os veículos elétricos, a principal aposta do Grupo Renault Nissan para os próximos anos.O advogado de Balthazard, Pierre-Olivier Sur, afirmou à emissora de rádio "France Info" que seu cliente, que recebeu uma carta de demissão por "falta grave e flagrante às obrigações de confidencialidade e de lealdade", decidiu "mover todas as ações judiciais contra as pessoas e atos que atentaram contra sua honra".
Sur informou que a denúncia foi feita à Promotoria de Paris e garantiu que não há nenhum elemento para poder criticar Balthazard por ter entregue segredos industriais, e, por isso, as suspeitas que recaem sobre ele "não têm fundamento".
O fabricante automobilístico francês apresentou no último dia 13 uma denúncia à Justiça da França por "espionagem industrial, corrupção, abuso de confiança, roubo e encobrimento cometidos por uma quadrilha organizada".
O jornal "Le Figaro" revelou este mês que a suposta rede utilizou uma conta bancária na Suíça e outra em Liechtenstein, com 500 mil euros e 130 mil euros, respectivamente, e apontou que o dinheiro procedia da China Power Grid Corporation, um gigante da distribuição elétrica com base em Pequim. No entanto, a China nega qualquer envolvimento no caso de espionagem industrial.
Apesar do ocorrido, a Renault afirma que não deu tempo de a empresa ser prejudicada. “Nenhum tesouro tecnológico ou estratégico, no que diz respeito a inovações, vazou para fora da empresa, incluindo as 200 patentes inscritas ou em processo de inscrição”, declarou a companhia ao jornal francês "Le Figaro".
Fonte: g1
Disponível em:http://g1.globo.com
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