9 de mar. de 2013

F-1:Temporada 2013 da F1 segue a fila de 2012

Fotos: Divulgação
Temporada 2013 da F1 segue a fila de 2012
Campeonato de 2012 bem disputado faz a FIA mexer pouco no regulamento para 2013

por Rodrigo Machado
Auto Press

A cada início de ano, a Federação Internacional de Automobilismo, FIA, costuma futucar o regulamento do campeonado de Fórmula 1, em busca de tornar a briga na pista mais emocionante. Mas não desta vez.
A disputa pelo título em 2012 ficou aberta até a última corrida, em Interlagos, São Paulo. E nenhum dos pilotos, em nenhum período do campeonato, abriu vantagem expressiva sobre os demais. A satisfação da entidade se expressou exatamente na falta de “invencionices” para 2013. Com isso, a tendência é que esta temporada seja praticamente uma continuidade da anterior.
   
Mesmo assim, o ano vai ser bem atípico em termos de evolução mecânica. É que se alguma equipe começar mal, não vai poder apostar todas as suas fichas com mudanças no meio da temporada – como fez a Ferrari em 2012, por exemplo. O problema é que, em 2014, a Fórmula 1 vai passar por profundas alterações, com novas regulamentações de motores – saem os V8 para dar espaço aos V6, mais eficientes –, desenho e aerodinâmica. Dessa forma, é esperado que o desenvolvimento dos novos carros comecem no meio do ano e absorvam parte dos esforços e recursos das equipes.

Ferrari



   
Para 2013, a principal inovação deve ficar por conta dos pneus. A Pirelli, única fornecedora, mostrou no final de janeiro os novos compostos que serão usados nas 19 provas do ano. A ideia da própria empresa italiana é apostar na imprevisibilidade. Todos os seis tipos de pneus diferentes – quatro para pista seca e dois para pista molhada – estão mais macios em 2013. Com isso, a aderência será bem maior – se espera uma melhora de até 0,5 segundo por volta. Entretanto, o desgaste também será proporcionalmente maior. A Pirelli pretende diminuir ao máximo a possibilidade de um carro terminar uma corrida com apenas uma parada nos boxes para troca, o que aumenta o peso da estratégia de corrida.
   
Na aerodinâmica, as mudanças se concentram nos aerofólios. Na frente, a FIA ficou mais exigente nos testes de flexibilidade da asa. A entidade também proibiu o chamado “DRS duplo”. A solução, encontrada pela Mercedes e copiada pela Lotus, usa canais de ar que começam no aerofólio dianteiro e terminam na asa traseira. Eles melhora a velocidade máxima quando o DRS – Drag Reduction System – está aberto. O equipamento, por sinal, – que abre uma lâmina no aerofólio para diminuir a resistência do ar – vai ter alterações em seu uso. Antes, os pilotos poderiam usar o sistema em qualquer parte da pista durante os treinos e em lugares específicos nas provas. Agora, as classificações passam a ter a mesma regra das corridas.

McLaren


   
A alteração mais visível a olho nu, no entanto, quase não vai mudar o comportamento dos carros em si. A FIA liberou para 2013 o uso de uma carenagem sobre o controverso “degrau” que estava no bico da maioria dos bólidos do grid. Na prática, a peça só vai cobrir o “nariz de pato” e não vai mudar nem a aerodinâmica e nem a segurança dos carros – principal razão para a sua adoção no ano passado. O objetivo é exatamente deixar os carros mais atraentes.
   
O grid em si vai ficar mais vazio em 2013. A HRT fechou as portas e 11 equipes vão iniciar a temporada na Austrália, no dia 17 de março. Os testes de pré-temporada realizados na Espanha mostram que não devem existir grandes surpresas para as primeiras provas. Ferrari, McLaren, Mercedes e Lotus foram as melhores colocadas. Mas a tricampeã Red Bull Racing “escondeu o jogo” e deve estar forte em Melbourne.

Lotus


   
A equipe composta por Sebastian Vettel – vencedor nos últimos três anos – e Mark Webber continua ser o time a ser batido. No entanto, Fernando Alonso na Ferrari, Lewis Hamilton agora na Mercedes, Jenson Button na McLaren e Kimi Räikkönen na Lotus devem incomodar. O lado negativo para os brasileiros foi a passagem relâmpago de Luiz Razia pela “nanica” Marussia. O baiano até foi escolhido para tomar o posto de segundo piloto da equipe, mas o dinheiro de seus patrocinadores não apareceu e ele foi demitido em apenas 23 dias na categoria. O único brasileiro a largar na Austrália, portanto, será Felipe Massa a bordo do bólido vermelho da Ferrari.

Principais mudanças para a temporada 2013:

# O DRS, a chamada asa móvel, passa a só poder ser usada nos treinos apenas nas áreas indicadas.
# A fornecedora oficial de pneus, a italiana Pirelli, deixou todos os compostos mais macios. As borrachas vão ficar mais aderentes e menos resistentes.
# As equipes passam a poder aplicar uma carenagem sobre o “degrau” no bico de seus carros. A ideia é deixar os bólidos mais bonitos.
# A FIA vai efetuar testes de flexibilidade mais rigorosos para a asa dianteira.
# A entidade probiu o uso do DRS duplo que aumentava a estabilidade e velocidade máxima quando a asa móvel era ativada. Qualquer solução semelhante também foi banida.
# Os carros ficaram ligeiramente mais pesados para acompanhar as mudanças estruturais dos pneus.

Mercedes



Equipes e pilotos

Red Bull Racing

- Sebastian Vettel
- Mark Webber
Ferrari
- Fernando Alonso
- Felipe Massa
McLaren
- Jenson Button
- Sergio Pérez
Lotus
- Kimi Räikkönen
- Romain Grosjean
Mercedes

- Nico Rosberg
- Lewis Hamilton
 Sauber
- Nico Hülkenberg
- Esteban Gutiérrez
 Force India
- Adrian Sutil
- Paul di Resta
 Williams
- Pastor Maldonado
- Valtteri Bottas
Toro Rosso
- Jean-Éric Vergne
- Daniel Ricciardo
 Caterham
- Charles Pic
- Giedo van der Garde
 Marussia
- Jules Bianchi
- Max Chilton


Sauber



Force India



Williams




Toro Rosso



Caterham



Marussia



Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

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