Marca japonesa aposta no modelo para fazer frente a BMW, Yamaha e Kawasaki no segmento
A Honda não costuma deixar territórios
livres no Brasil. Dona de 80% do mercado local, é raro ver a fabricante
japonesa fora de algum segmento. Em um setor rentável, de motos de
quase R$ 80 mil, seria ainda mais difícil esperar passividade da marca.
Mas era o que acontecia com o nicho de maxitrails. Como a tentativa com a XL 1000 V Varadero, trazida entre 2007 e 2009, não foi muito bem sucedida, a disputa ficou praticamente restrita a BMW e Yamaha, com as R1200 GS e a Super Ténéré – a Kawasaki vende a Versys 1000 aqui, mas é menos potente que as concorrentes. Agora, a Honda volta à carga com a moderna VFR 1200X Crosstourer. Com alta dose de tecnologia embarcada, se torna uma forte candidata entre as versáteis maxitrails.
Mas era o que acontecia com o nicho de maxitrails. Como a tentativa com a XL 1000 V Varadero, trazida entre 2007 e 2009, não foi muito bem sucedida, a disputa ficou praticamente restrita a BMW e Yamaha, com as R1200 GS e a Super Ténéré – a Kawasaki vende a Versys 1000 aqui, mas é menos potente que as concorrentes. Agora, a Honda volta à carga com a moderna VFR 1200X Crosstourer. Com alta dose de tecnologia embarcada, se torna uma forte candidata entre as versáteis maxitrails.
A moto chega ao país exatamente um ano
após a sua apresentação mundial, no Salão de Milão de 2011. A ideia
inicial era começar as vendas em outubro, mas problemas no transporte,
paralisações em portos e greves atrasaram em dois meses a chegada do
modelo ao país.
Como o próprio nome denuncia, a
Crosstourer é derivada da VFR 1200F, sport touring vendida no Brasil
desde abril de 2011. O motor, por exemplo, é o mesmo V4, só que
recalibrado para atender melhor às exigências e uma aventureira. Em vez
de 172 cv e 13,2 kgfm, a Crosstourer se limita a explorar 129 cv e 12,8
kgfm. O regime em que a força é entregue em giros mais baixos,
exatamente para favorecer uma tocada fora-de-estrada. A potência vem em
7.750 rpm – contra 10 mil rpm na VFR – e o torque aparece nos 6.500
giros, em vez de 8.750 rotações da sport tourer.
A transmissão também é a mesma. Isso
significa que é uma moderna caixa automatizada de dupla embreagem –
sistema usado apenas pela Honda no Brasil – com seis velocidades. As
trocas podem ser realizadas por meio de botões no guidão ou
automaticamente sob comando da central eletrônica.
Em termos de segurança, a Crosstourer
também é bem fornida. Ela traz o C-ABS, já utilizado em outras motos da
marca no país que reparte a frenagem entre o eixo dianteiro e o
traseiro. Há também o controle de tração, que impede que a roda traseira
patine em situações de excesso de torque ou baixa aderência.
O chassi é feito de alumínio e as
suspensões têm curso longo. Mas a Crosstourer oferece ajustes de rigidez
para pisos diferentes na pré-carga da mola nos dois eixos. As rodas são
de 19 polegadas na frente e de 17 na traseira e são “vestidas” com
pneus de uso misto e sem câmara.
O painel de instrumentos é todo de LCD
e traz as informações vitais, como velocímetro, conta-giros e
temperatura do motor, ainda outras interessantes, como o consumo médio
de combustível e da transmissão automatizada.
O visual não é tão inspirado quanto o
da VFR 1200F, mas também agrada. Assim como na sport tourer, existem
“camadas” da carenagem que dão mais profundidade à moto. A balança
traseira traz o cardã embutido no monobraço no lado esquerdo. Na direita
fica a saída dupla de escape.
Com boa dose de tecnologia embarcada, a
Crosstourer vem para se situar no topo do segmento das maxitrails. Tem
preço de R$ 79.900, exatamente o mesmo da BMW R1200 GS – a Yamaha XT
1200Z Super Ténéré é bem mais em conta: R$ 61 mil. A disputa ainda
promete ficar mais dura em 2013. A recém-chegada Triumph vai entrar com a
Tiger Explorer 1200 e a Ducati deve trazer a nova Multistrada. É uma
briga que promete levantar poeira.
Ficha técnica
Honda VFR 1200X Crosstourer
Motor: A gasolina,
quatro tempos, 1.237 cm³, quatro cilindros em “V”, quatro válvulas por
cilindro e comando simples no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto
sequencial.
Câmbio: Automatizada de dupla embreagem de seis marchas com transmissão por eixo cardã.
Potência máxima: 129 cv a 7.750 rpm.
Torque máximo: 12,8 kgfm a 6.500 rpm
Diâmetro e curso: 81 mm X 60 mm.
Taxa de compressão: 12,0:1
Suspensão: Dianteira
com garfo telescópico invertido e ajuste de pré-carga da mola com 165 mm
de curso. Traseira monjobraço com amortecedor do tipo pro-link com
ajuste de pré-carga e curso de 146 mm.
Pneus: 110/80 R19 na frente e 150/70 R17 atrás.
Freios: Disco duplo flutuante de 310 mm na frente e disco simples de 276 mm atrás. Oferece ABS de série.
Dimensões: 2,28
metros de comprimento total, 0,91 m de largura, 1,33 m de altura, 1,59 m
de distância entre-eixos e 0,85 m de altura do assento.
Peso: 261 kg.
Tanque do combustível: 21,5 litros.
Produção: Kumamoto, Japão.
Lançamento mundial: 2011.
Lançamento no Brasil: 2012.
Preço: R$ 79.900.
Fonte: Motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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