Aston Martin reedita o Vanquish com conjunto moderno e afinado para oferecer o máximo da marca inglesa
Quando foi lançado ,em 2001, o Vanquish iniciou a era do alumínio dentro da Aston Martin. Nada mais natural que a nova geração do esportivo, que chega para aposentar o DBS, venha a inaugurar a fase da fibra de carbono na história da marca britânica. Mas as qualidades do novo Vanquish não ficam só em sua estrutura. Com um motor V12 revisitado, uma estética inspirada e muita tecnologia embarcada, o esportivo ainda estabelece a base que vai ser utilizada nos próximos lançamentos da marca.
Quando foi lançado ,em 2001, o Vanquish iniciou a era do alumínio dentro da Aston Martin. Nada mais natural que a nova geração do esportivo, que chega para aposentar o DBS, venha a inaugurar a fase da fibra de carbono na história da marca britânica. Mas as qualidades do novo Vanquish não ficam só em sua estrutura. Com um motor V12 revisitado, uma estética inspirada e muita tecnologia embarcada, o esportivo ainda estabelece a base que vai ser utilizada nos próximos lançamentos da marca.
Os executivos da Aston Martin afirmam taxativamente que o novo Vanquish é o modelo que reúne tudo de melhor que a marca sabe fazer. Tecnologicamente, o Vanquish é, realmente, um modelo todo novo. Principalmente pela quantidade de recursos inéditos que ele possui. O motor 6.0 V12, por exemplo, é o mais potente já usado em um Aston feito em série – só é batido pelo One-77, que teve produção limitada. Ele oferece 573 cv e 63,2 kgfm de torque, permitindo ao Vanquish cumprir o zero a 100 km/h em 4,1 segundos e alcançar 295 km/h de velocidade máxima. E tudo isso com consumos e emissões inferiores ao DBS. Para chegar a isso tudo, o propulsor teve o bloco revisto, novo cabeçote, novo desenho do coletor de admissão e ainda ganhou comando variável de válvulas na admissão e escape.
Outro elemento em que o Vanquish aperfeiçoou o que já havia sido usado em outros carros da marca é em sua arquitetura. Ele mantém a plataforma VH, mas 75% dos elementos do chassi são novos, sendo que grande parte deles são feitos de fibra de carbono. Só a plataforma ficou 13% mais leve quando comparada com a do DBS. A fibra de carbono também foi espalhada na carroceria. Para se ter noção, só a tampa do porta-malas, feita com o material, demora dois dias para ficar pronta nas mãos de um único operário. O peso final do carro ficou menor, a rigidez torcional foi ampliada em 25% e ainda foi possível abaixar a posição do motor e deixar o centro de gravidade mais próximo ao chão.
O novo processo de construção do Vanquish também trouxe benefícios para o interior. A habitabilidade cresceu notoriamente, principalmente por causa do porta-malas 60% maior, agora com 368 litros. A decoração interna continua a ser sublime. A qualidade de todos os materiais é inquestionável e o conforto a bordo atinge novos padrões. O sistema de rádio é novo, feito pela Bang & Olufsen e é gerido por uma tela central que ainda agrupa todas as outras funções do veículo.
O design continua a cargo de Marek Reichman e parece estar melhor do que nunca. O novo Vanquish exibe a mais recente interpretação da linguagem estilística da Aston Martin, em que foram aplicados alguns elementos do One-77, como o caso das lanternas traseiras de led. Na teoria, o Vanquish sintetiza a esportividade do One-77 com a elegância do DB9 e do Rapide. Uma combinação absolutamente inspirada.
Impressões ao dirigir
Questão de estilo
Londres/Inglaterra – A escolha pela capital britânica para a apresentação do novo Vanquish à imprensa especializada europeia não foi à toa. O objetivo de provar que o superesportivo está mais agradável de usar no trânsito urbano foi alcançado com louvor, já que o carro realmente confirma as promessas da marca. A suavidade de funcionamento do V12 é surpreendente e é um dos fatores mais determinantes para a sensação de conforto, mesmo em situações pouco usuais para um carro com mais de 570 cv. O modelo se adapta facilmente a uma condução tranquila, assim como o câmbio automático de seis marchas, capaz de lidar muito bem com o para e anda londrino.
Mas basta um pequeno trecho de asfalto livre para qualquer solicitação mais firme ao pedal do acelerador se traduzir numa resposta explosiva do motor. Ainda que muito linear, os 63,1 kgfm de torque – disponíveis por completo a 5.500 rotações – são sempre suficientes para dar aquela “estilingada” no Vanquish. Mesmo em baixos regimes, há força de sobra disponível. Para quem quiser apimentar a relação com o carro, basta pressionar o botão “S” no volante, que seleciona o modo Sport. Ele muda bastante o comportamento do carro ao reconfigurar trocas de marcha, respostas do volante e suspensão e até a sonoridade do escapamento. O Vanquish se transforma num bólido capaz de pressionar as costas dos ocupantes contra o banco a cada acelerada forte. Tudo ao som de uma sinfonia metálica particularmente interessante entre 3 mil e 4 mil giros.
Trata-se também de um carro confortável. A suspensão de amortecimento variável dá conta dos muitos ressaltos das estradas inglesas e repassa pouco para o interior, onde se viaja em primeira classe. O posto de comando é não menos que perfeito, com ajustes elétricos e domínio do volante revestido em Alcantara nas áreas de contato com as mãos. O acabamento é da melhor qualidade, com arremates feitos à mão e muito esmero na escolha dos materiais. Até há dois pequenos lugares atrás, mas certamente só crianças – e pequenas – se sentirão à vontade em viajar ali.
Tanto luxo explica um pouco da compostura mantida pelo Vanquish mesmo em velocidades impublicáveis. Ainda que rodando substancialmente acima de qualquer limite de velocidade, quem vai a bordo é pouco molestado. Sempre com doses cavalares de sofisticação e silêncio, como um bom “grand tourer” que se preze deve oferecer.
Ficha Técnica
Aston Martin Vanquish
Motor: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 5.935 cm³, 12 cilindros em V, quatro válvulas por cilindro. Injeção direta e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração traseira. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 573 cv a 6.750 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 4,1 s.
Velocidade máxima: 295 km/h.
Torque máximo: 63,1 kgfm a 5.500 rpm.
Diâmetro e curso: 89,0 mm x 79,5 mm. Taxa de compressão: 11,0:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo double wishbone, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos adaptativos e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo double wishbone, com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos adaptativos. Oferece controle eletrônico de estabilidade de série.
Pneus: 255/35 R20 na frente e 305/30 R20 atrás.
Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD
Carroceria: Cupê em monobloco, com duas portas e quatro lugares. Com 4,72 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,28 m de altura e 2,74 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série.
Peso: 1.790 kg.
Capacidade do porta-malas: 185 litros.
Tanque de combustível: 78 litros.
Produção: Gaydon, Inglaterra.
Lançamento mundial: 2012.
Itens de série: Ar-condicionado automático, vidros elétricos, travas elétricas, rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth Bang & Olufsen com tela de 6,5 polegadas, bancos dianteiros com regulagens elétricas, computador de bordo, direção hidráulica, freios ABS, airbags frontais, laterais e de cabeça, faróis bixenon, sensores de estacionamento, crepuscular e de chuva, bancos em couro, rodas aro 20, navegador GPS e revestimento em Alcantara.
Preço na Europa: 238 mil euros (cerca de R$ 620 mil).
Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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