24 de set. de 2012

A história do McLaren F1

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A McLaren fez um anúncio monumental essa semana para apresentar o P1, um conceito estonteante que, segundo eles, será o supercarro que substituirá o lendário McLaren F1. É claro que o P1 tem um grande significado. Com todo o barulho na internet a respeito do herdeiro do F1, achei que essa seria uma boa hora para voltar no tempo e rever a história do original.

Para mim, 2012 é um excelente ano para apresentar um carro assim. O F1 original fez seu 20º aniversário esse ano, ainda que o MP4-12C esteja mais do que apto para competir com as melhores Ferraris, ser o melhor supercarro do mundo como o F1 em seu tempo nunca foi seu objetivo. Como disse a EVO, a McLaren só fez pouco mais de 100 F1, porém serão fabricados por volta de mil unidades do MP4-12C por ano.
O que sempre me inpressionou no McLaren F1 é o modo como ele conseguiu ser competitivo com os supercarros modernos mesmo do alto de seus vinte anos de idade. Claro, vários carros dos anos 90 são incríveis de conduzir hoje em dia, mas quantos conseguem não apenas ficar a par dos carros modernos, mas destruir muitos deles em uma corrida?
De zero a 100 em 3,2 segundos, zero a 160 em 6,3 segundos, zero a 160 a zero de novo em 11,5 segundos, máxima de aproximadamente 386 km/h – tudo isso em um carro lançado em 1992. O F1 deteve o recorde de carro mais rápido do mundo por mais de uma década, e mesmo hoje permanece como o carro de motor naturalmente aspirado mais rápido do mundo.
O F1 era incrível assim, e agora você vai conhecer sua história.
Foto: McLaren

Uma década de sucesso nas pistas


Usando carros com motores Porsche e mais tarde Honda, comandados por pilotos acima da média como Niki Lauda, Alain Prost e Ayrton Senna, a McLaren se tornou uma das maiores equipes da Fórmula 1 nos anos 1980. Sua briga com a Williams veio a definir o que hoje chamamos de “a era turbo”. Mas os chefes começaram a perceber que o futuro financeiro da companhia não poderia mais depender apenas do automobilismo, e começaram a brincar com a ideia de um carro de rua. Foto: Getty Images

“O melhor carro do mundo”


Como todas as melhores ideias, o conceito por trás do F1 surgiu quando vários representantes da McLaren – incluindo o presidente Ron Dennis, o acionista Mansour Ojjeh e o diretor técnico Gordon Murray – estavam presos em um aeroporto esperando por um voo atrasado em 1988. A discussão acendeu a ideia de criar um esportivo de alto desempenho e, no ano seguinte, foi fundada uma nova empresa chamada McLaren Cars só para isso.
Segundo a McLaren, uma reunião que durou dez horas aconteceu em 1990, e os líderes da empresa se comprometeram a construir “o supercarro mais rápido e de melhor dirigibilidade do mundo”. Ele também deveria ter a mais alta relação peso-potência de todos os carros de rua e ser utilizável no dia a dia. Foto: McLaren

Um alvo improvável


Em um artigo de grande circulação, Gordon Murray falou em como os supercarros dos anos 1980 eram a Ferrari F40, o Jaguar XJ220 e o Porsche 959, mas nenhum deles chegava perto do que a McLaren queria que seu carro fizesse. Mas quando Murray deu de cara com o NSX, que na época contou com a ajuda de Senna em seu desenvolvimento, ele encontrou sua musa inspiradora.
“Eu me lembro de ficar abaladom pensando ‘é incrível como nossa visão toma forma com esse carro’”, disse Murray. “No momento em que eu dirigi o ‘pequeno’ NSX, todos os carros – Ferrari, Porsche, Lamborghini – que eu estava usando como referência e parâmetro no desenvolvimento do meu carro simplesmente desapareceram da minha mente. É claro que o carro que iríamos criar, o McLaren F1, precisaria ser mais rápido que o NSX, mas o conforto ao rodar e a dirigibilidade do NSX se tornaram nosso novo alvo no projeto. Foto: Lumix

Mantendo o peso baixo


Nas corridas, a McLaren sempre teve ênfase em manter seus carros leves, e isso também aconteceu com o F1. Serria inadmissível ultrapassar o limite de peso estabelecido de 1.140 kg. Para fazer isso, foi utilizado algo que revolucionaria a indústria dos supercarros: fibra de carbono. O F1 seria o primeiro carro de rua no mundo a ter um chassi monobloco em fibra de carbono. Foto: McLaren

Três é demais


Além da fibra de carbono, o McLaren tinha várias outras características inovadoras. Entre elas estava um sistema de aerodinâmica ativa que consistia em duas ventoinahs que sugavam o ar dos difusores embaixo do carro, eliminando a necessidade de uma enorme asa traseira  para mantê-lo estável.
Mas talvez sua marca registrada (além da velocidade incompreensível) era o layout de três lugares. Em um McLaren F1 você se senta na frente e tem dois bancos individuais atrás de você. E aparentemente era um lugar bem confortável, também. O F1 vinha de série com sistema de som Kenwood, ar condicionado, abertura das portas à distância, e até um modem para que a sede da McLaren pudesse obter informações da ECU caso ocorresse algum problema mecânico. Foto: krismerri

O coração do rei


Um supercarro não está completo sem um supermotor. Por sorte, a McLaren conseguiu um dos melhores ao se juntar à BMW, que apoiou o projeto com entusiasmo. Há relatos d eque Gordon Murray pediu que o motor não tivesse indução forçada, e o resultado foi um V12 de 6,1 litros naturalmente aspirado bom para 627 cv e 66 kgfm de torque e corte de giro a 7.500 rpm. Como se vê na foto, o compartimento do escape usa folhas de ouro como escudo de calor. Foto: jburns00

Dirija com cuidado


Ainda que o F1 tivesse muita tecnologia nova a seu dispor, seus recursos dificilmente diluíam o desempenho do carro. Ocorria o oposto na verdade – o F1 é único entre os supercarros por não ter assistência eletrônica para o motorista, segundo o Inside Line. Sem ABS, sem controle de tração, sem diferencial inteligente.
Toda essa potência crua e livre era mais do que o suficiente para assustar até mesmo pilotos experientes. Basta perguntar a Rowan Atkinson, o comediante britânico e renomado colecionador de automóveis, que perdeu o controle de seu F1 no ano passado e quase perdeu a vida. Foto: Getty Images

Domínio no automobilismo


O F1 era tão bom que praticamente implorava para competir. Embora não tenha sido projetado para ser um carro de corrida dedicado, o F1 foi extremamente bem sucedido na categoria BPR Global GT e dizimou os outros protótipos nas 24 Horas de LeMans em 1995. Naquele ano a F1 GTR terminou em primeiro, terceiro, quarto, quinto e 13º lugares. Foto: Getty Images

Produção limitada


É rápido, estabeleceu recordes quase inquebráveis, chutou incontáveis traseiros nas corridas – e se manteve exclusivo. A McLaren diz que apenas 107 F1 foram produzidos, fazendo dele não só um dos melhores supercarros de todos os tempos, como também um dos mais raros. Sua produção foi encerrada em 1998. Foto: McLaren

Um sucessor à altura?


“Há vinte anos subimos o nível dos supercarros com o McLaren F1 e nosso objetivo com o P1 é redefinir a categoria mais uma vez”, foi o que disse Ron Dennis na semana passada depois que o P1 foi revelado. Detalhes continuam escassos, mas rumores afirmam que o carro terá um V8 de 3,8 litros e 814 cv, que sobem para 976 cv com a ajuda do KERS. A pergunta que nos atormenta: será que ele honrará o legado do F1? Só o tempo dirá, mas esse é um lugar praticamente inpossível de ocupar com a mesma majestade. Foto: McLaren

Fonte: jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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