27 de jul. de 2012

F-1-"Homem do pneu" na Ferrari aponta evolução de Massa

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Mantendo os planos da assessoria de imprensa para 2012, só um personagem da Ferrari deu entrevista nesta sexta-feira. Se os jornalistas perdem a oportunidade de falar com Fernando Alonso e/ou Felipe Massa sobre os treinos livres, ao menos têm acontecido algumas entrevistas interessantes com membros do time que nem sempre dão as caras.

A entrevista coletiva de hoje foi de Hirohide Hamashima, ex-diretor de desenvolvimento de pneus da Bridgestone, contratado no começo do ano para ajudar o time italiano a compreender melhor o comportamento dos pneus Pirelli. Começou em japonês e, depois, passou para o inglês. Apesar de as respostas de Hamashima em inglês terem sido nitidamente mais enxutas (não precisava falar japonês pra perceber que ele ficou mais… “tímido” em inglês), separei alguns trechos da entrevista, como tenho feito aqui no blog, que nem sempre são fortes o suficiente para virarem manchetes, mas certamente ajudam a compreender melhor os meandros da F1.
Alguns pilotos/equipes têm sugerido que poderia haver sets de pneus do mesmo tipo se comportando de maneira totalmente diferente. Pode ser algo na fabricação dos compostos?
Acredito que não. As pessoas podem estar pensando isso porque a condição mudou um pouco, os pneus são muito sensíveis. Uma diferença de apenas cinco graus já muda o jeito como o piloto sente o carro, isso pode fazer a diferença. Não acho que seja uma questão de fabricação.
Como estão Fernando Alonso e Felipe Massa, comparando um com o outro, em termos de administração dos pneus?
No momento, eles estão num nível muito semelhante. Antes, o carro não servia para o Felipe e ele estava um pouco mais agressivo do que o Fernando. Mas agora o carro está melhorando e os dois pilotos estão muito parecidos.
Você trabalhou com Michael Schumacher e Fernando Alonso. Qual é a diferença entre os dois?
Os dois são muito parecidos, nunca desistem de serem campeões ou de vencer. Têm um jeito muito similar. Mas eu acho que Fernando é mais… quieto, já Michael é mais… agressivo. [Fica com receio de terminar a frase e provoca risos.]
Mas em qual aspecto?
Tiro essas impressões das reuniões técnicas. Nestes momentos, Alonso é mais quieto, mas faz comentários precisos. Michael também é muito preciso, mas a expressão é um pouco diferente.
Para terminar, um dos jornalistas fez uma pergunta muito simples — outros poderiam até se censurar antes de fazê-la — e a reposta… bem, a resposta não foi tão simples assim. Além do quê, se é que algum time tem o ouro, não tem ninguém querendo entregá-lo no que diz respeito ao maior mistério da temporada 2012: os pneus.
Estes pneus têm uma janela muito estreita de atuação. Qual é esse janela, de qual a qual temperatura?
Este ainda é um ponto muito complicado. Meu entendimento é que as fabricantes anteriores dos pneus trabalhavam com uma janela maior. O importante é preparar o pneu corretamente e o piloto tem que fazer um esforço para estar na área certa. Estas duas coisas são importantes… para o futuro também.

Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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