Audi traz o Q3 para o Brasil para ganhar representatividade entre os utilitários esportivos premium
por Rodrigo Machado
Auto Press
Quando as marcas premium alemãs resolveram entrar no segmento de utilitários esportivos de luxo, a estratégia foi ir de “cima para baixo”. Todas começaram com modelos maiores, de grande porte, para depois diversificar mais a linha e atingir um público maior com modelos mais compactos e práticos. Com a Audi, não foi diferente.
A marca das
quatro argolas começou em 2005 com o Q7, passou pelo Q5, em 2008, e
lançou no ano passado o Q3, modelo que chega agora ao Brasil. Por aqui,
ele terá duas calibragens de motor diferentes e a missão de fazer os
utilitários esportivos da fabricante alemã – controlada pelo Grupo
Volkswagen – finalmente ganharem uma vendagem interessante em solo
brasileiro.por Rodrigo Machado
Auto Press
Quando as marcas premium alemãs resolveram entrar no segmento de utilitários esportivos de luxo, a estratégia foi ir de “cima para baixo”. Todas começaram com modelos maiores, de grande porte, para depois diversificar mais a linha e atingir um público maior com modelos mais compactos e práticos. Com a Audi, não foi diferente.
O Q3 já está em exibição nas concessionárias da Audi como uma forma de pré-apresentação e pré-venda para os clientes antes da chegada oficial, que acontece apenas em maio. Mundialmente, ele foi apresentado no Salão de Xangai, em abril, e começou a ser vendido na Europa em junho do ano passado. No Brasil, os preços ainda não foram confirmados. Mas a Audi adianta que a versão de entrada Attraction custará menos que o Land Rover Evoque mais barato – o modelo inglês começa em R$ 164.900, na versão Pure.
O Q3 topo de linha deve chegar perto dos R$ 200 mil. Isso significa dizer que, na configuração de entrada, ele terá como rivais – além da versão mais básica do Evoque – , BMW X1 sDrive 18i, Volvo XC60 e até o Volkswagen Tiguan, quando equipado com todos os seus opcionais. Na versão “top” Ambition, a briga direta será com os também “top” BMW X1 sDrive 28i e Range Rover Evoque Dynamic. Internamente, enfrentará ainda o próprio Audi Q5, que começa em R$ 205 mil. Ou seja, uma concorrência absolutamente diversificada e com propostas bem diferentes.
Visualmente, o Q3 não surpreende – adota basicamente a identidade visual comum aos utilitários da Audi, apenas em uma escala reduzida. Na dianteira, estão os faróis bem retos com leds e a generosa grade trapezoidal com frisos cromados. De lado, se destaca a área envidraçada que termina com um belo corte reto na coluna traseira e as caixas de roda com detalhes em preto que ajudam a dar um aspecto mais robusto ao carro. A traseira é inclinada e reúne as lanternas em formato de seta, também com os indefectíveis leds dos Audi atuais.
Além do desenho elegante e moderno, a marca alemã aposta bastante na tecnologia embarcada em seu utilitário compacto. Até porque, no que diz respeito a plataforma e trem de força, não são tantas novidades. A plataforma é uma evolução da que equipa o Volkswagen Tiguan – ambos são produzidos na unidade da Seat em Martorell, na Catalunha – e o motor é o já conhecido 2.0 TFSI, o mesmo que move A4, A5, Q5 e TT. Na versão de entrada, a Attraction, ele desenvolve 170 cv a entre 4.300 e 6.200 rpm – é a primeira vez que essa calibração está disponível no Brasil – e 28,5 kgfm a entre 1.700 e 4.200 rotações. Já na mais equipada, chamada de Ambition, o propulsor gera 211 cv entre 5 mil e 6.200 rpm e 30,5 kgfm entre 1.800 e 4.200 giros. A transmissão é sempre a automatizada de dupla embreagem e sete velocidades – com opção de trocas manuais através de borboletas atrás do volante –, assim como a tração Quattro, de série nas duas configurações.
Nos equipamentos, no entanto, algumas novidades interessantes aparecem – embora a Audi não tenha definido ainda quais dos sistemas disponíveis no Q3 europeu serão oferecidos no Brasil. De série na versão Ambition, o Audi Drive Select, sistema que altera diversos parâmetros do carro – suspensão, permissividade da direção, giro das trocas de marchas e até funcionamento do ar-condicionado – ao toque de um botão, agora conta com a opção Efficiency, que ajuda a economizar combustível.
Nesse modo, o sistema desengata as embreagens em velocidade de cruzeiro e o movimento se mantém por inércia e com consumo de combustível reduzido – até que o acelerador seja acionado ou os sensores detectem a necessidade de “acordar” o propulsor. As outras três opções são as que já existiam no Audi Drive Select do Q5: Auto, Dinamic ou Comfort. O modelo ainda conta com sistema Kers de recuperação da energia de frenagem.
Além dele – entre itens de série e opcionais –, equipamentos mais tradicionais como seis airbags, controle de estabilidade com bloqueio eletrônico do diferencial, acabamento interno com detalhes em alumínio, luzes internas em leds, teto solar panorâmico, assistência de estacionamento, câmara de ré e sistema de entretenimento com GPS completam a lista. Mas a Audi ainda não definiu os equipamentos que estarão disponíveis no Brasil em cada versão. O certo é que, se a ideia é fazer a marca das quatro argolas mais competitiva em um segmento cada vez mais povoado e diverso, o Q3 não pode vir menos equipado que os concorrentes.
Primeiras impressões
Com “Q” de quimera
por Luiz Humberto Monteiro Pereira
Auto Press
Bertioga/SP - A avaliação da versão de 211 cv do Q3 pela imprensa automotiva nacional – o de 170 cv não estava disponível – foi feita em um passeio de ida e volta entre a capital paulista e a cidade litorânea de Bertioga. Mas os Q3 apresentados pela Audi não são os mesmos que virão para o Brasil. Aparentemente, a diferença que chamava a atenção estava no estofamento dos bancos em tom caramelo bem vivo – por aqui, qualquer revestimento interno que não seja em tons de cinza encalha nas lojas. Mas as diferenças mais importantes não eram estéticas. Lamentavelmente, algumas das tecnologias presentes nos Q3 dos europeus não estarão disponíveis no Brasil. Pelo menos por enquanto.
Um dos mais curiosos equipamentos dos Q3 comercializados na Europa, que por enquanto não serão vistos nos modelos vendidos no Brasil, é o Audi Side Assist. Ele faz com que o carro se mantenha na trajetória correta nas estradas, sem atropelar as faixas pintadas da pista. Quando o motorista se aproxima das faixas da pista sem colocar a seta, o sistema inicialmente mostra um alerta luminoso no painel. Se o motorista insistir, o volante vibra e o sistema chega a “assumir a direção” – o volante se mexe sozinho e devolve o carro para o centro da pista, equidistante das faixas pintadas. Outra tecnologia interessante dos Q3 europeus é a que “lê” e as placas de limites de velocidade das pistas e as reproduz no mostrador painel. Serve para que o motorista possa sempre conferir o limite de velocidade na estrada onde trafega, mesmo que a placa tenha ficado para trás. Ambos os sistemas ainda dependem de normatizações das vias e das sinalizações de trânsito brasileiras, ou de adequações em suas configurações, para serem disponibilizados por aqui.
Mas, felizmente, nem só de tecnologias “para europeu ver” se faz o Q3. Os modelos que virão ao Brasil oferecem equipamentos interessantes e alguns deles contribuem efetivamente para o desempenho. Dinamicamente, o Q3 esbanja força e equilíbrio. O motor 2.0 de 211 cv e 30,5 kgfm de torque garante energia suficiente para mover tonelada e meia de SUV com insuspeita destreza e agilidade. É um veículo capaz de retomar velocidade de maneira impressionante, saindo de qualquer giro. Chega a ser assustador o modo como o carro acelera quando é exigido – mesmo quando se parte de uma “velocidade de cruzeiro” de 140 km/h. Em termos de suspensão, o modelo germânico estranha as irregularidades das ruas e estradas brasileiras e às vezes transmite aos ocupantes mais solavancos que o desejável. Mas, apesar disso, os dispositivos eletrônicos ajudam a manter uma sensação de equilíbrio exemplar. Nas frenagens vigorosas, quando todo o conjunto suspensivo é severamente exigido, tal percepção é reforçada.
Em resumo: o Q3 é um veículo inegavelmente Audi. Consegue oferecer uma combinação interessante de estilo, requinte, conforto e esportividade, com um “blend” característico do fabricante de Ingolstadt. O novo SUV compacto, que chega em maio ao mercado brasileiro, entrega exatamente o que se espera de um legítimo modelo da marca das quatro argolas. Se vai vender ou não por aqui, vai depender muito do posicionamento de preços – “segredo” que, por enquanto, a Audi não confessa a ninguém.
Ficha técnica
Audi Q3 2.0 TFSI
Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 1.984 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando duplo de válvulas no cabeçote. Injeção direta de combustível, acelerador eletrônico e turbocompressor com intercooler.
Transmissão: Câmbio automatizado de sete velocidades à frente e uma a ré. Tração integral. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 170 cv entre 4.300 e 6.200 rpm na Attraction e 211 cv entre 5 mil e 6.200 rpm na Ambition.
Aceleração 0-100 km/h: 7,8 segundos na Attraction e 6,9 segundos na Ambition.
Velocidade máxima: 212 km/h na Attraction e 230 km/h na Ambition.
Torque máximo: 28,5 kgfm entre 1.700 rpm e 4.200 giros na Attraction e 30,5 kgfm entre 1.800 e 4.900 rotações na Ambition.
Diâmetro e curso: 82,5 mm x 92,8 mm. Taxa de compressão: 9.8:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo multilink, com braços sobrepostos, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade de série.
Pneus: 2235/80 R18.
Freios: A discos ventilados. Oferece ABS e EBD.
Carroceria: Utilitário esportivo compacto em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. Com 4,38 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,59 m de altura e 2,60 m de entre-eixos. Oferece airbags duplos frontais, laterais dianteiros e do tipo cortina.
Peso: 1.510 kg.
Capacidade do porta-malas: 460 litros.
Tanque de combustível: 64 litros.
Produção: Martorell, Espanha.
Lançamento mundial: 2011.
Lançamento no Brasil: 2012.
Com “Q” de quimera
por Luiz Humberto Monteiro Pereira
Auto Press
Bertioga/SP - A avaliação da versão de 211 cv do Q3 pela imprensa automotiva nacional – o de 170 cv não estava disponível – foi feita em um passeio de ida e volta entre a capital paulista e a cidade litorânea de Bertioga. Mas os Q3 apresentados pela Audi não são os mesmos que virão para o Brasil. Aparentemente, a diferença que chamava a atenção estava no estofamento dos bancos em tom caramelo bem vivo – por aqui, qualquer revestimento interno que não seja em tons de cinza encalha nas lojas. Mas as diferenças mais importantes não eram estéticas. Lamentavelmente, algumas das tecnologias presentes nos Q3 dos europeus não estarão disponíveis no Brasil. Pelo menos por enquanto.
Um dos mais curiosos equipamentos dos Q3 comercializados na Europa, que por enquanto não serão vistos nos modelos vendidos no Brasil, é o Audi Side Assist. Ele faz com que o carro se mantenha na trajetória correta nas estradas, sem atropelar as faixas pintadas da pista. Quando o motorista se aproxima das faixas da pista sem colocar a seta, o sistema inicialmente mostra um alerta luminoso no painel. Se o motorista insistir, o volante vibra e o sistema chega a “assumir a direção” – o volante se mexe sozinho e devolve o carro para o centro da pista, equidistante das faixas pintadas. Outra tecnologia interessante dos Q3 europeus é a que “lê” e as placas de limites de velocidade das pistas e as reproduz no mostrador painel. Serve para que o motorista possa sempre conferir o limite de velocidade na estrada onde trafega, mesmo que a placa tenha ficado para trás. Ambos os sistemas ainda dependem de normatizações das vias e das sinalizações de trânsito brasileiras, ou de adequações em suas configurações, para serem disponibilizados por aqui.
Mas, felizmente, nem só de tecnologias “para europeu ver” se faz o Q3. Os modelos que virão ao Brasil oferecem equipamentos interessantes e alguns deles contribuem efetivamente para o desempenho. Dinamicamente, o Q3 esbanja força e equilíbrio. O motor 2.0 de 211 cv e 30,5 kgfm de torque garante energia suficiente para mover tonelada e meia de SUV com insuspeita destreza e agilidade. É um veículo capaz de retomar velocidade de maneira impressionante, saindo de qualquer giro. Chega a ser assustador o modo como o carro acelera quando é exigido – mesmo quando se parte de uma “velocidade de cruzeiro” de 140 km/h. Em termos de suspensão, o modelo germânico estranha as irregularidades das ruas e estradas brasileiras e às vezes transmite aos ocupantes mais solavancos que o desejável. Mas, apesar disso, os dispositivos eletrônicos ajudam a manter uma sensação de equilíbrio exemplar. Nas frenagens vigorosas, quando todo o conjunto suspensivo é severamente exigido, tal percepção é reforçada.
Em resumo: o Q3 é um veículo inegavelmente Audi. Consegue oferecer uma combinação interessante de estilo, requinte, conforto e esportividade, com um “blend” característico do fabricante de Ingolstadt. O novo SUV compacto, que chega em maio ao mercado brasileiro, entrega exatamente o que se espera de um legítimo modelo da marca das quatro argolas. Se vai vender ou não por aqui, vai depender muito do posicionamento de preços – “segredo” que, por enquanto, a Audi não confessa a ninguém.
Ficha técnica
Audi Q3 2.0 TFSI
Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 1.984 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando duplo de válvulas no cabeçote. Injeção direta de combustível, acelerador eletrônico e turbocompressor com intercooler.
Transmissão: Câmbio automatizado de sete velocidades à frente e uma a ré. Tração integral. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 170 cv entre 4.300 e 6.200 rpm na Attraction e 211 cv entre 5 mil e 6.200 rpm na Ambition.
Aceleração 0-100 km/h: 7,8 segundos na Attraction e 6,9 segundos na Ambition.
Velocidade máxima: 212 km/h na Attraction e 230 km/h na Ambition.
Torque máximo: 28,5 kgfm entre 1.700 rpm e 4.200 giros na Attraction e 30,5 kgfm entre 1.800 e 4.900 rotações na Ambition.
Diâmetro e curso: 82,5 mm x 92,8 mm. Taxa de compressão: 9.8:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo multilink, com braços sobrepostos, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade de série.
Pneus: 2235/80 R18.
Freios: A discos ventilados. Oferece ABS e EBD.
Carroceria: Utilitário esportivo compacto em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. Com 4,38 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,59 m de altura e 2,60 m de entre-eixos. Oferece airbags duplos frontais, laterais dianteiros e do tipo cortina.
Peso: 1.510 kg.
Capacidade do porta-malas: 460 litros.
Tanque de combustível: 64 litros.
Produção: Martorell, Espanha.
Lançamento mundial: 2011.
Lançamento no Brasil: 2012.
Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
Comente está postagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário