6 de jan. de 2012

Vendas de carros flex registraram queda em 2011

 Foto: Divulgação
Vendas de carros flex registraram queda em 2011  
Pela primeira desde que a tecnologia chegou ao mercado nacional, a participação de motores bicombustíveis apresenta retração

por Túlio Moreira

Dos 3,42 milhões de veículos do segmento de automóveis e comerciais leves emplacados no Brasil em 2011, 2,84 milhões foram equipados com motorização bicombustível. O volume, no entanto, é 1% menor na comparação com 2010, quando foram comercializados 2,87 milhões de carros flex – número recorde desde a estreia da tecnologia no mercado nacional, em 2003. Com o resultado do ano passado, os carros com motores que aceitam gasolina e etanol passaram a representar 83% das vendas no país, queda em relação aos 86% em 2010.
De acordo com a análise setorial da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), uma das explicações é a dificuldade imposta pelo governo para a concessão de créditos e a criação de barreiras para o financiamento de veículos a longo prazo sem entrada, o que acabou restringindo as vendas de carros dos segmentos mais acessíveis, onde a oferta de motores flex é maior. Os modelos até 1.0 litro tiveram queda de 13% em 2011 e passaram a representar 45,2% do mercado, enquanto a faixa entre 1.0 e 2.0 litros teve alta de quase 9% (53,2% de participação) e os carros acima de 2.0 litros embalaram crescimento de 12% (1,5% do total).

Outro ponto indiscutível para a formação deste novo cenário foi o aumento da participação dos veículos importados em 2011, ao ponto de desencadear o aumento do IPI para carros produzidos fora do Brasil. No ano passado, 23,6% dos veículos emplacados por aqui chegaram de outros países. Apesar dos modelos oriundos de países como Argentina e México já chegarem, em sua maioria, com motorização flex, os carros de mercados asiáticos, como os coreanos e chineses, ainda estão aderindo lentamente à tecnologia bicombustível.

Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

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