Mercado de motos apresenta sinais de recuperação em 2011 e fabricantes comemoram
por Igor Macário
Auto Press
Definitivamente, a palavra de ordem para o mercado de motocicletas em 2011 foi otimismo. Os bons números de vendas apresentados durante o ano indicaram o reaquecimento das vendas, após três anos de consecutivas baixas, desde a crise de 2008. A quantidade de motos vendidas não só superou por ampla margem a de 2010, como já em novembro batia recordes. Com 1.930.432 unidades emplacadas no acumulado de janeiro a novembro, 2011 já era o melhor ano da história para o setor de duas rodas.
Consequentemente, o cenário positivo também incentivou os lançamentos no Brasil. O maior evento do segmento, o Salão Duas Rodas, que aconteceu em São Paulo no começo de outubro, foi o maior da história. E palco de várias estreias. Com motos que iam das "pererecas" mais simples aos topo de linha, todos os fabricantes procuraram acompanhar a retomada do crescimento. Entre as mais caras, a Harley-Davidson Dyna Switchback e a touring Kawasaki Concours 14 mostraram que até mesmo essa fatia do mercado apresenta boas perspectivas.por Igor Macário
Auto Press
Definitivamente, a palavra de ordem para o mercado de motocicletas em 2011 foi otimismo. Os bons números de vendas apresentados durante o ano indicaram o reaquecimento das vendas, após três anos de consecutivas baixas, desde a crise de 2008. A quantidade de motos vendidas não só superou por ampla margem a de 2010, como já em novembro batia recordes. Com 1.930.432 unidades emplacadas no acumulado de janeiro a novembro, 2011 já era o melhor ano da história para o setor de duas rodas.
O maior rigor na liberação do crédito aplicado pelo governo em 2011, pode até ter dificultado as compras das classes C e D, mas não ofuscou o esplendor do ano de recorde. "Hoje o mercado cresce de forma mais consistente", como explica Roberto Akiyama, presidente da Abraciclo – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas e similares. Ainda assim, a expectativa de vendas para 2011 ultrapassa as 2 milhões de unidades – cerca de 15% a mais que em 2010. Nem mesmo o crescimento de apenas 0,6% de novembro em relação a outubro desse ano parece esfriar os ânimos com relação aos resultados positivos.
O único setor que ainda apresenta queda é o de exportações. A valorização do real frente ao dólar fez despencarem as vendas para o mercado externo em 2011, que deve fechar 3% abaixo de 2010, quando foram vendidas 69.209 unidades para fora do país. Ainda assim, houve um consideravel salto de 71,15% entre outubro e novembro. Em relação a novembro de 2010, o aumento chega a 36%, ainda que o acumulado de exportações do ano passado – 69.209 unidades – supere a expectativa de 67 mil motos para esse ano.
O Salão Duas Rodas ainda marcou o anúncio de fábricas instaladas aqui. Caso da chinesa Shineray, que inaugura sua unidade de produção em Suape, Pernambuco, já em 2012. De lá sairão, a partir de 2013, as pequenas Max e Explorer, com motores de 50 cm³ e 150 cm³ respectivamente, e foco claro no segmento das motos mais baratas. Além dela, a austríaca KTM também irá produzir suas motocicletas em Manaus, enquanto a italiana Ducati – que começa a trazer ao Brasil em 2012 a Streetfighter 848 importada – ainda estuda a possibilidade.
A BMW trouxe ao Brasil a G 650 GS Sertão, desenvolvida por engenheiros brasileiros, e que será fabricada nas instalações da marca também em Manaus. A motocicleta teve pequenas alterações na suspensão, que ficou mais robusta. A Dafra anunciou a produção das motos MV Agusta ainda em 2011. A F4, a Brutale 1090R e 1090RR começaram a ser fabricadas em Manaus, e a comercialização será iniciada em 2012. A marca brasileira ainda apostou em novos segmentos, com a Roadwin 250, com visual inspirado nas superesportivas, e com a Riva 150, uma naked com motor de 150 cm³.
Como era esperado, a região Nordeste ultrapassou a Sudeste e se tornou o maior mercado consumidor de motocicletas do país. É certo que a maior parte das unidades possuem motores de até 125 cilindradas, mas o crescimento local motivou a ida de novas fábricas para a região. Apesar de no Nordeste a prioridade ser as motos pequenas, todas as fabricantes também apostam nos segmentos maiores para lá. Além da Shineray em Pernambuco, a importadora brasileira Jonny Motorcycles irá montar sua primeira fábrica em Camaçari, na Bahia.
De todas as maneiras, 2011 tem sido um ano positivo para o mercado de motocicletas. A retomada no crescimento das vendas animou as fabricantes, que voltaram a investir em novidades para o Brasil, além da vinda de novas marcas e o início da operação local de outras. A gradual mudança no panorama indica um amadurecimento do mercado, onde as motos mais baratas aos poucos deixam de ser o foco das fabricantes, e as mais caras passam a ter mais visibilidade. Os bons resultados do ano só alimentam as expectativas para 2012, quando o mercado deve seguir a tendência ascendente para novos recordes de produção e venda.
Vendas por segmento
2007:
Até 150 cm³: 1.395.575 unidades
Entre 150 cm³ e 400 cm³: 192.585
Acima de 400 cm³: 11.997 unidades.
2008:
Até 150 cm³: 1.656.496 unidades
Entre 150 cm³ e 400 cm³: 201.914 unidades
Acima de 400 cm³: 21.285 unidades
2009:
Até 150 cm³: 1.401.555 unidades
Entre 150 cm³ e 400 cm³: 149.993 unidades
Acima de 400 cm³: 27.649 unidades
2010:
Até 150 cm³: 1.621.078 unidades
Entre 150 cm³ e 400 cm³: 167.940 unidades
Acima de 400 cm³: 29.031 unidades
Projeção para 2011:
Até 150 cm³: 1,85 milhão de unidades
Entre 150 cm³ e 400 cm³: 230 mil unidades
Acima de 400 cm³: 36 mil unidades.
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
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