20 de out. de 2011

Novos conceitos estéticos - para onde os carros vão?

 Fotos: Eduardo Rocha, Luiza Dantas, Luiz Humberto Monteiro Pereira, Jorge Rodrigues Jorge/CZN e Divulgação
Novos conceitos estéticos - para onde os carros vão?
Inovar é a palavra de ordem dos departamentos de designs das fabricantes automobilísticas.

O design é capaz de determinar o sucesso ou fracasso de um carro. A aparência do veículo é o primeiro elo de contato entre o consumidor e sua futura aquisição. Por isso, as marcas investem pesado em novos rumos estéticos para seus veículos. O visual de um único modelo pode cair no gosto do público e ditar as regras para os outros integrantes da gama.


MotorDream relacionou abaixo 14 modelos lançados recentemente – ou que chegarão em breve às ruas brasileiras – e questiona a opinião de seus leitores: qual é a proposta de design mais instigante? Participe da Enquete (localizada no canto inferior direito da Capa do site), que estará ativa até o dia 28 de outubro – quando será divulgado o resultado.



Audi A1

Para criar seu menor modelo, a Audi resolveu se afastar da proposta visual que tem usado nos sedãs. O pequeno A1 é, sem dúvida, o carro mais despojado da marca. A frente é tomada pela já tradicional grade dianteira que desce até a base do para-choque e é envolta por um friso cromado. Os faróis são ousados, com desenho irregular e luzes diurnas de leds – cujo desenho remete a bigodes enrolados, no estilo Salvador Dalí – que dão a atual “assinatura” da Audi. De lado, o destaque é para o arco formado pela coluna dianteira, o teto e a coluna traseira, que pode ser pintado na cor da carroceria ou em prata.




Chery Face

O Face tem o típico desenho de um carro chinês, com um design mais arredondado e com poucas ousadias. A dianteira tem faróis grandes que seguem a linha do capô e uma discreta grade. De perfil, o hatch mostra a sua principal qualidade: o espaço interno. O teto do carro é bem alto, deixando bom espaço para a cabeça dos ocupantes. Outra coisa que chama a atenção são as pequenas rodas, que comprometem a estabilidade do modelo chinês. A traseira também é alta e tem um visual mais chapado. As lanternas verticais são formadas por duas seções separadas.



Chevrolet Cruze

O novo sedã médio da Chevrolet que deve dar início a uma onda de renovação da linha brasileira ostenta um design discreto – até demais –, mas correto e de acordo com a recente linguagem visual da marca. O porte mais classudo, evidenciado pela linha de cintura alta, dá a quem olha a impressão de que o Cruze é maior do que realmente é. Na frente, a enorme grade com o emblema da Chevrolet no centro é o maior destaque. As linhas gerais, no entanto, são simples e foram feitas para passar mais robustez do que sofisticação, característica deixada para os europeus da Opel.



Fiat Palio

A segunda geração do Fiat Palio – após muitas reestilizações do modelo original – mudou radicalmente o visual e incorporou diversos elementos já vistos em outros carros da marca italiana. O hatch cresceu em tamanho e adotou o estilo arredondado muito semelhante ao do Punto vendido por aqui. As lanternas traseiras verticais seguem a tendência mundial para carros pequenos, enquanto a frente curta tem a grade dianteira resumida a um friso, e a enorme tomada de ar na frente do parachoque toma conta da região. Os faróis arredondados seguem a linha de estilo do carro, que também ficou mais alto e largo. A coluna traseira grossa e as janelas menores reforçam a robustez do conjunto.



Ford New Fiesta

O hatch reúne as novas diretrizes estéticas da marca norte-americana e trás algumas mudanças em relação ao sedã: além da ausência do terceiro volume, o modelo tem moldura grossa na grande frontal, ao contrário dos filetes cromados do sedã. O design é o ponto mais forte do Fiesta hatch e, provavelmente, será seu maior “argumento” de vendas. Tem linhas modernas, com muitas reentrâncias e desníveis, que criam um movimento de luz muito interessante. O perfil, meio "pulgão", é simpático, ousado e passa a sensação de robustez.


Hyundai Elantra

As marcas coreanas têm investido alto em design para expandir seus mercados globais. Diante dos sedãs desproporcionais e “caretas” que dominavam até meados da década passada, o novo Elantra é recebido, de fato, como uma revolução. As linhas fluidas e chamativas do modelo coreano destoam do perfil bem comportado que reina no segmento dos sedãs médios. Repleta de curvas e vincos, a carroceria do Elantra respalda e atualiza o conceito de “escultura fluida” utilizado pela Hyundai para sua nova gama de modelos e causa uma agradável sensação de movimento, mesmo quando o carro está estático.



JAC J6

A incursão da JAC nos segmentos superiores ocorreu com uma minivan de porte médio. Visualmente, o J6 é um carro que chama mais atenção que os compactos J3 e J3 Turin – e não apenas pelo porte mais avantajado. A dianteira traz design similar aos modelos menores, com uma linha curva formada pelos faróis e pelo para-choque proeminente. A minivan também conta com uma grade com um friso cromado, para tentar dar um aspecto de requinte. Na lateral, um vinco surge no meio da porta dianteira, vai subindo e termina nas lanternas traseiras. E elas, com seu formato triangular, tomam grande parte do espaço posterior.




Kia Picanto

Parte do sucesso global vivenciado pela coreana Kia atualmente é devida ao trabalho do alemão Peter Schreyer, que se consagrou na Audi e ocupa a chefia de design da marca desde 2006. O designer promoveu uma profunda renovação visual que impulsionou sucessos como o Soul e Sportage. A grade frontal da nova geração do compacto segue a atual identidade da marca, que segundo seu imaginativo designer bávaro, “remete ao rosnar de um tigre”. Os faróis angulosos e a protuberante tampa do motor dão um aspecto mais esculpido e musculoso ao modelo. Na traseira, os faróis em forma bumerangue também reforçam a aparência agressiva.



Mercedes-Benz Classe E Coupé

O cupê é um dos carros mais bem resolvidos em design da atual linha da marca alemã. O Classe E Coupé surgiu em 2010 como substituto do CLK, mas optou por privilegiar a sofisticação e a elegância dos demais modelos de sua gama ao invés da esportividade latente de seu antecessor. Isso se refletiu no desenho, que é bem semelhante ao do Classe E sedã, apenas com uma pitada, sem exageros, de agressividade. Na dianteira, os dois grupos faróis duplos e retangulares são separados pela grande grade frontal com dois frisos cromados. Ao centro, a estrela de três pontas. O para-choque do cupê é mais pronunciado que do Classe E mais “social”, com entradas de ar ligeiramente maiores.



Mitsubishi Lancer Sportback Ralliart


Entre as marcas nipônicas, a Mitsubishi sempre foi uma das mais ousadas em termos de design, como comprova o cupê Eclipse vendido por aqui na década de 1990, que deixou uma legião de fãs no país. E com o recém-lançado Lancer Sportback Ralliart, a marca pretende explorar ainda mais as linhas esportivas, desta vez em um notchback. O Sportback Ralliart traz elementos que ditam as tendências dos novos Mitsubishi, como a grade trapezoidal – que acumula as funções de dar aspecto mais agressivo e também refrigerar o motor turbo – e o aerofólio traseiro, apetrecho já tradicional nos esportivos parrudos da fabricante japonesa. A carroceria é praticamente “híbrida”: tem o formato de notchback – a traseira curta dá um aspecto de “dois volumes e meio” ao modelo – mas consegue evocar as linhas típicas de um legítimo cupê.



Nissan Versa

Prestes a chegar ao Brasil, o novo sedã compacto da Nissan segue o estilo sóbrio e comportado do hatch March, mas acrescenta um pouco de dinamismo e ousadia, especialmente na traseira. O design geral ainda é tipicamente japonês, remetendo principalmente aos sedãs nipônicos da década de 1990 e início dos anos 2000. Os desenhos arredondados que predominam na frente elimina qualquer chance de fazer do Versa um carro com estilo agressivo. Ainda assim, é um sedã agradável, longe de outros fiascos da Nissan, como o famigerado Tiida sedã e o temido Murano CrossCabriolet. Os faróis prolongados da traseira podem até lembrar – com um pouco de boa vontade – o conjunto óptico do cupê esportivo 370Z.



Peugeot 408

Após a recepção fria ao 307 no segmento dos sedãs médios, a Peugeot se concentrou no design na tentativa de uma virada de jogo no cobiçado nicho do mercado brasileiro. A preocupação com a estética foi tanta que, diferentemente do modelo anterior, o 408 não tem visualmente nada em comum com o hatch no qual é baseado, o 308 – que deverá ser lançado no Brasil no início 2012. O resultado é um veículo de desenho harmonioso, com linhas fluidas que parecem aumentar o modelo aos olhos de quem vê. Na dianteira, fica a nova identidade visual de Peugeot, com a grade no formato “bocão” na parte inferior do para-choque. Ainda estão por lá os tradicionais faróis alongados, vagamente inspirados em olhos de felino. A traseira, contudo, traz algumas ousadias, com lanternas horizontais que se estendem da tampa do porta-malas até a lateral.



Renault Fluence

O Renault Fluence parece sofrer de um paradoxo. As linhas discretas acabam camuflando um carro elegante e bem desenhado, que cativa aqueles que prestam mais atenção no modelo franco-argentino. O perfil esbelto do sedã possui caráter bem definido e mostra que os designers da Renault acertaram a mão na hora de conceber o modelo. A linha de cintura ascendente termina numa traseira alta que dá ao carro porte digno de modelos de classes superiores. Os grandes faróis enfeitam a dianteira num arranjo harmônico e os vincos no capô enriquecem o desenho geral. O Fluence consegue se distinguir do Megane hatch europeu sem parecer uma adaptação.



Volkswagen SpaceCross

O futuro da Volkswagen é a uniformização. A nova diretriz estética da marca alemã determina que o mesmo padrão de desenho seja aplicado do mais espartano compacto ao mais elegante dos sedãs. Tudo começou com a terceira geração do cupê esportivo Scirocco, apresentada em 2008. Logo, o desenho – marcado principalmente pelos faróis mais horizontais e com bordas quadradas, além das linhas fluidas e capô inclinado – seria estendido ao europeu Polo e ao Fox vendido por aqui. A SpaceCross seguiu a tendência e a futura reestilização de Gol, Voyage e Saveiro – e, posteriormente, todos os modelos a nível mundial – também ganharam a mesma identidade que já aparece no médio Jetta e no sedã grande Passat.
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

Nenhum comentário: