19 de out. de 2011

Monza Clube aprova o "neto" Chevrolet Cruze

Donos do revolucionário sedã dão boas vindas ao novo GM, e já prevêem novo clube
Rodrigo Mora
Cruze pode alcançar o sucesso que o Vectra não conseguiu ao substituir o clássico Monza
 
Trata-se de um exercício mental e tanto imaginar um sedã médio como o carro mais vendido do país. Mas foi assim entre 1984 e 1986 com o Chevrolet Monza, divisor de águas na linha de produtos da GM no Brasil, que até então sofria com uma gigantesca lacuna entre o pequeno Chevette e o luxuoso e cobiçado Opala. Lançado em 1982, o Monza foi descontinuado com a chegada da segunda geração do Vectra, em 1996.
De tão carismático, o sedã deixou uma legião de fãs, muitos deles representados pelo Monza Clube do Brasil. Neste último final de semana, nas dependências da concessionária Disbrasa, em São Paulo, alguns proprietários do antigo modelo conheceram o Cruze – já batizado carinhosamente como o “neto” do Monza.
Mas o carinho não era tanto assim. Afinal, a resposta era unânime quando a pergunta era se venderiam seus Monzas para comprar um Cruze. Mas e o sucessor Vectra, tinha o mesmo carisma de seu antecessor? A resposta negativa também é quase unânime – ainda mais ao falar sobre a primeira geração, importada entre 1993 e 1996. O novo sedã representou o rompimento de um casamento muito feliz, o que pode ter influenciado o julgamento dos “monzistas”, que se esforçam para reconhecer o avanço tecnológico do Vectra. Mas e agora, com o Cruze, finalmente a GM criou um substituto à altura do clássico?
Fãs do Monza aprovaram esportividade do Cruze, mas sentiram falta de mais conforto
Test drive
Antes de rodarem brevemente com o novo sedã, os donos de Monza elogiaram seu visual, embora a ausência de um farol de dupla parábola tenha sido criticada. Quando os “monzistas” passaram para trás do volante, a opinião só melhorou. A fala geral é de que o Cruze pode retomar o prestígio da Chevrolet no segmento, arranhado pelo Vectra da última geração. Houve até quem cogitasse deixar o Monza pra trás – mas só de brincadeira, claro.
Dono de um Monza hatch 1983 e de um Omega 1999, Rui Pacheco colocou o Chevrolet acima de um forte concorrente. “Achei o carro muito amigável e intuitivo. Enquanto o Corolla é pesadão, o Cruze se comunica mais rápido com o motorista, que sabe perfeitamente o que está acontecendo do lado de fora.
A suspensão traseira é um pouco dura, mas é característica da proposta mais esportiva”, analisa o advogado. O mesmo achou o vendedor Eduardo Lemos, que elogiou a dirigibilidade, mas que não se sentiu confortável nos bancos “um tanto duros, talvez por serem novos”.
Proprietário de um Monza Classic SE todo original com 14.000 km rodados, Marcos Carvalho não só aprovou o novato, como já decretou: “o Cruze veio para derrubar [a concorrência] e vai substituir o Vectra à altura. Daqui a dois anos, é provável que já tenhamos um Clube do Cruze”.


Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com/

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