1 de mai. de 2011

"S do Samba" e relargadas viram esperança para brasileiros em SP

Tony Kanaan se recuperou recentemente de uma virose que chegou a ser cogitada como dengue e, a três dias da corrida, admite que ainda se sente fraco e .... Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Tony Kanaan largará na 21ª colocação e contará com as paradas para buscar melhorar sua posição em São Paulo
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Danilo Vital
Emanuel Colombari
Direto de São Paulo
No início da semana, a grande possibilidade de haver acidentes nas largadas e relargadas da Fórmula Indy por causa da proximidade entre os pilotos ao entrar no "S do Samba" era a maior preocupação dos brasileiros para a São Paulo Indy 300. Após o fraco desempenho na qualificatória de sábado, virou a grande esperança. Sem destaque nos trabalhos feitos no Anhembi, eles esperam por reviravoltas para brilhar correndo em casa.

O que faz aumentar a expectativa por acidentes é pelo fato de as relargadas serem dadas com os carros lado a lado, e não um atrás do outro, forma como ocorria até 2010. Nas três primeiras corridas, muitos acidentes foram registrados por conta disso. "Esse ano a pista está mais rápida, mas não sei se é bom ou se é ruim. Ano passado não tinha aderência, então todo mundo tomava mais cuidado. Vou ficar lá atrás só esperando", apontou Tony Kanaan.
Ele e o restante dos brasileiros foram mal na qualificação: o único a passar para o segundo round foi Helio Castroneves, que vai largar na 7ª colocação. Kanaan vai sair na 21ª posição porque foi desclassificado por trocar o bico do carro, perdendo seis posições. Já Vitor Meira começa no 14ª lugar. "Exatamente no meio da confusão", ressaltou, franzindo a testa. "Todo mundo sabe o que fazer e ninguém vai para o tudo ou nada na primeira curva, mas é complicado", lamentou.
Em 2010, no entanto, ele próprio foi beneficiado por essa situação: em uma prova cheia de acidentes e atrapalhada pela chuva, terminou na terceira colocação, mesmo tendo largado em 17°. Isso é animador para Raphael Matos, que vai sair do 19° posto. "Vamos ter umas cinco ou seis relargadas provavelmente, e ano passado eu ganhei umas cinco posições por causa do acidente do Helio com o Takuma Sato. Esse ano eu vou estar ligado porque tenho certeza que vai sair confusão. Se eu sair ileso, vai ser bom", opinou.
Já Bia Figueiredo terá toda a confusão à sua frente, já que vai sair da penúltima posição. "Por esse lado é bom ficar atrás, porque você não entra nesse bolo. Vou tentar uma largada limpa, mas esse ano é mais complicado", disse a brasileira. A Indy dá a largada para a quarta etapa da temporada às 13h. Na primeira fila saem o pole position, Will Power, e Ryan Hunter-Reay, que estão muito mais preocupados do que os brasileiros.
Sem desespero
"Nessa pista você pode ultrapassar em pelo menos três retas. Não temos isso em nenhum outro circuito do mundo. Há muito tempo, e ninguém precisa correr e se sentir desesperado logo na largada". A fala de Will Power é quase um apelo para evitar aqui que os brasileiros classificaram na quinta-feira como o embate entre pilotos "inteligentes" e precavidos com os "agressivos" e inconsequentes. "Vai ser apertado, mas vamos ver. Vou fazer minhas preces", completou.
Ryan Hunther-Reay também está preocupado: "você pode ultrapassar nas retas, então todo mundo tem que ficar bem calmo na primeira volta, porque você pode passar alguns carros, mas se for muito rápido vai acabar batendo. Gente, vão com calma. Já fui batido na primeira curva por causa disso", afirmou.

Fonte: terra.com.br
Disponível no(a):http://esportes.terra.com.br

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