14 de mai. de 2011

Insatisfeito, presidente da Ferrari cogita romper com Ecclestone

 . Foto: Getty Images
Luca Di Montezemolo diz que escuderias podem formar Mundial sem Ecclestone
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O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, afirmou que as equipes da Fórmula 1 se mostraram abertas à possibilidade da organização de um novo campeonato da categoria. De acordo com o mandatário do time italiano, a liga seria associada ao consórcio Exor/News Corporation e paralela ao Mundial já disputado.

A chamada News Corp já havia demonstrado interesse na compra de grande parte dos direitos da F1 junto a Bernie Ecclestone e a CVC. Ainda que o empresário britânico - que é o dono da categoria - afirmasse veementemente que não está aberto a negociações, os times estariam cogitando todas as opções possíveis para o futuro do esporte mais tradicional do automobilismo.
"Acho que devemos ser realistas. No final de 2012 os contratos de todas as equipes com a CVC irão expirar, e então teremos três alternativas: renovamos o contrato, ou criamos a nossa própria empresa - como as equipes de basquete dos EUA fizeram com tanto sucesso -, ou encontramos um novo parceiro", comentou, explicando quem seriam os responsáveis pelas negociações.
"Bernie Ecclestone fez um grande trabalho, mas já vendeu a modalidade três vezes, então já não é ele quem detém a categoria. Será a CVC que terá de vender, e será por uma decisão das equipes", contou.
Montezemolo aproveitou para criticar o momento que a Fórmula 1 vive. Ainda que a categoria tenha ganhado em emoção em relação às últimas temporadas, para ele o esporte tem perdido em naturalidade.
"Fomos longe demais em termos de elementos artificiais. Está sendo como se forçássemos jogadores de futebol a atuar com tênis em dia de chuva. Ter tantas paradas nos boxes... eu quero ver competição, quero ver os carros na pista. Não quero ver competição nos boxes. Na última corrida houve 80 pit stops. É muito. E ninguém percebe nada porque quando saem dos boxes não sabem em que posição estão", reclamou.
"Acho que fomos longe demais com as máquinas, há muitos botões. O piloto se concentra nos botões, e em saber quando terá autorização para ultrapassar. Com todo respeito à FIA, a Ferrari vai se esforçar junto às autoridades para evitar que a F1 vá longe demais", sentenciou.

Fonte: terra.com.br
Disponível no(a):http://esportes.terra.com.br

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