Previsão é de déficit de cana-de-açúcar para atender à frota de carros flex. Segundo levantamento, volume de carros abastecido com etanol caiu.
Etanol tem perdido a competitividade por causa da alta dos preços (Foto: Reprodução/TV Morena) |
Se não houver uma reversão no quadro, a previsão é de que o volume de carros bicombustível abastecidos com etanol caia gradualmente. A participação, que já atingiu 60% na safra 2008/2009, recuou para 45% neste ano e pode despencar para 37% em 2020/2021, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). Na prática, o motorista terá de consumir mais gasolina, por causa da desvantagem do preço, ou reduzir o uso do veículo.
Esse déficit deve ocorrer mesmo com a expansão prevista para as 430 usinas em operação hoje, diz o presidente da Unica, Marcos Jank. A expectativa é de que, juntas, elas acrescentem 342 milhões de toneladas de cana nos próximos dez anos, sendo 146 milhões até 2015. Isso vai envolver a renovação dos canaviais e a expansão da área plantada. Mas esses investimentos serão suficientes apenas para atender a uma parte da demanda.
Para abastecer 66% dos carros flex, o país teria de dobrar a área plantada, chegando a algo como 18 milhões de hectares - isso, nos padrões atuais, sem considerar as novas tecnologias, que poderão aumentar a produtividade. Na safra atual, o aumento da área plantada será de 4,8%, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Nas contas de Jank, o setor precisará de R$ 80 bilhões de investimentos nos próximos dez anos para atender à demanda. Isso significa 133 usinas ou 15 unidades por ano.
Fonte: G1
Disponível no(a):http://g1.globo.com/carros
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