14 de mar. de 2011

Fábricas e refinarias no Japão seguem com atividades suspensas


Entre elas estão as montadoras Honda, Mitsubishi, Nissan, Mazda e Suzuki.
Muitas já registram falta de peças e racionamento de energia
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Grandes empresas japonesas decidiram suspender suas operações diante da sequência de terremotos e tsunamis que atingem o Japão desde a última sexta-feira. Dentre elas estão as montadoras Honda, Mitsubishi, Nissan, Mazda e Suzuki. Seis refinarias com capacidade de processamento de 1,4 milhão de barris por dia de petróleo também estão fechadas devido ao terremoto.
Nesta segunda-feira, o Banco Central do Japão anunciou que duplicou o tamanho de seu programa de compra de ativos e injetando um valor recorde de 15 trilhões de ienes (US$ 183,28 bilhões) nos mercados financeiros para amenizar as preocupações com a liquidez. A operação de emergência prevê mais 6,8 trilhões de ienes que a instituição deve liberar nesta terça e quarta-feira, segundo informou a agência de notícias japonesa Kyodo.

No pregão de hoje, o índice Nikkei, referência para o mercado japonês de ações na Bolsa de Valores de Tóquio fechou em queda 6,18%, aos 9.620,49 pontos, em seu primeiro pregão após o terremoto.
A Toyota chegou a retomar suas atividades após o terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter registrado na sexta-feira, mas voltou a paralisar os trabalhos.
As companhias informam que querem dar a seus funcionários e fornecedores tempo para que verifiquem a situação de seus familiares. Muitas delas já registram falta de peças e estão com o fornecimento de energia suspenso ou racionado. Em alguns casos, há avarias nas estruturas das plantas em decorrência dos terremotos e das ondas gigantes que invadiram o país.
Uma unidade da Sony foi inundada. A companhia suspendeu as atividades em dez fábricas e dois centros de pesquisa no Japão. Já a Toshiba teve uma de suas plantas danificadas pelos terremotos e decidiu paralisar as operações em cinco unidades.
A Canon também fechou as portas de suas fábricas no norte do país, procedimento adotado ainda pela concorrente Nikon.
RefinariasOs seis complexos de refino, localizados no nordeste da área atingida pelo terremoto, que estão com as atividades paralisadas, representam mais de um quarto da capacidade total de processamento de petróleo do país.
As refinarias Sendai, da JX Holdings, com capacidade de processamento de 145 mil barris por dia, e Chiba, da Cosmo Oil, com capacidade de 220 mil barris por dia, foram danificadas por um incêndio após o terremoto, segundo o documento. Os representantes da JX Holdings não foram encontrados para confirmar o tamanho dos danos na refinaria Sendai. Na sexta-feira, a empresa informou que houve um incêndio no tanque de gás de petróleo liquefeito no complexo.
Uma sétima refinaria, controlada pela Idemitsu Kosan, ainda opera parcialmente, aponta o documento, sem dar detalhes. Um funcionário da Idemitsu afirmou que a produção de 200 mil barris diários de petróleo da refinaria Chiba estava ocorrendo normalmente. Não está claro se todas as refinarias paralisadas listadas no documento estão danificadas ou se algumas interrupções são resultado apenas de desligamentos por precaução.
A refinaria China, da Kyokuto, com capacidade para processar 175 mil barris de petróleo por dia, não foi afetada pelo terremoto, mas um funcionário da companhia se recusou a comentar na sexta-feira se a refinaria manteve suas operações. A refinaria Kashima, da JX Holdings, com capacidade para processar 252.500 barris por dia, não estava funcionando após o tremor, em razão de um corte de energia.

Fonte: G1
Disponível no(a):http://g1.globo.com

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