Acreditando na palavra dos engenheiros da F-1, de que até o momento de começar o campeonato, os carros estariam bem mudados em relação à forma como foram lançados, chegou a hora da comprovação. Até amanhã na pista de Barcelona eles dão suas últimas aceleradas antes da estréia.
Mercedes e McLaren, até então as decepções dos testes, são as que levaram maior número de atualizações para seus modelos. Mas nem Ferrari nem Red Bull pisaram no freio de suas experiências porque ainda há muito o que aprender em função das características inéditas dos novos pneus. A abertura do campeonato que vem aí acontece em um circuito de rua, o que exige atenção especial a alguns aspectos que não teriam tanta importância em circuitos regulares como os da pré-temporada. E mais do que isso: com uma temperatura que, salvo raras exceções, será de aproximadamente 15º C acima da que se vê nesta semana em Barcelona.
Com os quatro compostos de borracha de pista seca que a Pirelli disponibilizou – super macio, macio, médio e duro – as equipes já estão familiarizadas, mas nas condições de tempo e temperatura do inverno europeu. O treino livre que deveria ter sido feito no calor do Barein foi cancelado junto com o GP. Esta acabou sendo uma forte razão para o Conselho Mundial da FIA ter aprovado uma mudança nas regras esportivas, que passam a permitir testes de novos tipos de pneus durante a temporada, usando os treinos de sexta-feira de alguns GP´s. A medida pode ser entendida como uma recompensa pelo fato de a Pirelli ter se mostrado boa parceira de FIA e FOM ao atender plenamente o pedido de produzir pneus dentro de exigências super restritas.
Até então na história da F-1, sempre que houve troca de fornecedor de pneus, existiam os períodos de treinos livres no decorrer do campeonato. Hoje, como qualquer treino é proibido e o fabricante de pneus não conta com dados de referência de anos anteriores, um novo tipo de composto criado durante o ano teria de ser usado em um GP sem ser previamente testado. Para evitar esta situação, já que novos tipos certamente terão de ser criados no decorrer do campeonato, as equipes podem receber um tipo ainda não conhecido de pneu de pista seca para ser testado durante as duas sessões de treino de sexta-feira, embora este novo pneu não seja usado na mesma corrida. No resumo de tudo, isso possibilita aos técnicos da Pirelli conhecer melhor o comportamento dos pneus em um carro que vem sofrendo atualizações ao longo da temporada.
Para as três primeiras corridas do ano, os dois tipos à disposição das equipes serão o macio e o duro, correspondente, numa escala de dureza, aos níveis 2 e 4. Prudentemente, serão guardados para as provas européias o pneu supermacio (1), que tem a característica de alcançar muito rapidamente a temperatura ideal de funcionamento, mas dura pouquíssimas voltas, e também o pneu médio (3), que tem mostrado a melhor combinação de performance e durabilidade, provavelmente o ideal para circuitos com asfalto de maior qualidade. O quinto tipo a ser lançado será um pneu ainda mais duro, exatamente para pistas de curvas velozes, que costumam consumir mais borracha.
As coisas vão bem conforme se aproxima o dia da estréia. Só está faltando um equilíbrio maior entre as equipes de ponta. Há ainda muito a se testar hoje e amanhã em Barcelona, mas parece cada vez mais difícil outros carros alcançarem o nível de Red Bull e Ferrari. Acima até da Ferrari, a Red Bull parece ser, de fato, a única plenamente pronta para a abertura do Mundial. Nas mãos de Vettel ou de Webber, o RB7 dá a impressão de ser aquele carro que obedece a vontade do piloto e busca tempo na hora que a equipe quer.
TUDO QUASE PRONTO, MAS
NO FRIO. CORRIDA DE ESTRÉIA TERÁ
TEMPERATURA BEM MAIS ALTA
Fonte: sinalverde
Disponível no(a):http://globoesporte.globo.com/platb/sinalverde
Nenhum comentário:
Postar um comentário