27 de jan. de 2011

Peugeot 408


Peugeot 408

Porte de carro grande, equipamento, espaço: o 408 quer se impor entre os sedãs médios


O novo Peugeot 408, que foi mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo, já está em produção na Argentina, onde começa a ser vendido este mês. No Brasil, a estreia será apenas em março de 2011. Para antecipar a novidade, nós participamos de seu pré-lançamento no país vizinho e mostramos aqui em primeira mão como é o novo sedã médio.

Como seu nome revela, o 408 é a oitava geração (daí o 8) do Peugeot de 4 metros de comprimento – mais precisamente 4,69 metros (daí o 4). O zero é um padrão da marca, apenas separa os outros dois números, mas não tem significado. O 408 é o sucessor natural do 407 Sedan, mas substituirá também o 307 Sedan, uma variação do 307 hatch.

Segundo a fábrica, o 408 foi desenvolvido sobre uma nova plataforma projetada para mercados emergentes (na Europa, o 407 será substituído pelo 508). Entenda-se isso como um conjunto robustecido, para suportar as condições de rodagem em pisos mais acidentados, e menos sofisticado, principalmente no que diz respeito à eletrônica embarcada. Ainda assim, o 408 é mais moderno que seus antecessores e bem servido de recursos. Na Argentina, ele vem com ABS, ESP, seis airbags, ar-condicionado dual zone, faróis de xenônio e sistema de navegação por satélite, na versão mais completa. O motor 2.0 de 140 cv e a transmissão (manual de cinco marchas ou automática sequencial de quatro) são os mesmos que equipavam o 307 Sedan no país vizinho. Ou seja: a versão brasileira (que será produzida na mesma unidade de El Palomar, na Grande Buenos Aires) virá com idêntico conjunto, tendo como única diferença o fato de o motor ser flex e gerar 151 cv, com álcool.

Ao volante, o 408 apresenta um comportamento muito parecido com o do 307 Sedan. Sua suspensão absorve as irregularidades do piso com eficiência e ajuda o carro a ter um rodar macio, embora os pneus 225/45 R17 da unidade avaliada sejam mais duros que os 205/55 R16, que equipam o 307 Sedan e que também estão disponíveis para o 408, na Argentina. Com os pneus de perfil mais alto, o 408 deve rodar com mais conforto e menor nível de ruído, uma vez que o motor e a transmissão estão bem isolados e o ruído que sobra vem justamente dos pneus e, em velocidades acima de 100 km/h, da aerodinâmica.

A direção, que no 307 Sedan era eletro-hidráulica, agora é hidráulica. Mas a sensação é de que o conjunto ficou mais leve (mesmo com os pneus mais largos). O câmbio manual de cinco marchas está bem escalonado e, comparando com o sistema automático de quatro marchas, permite explorar melhor a força do motor. A prova disso é fornecida pela própria Peugeot, que informa um desempenho melhor para a versão manual. Segundo a fábrica, o 408 manual argentino faz de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos e atinge 210 km/h, enquanto o automático acelera em 11,2 segundos e chega a 198 km/h de velocidade.

Novas fórmulas No que diz respeito ao design, o 408 é conservador, como é a tendência dos lançamentos recentes no segmento dos sedãs médios, vide VW Jetta e Renault Fluence. Mas isso não significa que ele repita as fórmulas antigas. Pelo contrário, apesar de manter os faróis delgados e quase verticais, o 408 apresenta soluções novas, principalmente nas laterais, onde antes existiam superfícies lisas e frisos de pouca expressividade e agora há vincos marcantes assimétricos, que dão a noção de movimento.

Internamente, os instrumentos reproduzem o grafismo já conhecido dos donos de Peugeot, mas o compartimento onde ficam os mostradores é aberto nas laterais, mais arejado e naturalmente iluminado. O painel ganhou linhas suaves e os bancos são confortáveis, mas o revestimento de couro sintético não agradou pela falta de uniformidade nas costuras.

No conjunto, o 408 parece bem projetado para agradar ao público de seu segmento. Se tiver bom preço, está pronto para encarar o competitivo mercado que vai entrar em fase de renovação, uma fila que começa a ser puxada pelo Fluence (veja na pág. 76) e promete novidades para o próximo ano, que incluem as estrelas do segmento, Civic e Corolla.



NA ATIVA
Apesar da aposentadoria do 307 Sedan, o 307 hatch segue em frente, em nosso mercado, por pelo menos mais um ano, uma vez que o 308, seu substituto, só deve ser lançado em 2012, muito provavelmente já como linha 2013.




VEREDICTO
O 408 supera o 307 Sedan em diversos aspectos: estilo, conteúdo e espaço interno. Falta saber seu preço e qual será o pacote de facilidades pósvenda oferecido pela fábrica.


Fonte:quatrorodas
Disponível em:http://quatrorodas.abril.com.br

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