Novo tetracampeão ressaltou dificuldades do início do ano e se disse "orgulhoso por dar resposta na pista" àqueles que o vaiaram nas últimas etapas
Agora tetracampeão, Vettel beija o troféu de vencedor do GP da Índia (AP Photo/Aijaz Rahi)
Já é realidade: com apenas 26 anos, Sebastian Vettel se tornou
neste domingo o quarto tetracampeão da história da F1, sendo disparado o
mais novo entre todos, o terceiro a obter quatro títulos de forma
consecutiva e o primeiro a fazê-lo em seus primeiros campeonatos
conquistados. O feito foi alcançado com estilo no GP da Índia, com
direito a pole position e vitória.
Para tal, o alemão adotou uma tática diferenciada, fazendo um pitstop antecipado para se livrar dos pneus macios logo ao fim da segunda volta. Voltando em 17º, Vettel teve de mostrar uma face muitas vezes desconhecida (ou ignorada) por boa parte do público: arrojo para fazer várias ultrapassagens e retornar ao pelotão de frente em poucas passagens, até retomar a liderança quando seu companheiro de Red Bull, Mark Webber, realizou a primeira visita aos boxes.
Assim, Sebastian chegou ao terceiro triunfo em três edições da etapa indiana, sendo o 36º na carreira e décimo só nesta temporada (o que o deixa muito próximo de igualar ou superar seu recorde pessoal de 2011, quando esteve no alto do pódio 11 vezes). E consumou o tetra com três rodadas de antecipação.
Quem viu o caráter randômico do início do campeonato, graças aos complicados pneus Pirelli, jamais poderia imaginar um domínio tão grande do conjunto Vettel-RB9 nesta fase final. E foi justamente essa dificuldade para superar os problemas do começo do ano que o germânico fez questão de ressaltar na entrevista coletiva após a prova, já que a facilidade das vitórias recentes o levou até a ser vaiado pelo público no pódio de algumas corridas.
“A temporada não foi fácil, isso com certeza, mesmo que as pessoas de fora tenham a ideia de que nós estamos com tudo em nossas mãos nas últimas etapas. Para mim, pessoalmente, foi difícil ser vaiado, mesmo não tendo feito nada de errado. Superar isso e dar a resposta certa, na pista, ganhando finalmente a aceitação, me deixa muito orgulhoso. Acho que todos nós, como pilotos, buscamos isso”, disse, após ser ovacionado pelos fãs indianos.
Um dos motivos para ganhar a simpatia do público local foi o fato de Vettel ter quebrado o protocolo, feito “zerinhos” com seu carro e escalado o alambrado em frente à arquibancada da reta principal, logo após o término da prova. “Eu realmente não premeditei nada disso. ‘Rocky’ [Guillaume Roquelin], meu engenheiro, me pediu para adotar o procedimento padrão, mas eu pensei: ‘Não desta vez’. Havia tanta gente nas arquibancadas e eu tinha que fazer isso. Geralmente, não somos autorizados, mas eu pensei que seria o certo”, relatou.
Por fim, o jovem alemão, que chegou a chorar antes da cerimônia de premiação, se disse “sem palavras” pela conquista e por igualar duas lendas do esporte, Juan Manuel Fangio e Michael Schumacher, os dois únicos a terem sido tetra de forma seguida antes dele.
“Estou sem palavras. Cruzei a linha de chegada e fiquei mudo. Demorei anos pensando em algo para dizer, pois é numa hora como essa que você deseja falar tantas coisas, mas não consegui. É um prazer entrar no carro, ir lá, correr por esses caras e dar a eles tudo o que eu tenho. O carro estava fenomenal hoje e, na verdade, vem sendo fenomenal por toda a temporada. Não poderia exigir mais. Igualar Fangio e Schumacher é inacreditável”, completou.
Tags: Para tal, o alemão adotou uma tática diferenciada, fazendo um pitstop antecipado para se livrar dos pneus macios logo ao fim da segunda volta. Voltando em 17º, Vettel teve de mostrar uma face muitas vezes desconhecida (ou ignorada) por boa parte do público: arrojo para fazer várias ultrapassagens e retornar ao pelotão de frente em poucas passagens, até retomar a liderança quando seu companheiro de Red Bull, Mark Webber, realizou a primeira visita aos boxes.
Assim, Sebastian chegou ao terceiro triunfo em três edições da etapa indiana, sendo o 36º na carreira e décimo só nesta temporada (o que o deixa muito próximo de igualar ou superar seu recorde pessoal de 2011, quando esteve no alto do pódio 11 vezes). E consumou o tetra com três rodadas de antecipação.
Quem viu o caráter randômico do início do campeonato, graças aos complicados pneus Pirelli, jamais poderia imaginar um domínio tão grande do conjunto Vettel-RB9 nesta fase final. E foi justamente essa dificuldade para superar os problemas do começo do ano que o germânico fez questão de ressaltar na entrevista coletiva após a prova, já que a facilidade das vitórias recentes o levou até a ser vaiado pelo público no pódio de algumas corridas.
“A temporada não foi fácil, isso com certeza, mesmo que as pessoas de fora tenham a ideia de que nós estamos com tudo em nossas mãos nas últimas etapas. Para mim, pessoalmente, foi difícil ser vaiado, mesmo não tendo feito nada de errado. Superar isso e dar a resposta certa, na pista, ganhando finalmente a aceitação, me deixa muito orgulhoso. Acho que todos nós, como pilotos, buscamos isso”, disse, após ser ovacionado pelos fãs indianos.
Um dos motivos para ganhar a simpatia do público local foi o fato de Vettel ter quebrado o protocolo, feito “zerinhos” com seu carro e escalado o alambrado em frente à arquibancada da reta principal, logo após o término da prova. “Eu realmente não premeditei nada disso. ‘Rocky’ [Guillaume Roquelin], meu engenheiro, me pediu para adotar o procedimento padrão, mas eu pensei: ‘Não desta vez’. Havia tanta gente nas arquibancadas e eu tinha que fazer isso. Geralmente, não somos autorizados, mas eu pensei que seria o certo”, relatou.
Por fim, o jovem alemão, que chegou a chorar antes da cerimônia de premiação, se disse “sem palavras” pela conquista e por igualar duas lendas do esporte, Juan Manuel Fangio e Michael Schumacher, os dois únicos a terem sido tetra de forma seguida antes dele.
“Estou sem palavras. Cruzei a linha de chegada e fiquei mudo. Demorei anos pensando em algo para dizer, pois é numa hora como essa que você deseja falar tantas coisas, mas não consegui. É um prazer entrar no carro, ir lá, correr por esses caras e dar a eles tudo o que eu tenho. O carro estava fenomenal hoje e, na verdade, vem sendo fenomenal por toda a temporada. Não poderia exigir mais. Igualar Fangio e Schumacher é inacreditável”, completou.
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