A imprensa automotiva mundial continua reclamando da forma em que a Mini está transformando sua linha em uma grande bagunça de carros inflados. Enquanto isso, a marca continua lançando novos modelos enormes. Conheça o novo Mini Paceman JCW.
O Paceman é uma versão duas-portas e menos prática do Countryman com um caimento na parte posterior do teto para matar o espaço para a cabeça dos ocupantes do banco de trás, e um desnecessário sistema de tração integral para que ele possa ser usado no inverno dos países onde há neve. Ele é grande demais para ser um aventureiro urbano, e macio demais para um eventual off-road leve. O que poderia deixá-lo melhor? A Mini decidiu dar ainda mais potência a ele e reduzir o vão livre com uma suspensão esportiva e rodas de 18 polegadas.
Eles chamam-no de “cupê de atividades esportivas com gosto de corrida e desempenho intoxicante”. Eu o chamo de balofo. Acelera de zero a 100 km/h em 6,9 segundos e chega ao 225 km/h. Ou 224 km/h, caso você escolha o câmbio automático opcional. Não que o motor não esteja fazendo seu trabalho. Ao contrário: o 1.6 tem um turbo de duplo fluxo, injeção direta e controle variável de válvulas, que dá a ele 221 cv e 28,5 mkgf. O torque pode subir momentaneamente entre 2.100 e 4.500 rpm para 30,5 mkgf graças ao overboost.
O problema é que o Paceman é pesado demais: 1.475 kg — ou 1.495 se você escolher o câmbio automático. Como um carro com quase 1,5 tonelada pode se chamar Mini? Isso é exatamente 2,1 vezes o peso do Mini original, que venceu o rali de Monte Carlo.
Molas e amortecedores com acerto firme, barras estabilizadoras mais rígidas e suspensão 99 mm mais baixa dão conta da potência, assim como as pinças de freio vermelhas. O Paceman só aceita quatro ocupantes, seu porta-malas comporta 330 litros e pode chegar a 12.7 km/l se você não abusar do desempenho John Cooper Works.
Ele também é bem bonito por dentro, como todos os Minis. Mas ainda assim, eu passo. Obrigado.
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