Sedã ganha plataforma do Onix e fica mais espaçoso.
Dirigibilidade agrada pelo desempenho, mas suspensão é ‘molenga’.
Chevrolet Prisma LTZ (Foto: Divulgação)
A meta da montadora é vender 6 mil unidades por mês do modelo, já considerando concorrentes que ainda estão por vir, como o Hyundai HB20 sedã.
Para isso, a equipe de engenharia e design chegou a uma fórmula que uniu bom conjunto mecânico, amplo espaço interno, acabamento bem cuidado (ao considerar a categoria) e um conjunto de conectividade inédito no segmento. Todos os atributos foram distribuídos em uma faixa de preços que começa em R$ 34.990, valor que corresponde à versão de entrada LT com motor 1.0, passa pela intermediária LT com motor 1.4 de a partir de R$ 39.090 e termina na topo de linha LTZ 1.4, de R$ 45.990.
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A lista de equipamentos é extensa, mas a versão mais básica vem com
sensor de estacionamento, direção hidráulica, freios ABS com
distribuição eletrônica de frenagem (EBD), ajuste de altura do banco do
motorista, duplo airbag, travamento automático das portas ao atingir 15
km/h, abertura elétrica do porta-malas, vidros elétricos nas portas
dianteiras com subida com um toque, abertura e fechamento automático dos
vidros, alarme, regulagem de altura da direção, retrovisores na cor do
veículo e dobráveis, rodas de 14 polegadas, entre outrosO pacote mostra uma reação ofensiva em relação ao movimento que a Hyundai, por exemplo, começou no mundo e atingiu em cheio o mercado brasileiro. Público, hoje, extremamente mais maduro do que se via em 2006, quando a primeira geração do Prisma foi lançada. "Este carro foi criado para atrair clientes jovens e modernos, que tenham até um filho", ilustra o diretor de marketing da General Motors do Brasil, Hermann Mahmke.
Ao contrário do que a GM oferece com o Cobalt, a carroceria do Prisma ganhou linhas arredondadas ornadas por marcantes vincos que, embora detalhem bastante o carro, não tornaram o visual pesado ou cansativo. O único ponto que destoa no conjunto é a máscara azulada nos faróis - seriam mais agradáveis esteticamente se puxassem para o preto.
Internamente, nota-se o mesmo capricho. Para equilibrar o interior com o exterior bem recortado, o painel e o console central ganharam desenho em ondas, sendo que a parte central avança em direção aos ocupantes. Em contraste, mostradores e botões foram minimizados, o que "limpou" o ambiente visualmente, trazendo amplitude e praticidade ao habitáculo.
Os tecidos escolhidos harmonizam com o desenho e, embora a quantidade exagerada de plástico já seja esperada nesta categoria, a qualidade do material está superior ao da geração anterior.
Chevrolet Prisma (Foto: Divulgação)
MyLink de série só na versão LTZOutra grande sacada do novo Prisma é o avanço do sistema multimídia MyLink, que traz novos aplicativos para serem baixados, como o TuneIn e o BringGo. Com o primeiro, é possível que usuários sintonizem mais de 70 mil estações de rádio em todo o mundo via Internet. Já o BringGo fornece ao motorista um sistema de navegação completo que além de mapas 3D apresenta atualização do trânsito em tempo real. O aplicativo também inclui pontos de interesse, como, por exemplo, restaurantes, hotéis, postos de gasolina, entre outros.
O MyLink faz uso de uma tela LCD touch screen de sete polegadas. Por meio do sistema, é possível controlar algumas configurações funcionais do carro, como avisos sonoros de faróis ligados, acionamento do desembaçador traseiro, travamento automático das portas, rádio, entre outros. Ele permite também sincronizar os contatos do celular com o carro, entre outras funções.
No entanto, o MyLink só é oferecido de série na versão LTZ. No caso da LT 1.0, para ter o recurso, o consumidor tem que desembolsar R$ 36.290. Se quiser o MyLink e o ar-condicionado, R$ 38.490, e por aí vai entre as opções de pacotes.
O encarecimento do carro não é uma notícia boa para o público alvo, jovens que hoje consideram tão essencial um sistema de conectividade quanto o ar-condicionado. Porém, não se pode tirar o mérito de que é um avanço a disponibilidade deste tipo de equipamento em categorias "de entrada".
Impressões ao dirigir
Ao acelerar o carro, a elevação da qualidade também é notada. O G1 rodou cerca de 180 km com a versão LTZ 1.4 e mais 180 km com a LT 1.0 em um trajeto de ida e volta entre Curitiba (PR) e Joinville (SC). As duas opções superam as expectativas em relação ao desempenho - os carros foram testados com porta-malas parcialmente carregados e ar-condicionado ligado.
A versão 1.0 tem 80 cavalos de potência (etanol) e 78 cv (gasolina). Já o torque máximo, com etanol, é de 9,8 kgfm a partir de 5.200 rpm, e 9,5 kgfm quando alimentado a gasolina. Em vias urbanas e, especialmente, na estrada, percebe-se fôlego acima do que um motor deste tamanho costuma oferecer - dentro das condições de um carro 1.0, ele é esperto nas respostas e ágil.
A versão 1.4 também parece se tratar de um motor superior, 1.6 por exemplo. Este propulsor tem 106 cv a etanol e 98 cv a gasolina e torque máximo, com etanol, de 13,9 kgfm a partir de 4.800 rpm e 13,0 kgfm quando alimentado com gasolina.
Novo Prisma tem bom espaço interno (Foto: Div.)
Como sempre, a GM traz um câmbio manual de encaixes precisos e trocas
bem confortáveis. A transmissão de cinco velocidades é uma F17 geração
1.5 – a mesma empregada nos modelos Onix e Cobalt. Espera-se ainda o
lançamento de uma versão automática, mas a GM não revela a data para a
chegada da opção.Já a suspensão é bem mole, o que agrada muito o perfil da maioria dos condutores brasileiros, mas nem todos. Mesmo assim, ela surpreende ao segurar bem o sedã nas curvas. Apesar de puxar um pouco a traseira, o Prisma traz confiança ao motorista, que entra acelerado nas curvas com tranquilidade e controle.
Sobre a posição de dirigir, o compacto traz boa visibilidade e conforto. Destaque aqui para os ajustes de altura do volante e do banco, itens de série que fazem toda a diferença. Por outro lado, no caso da versão LT 1.0, o que decepciona é o ajuste manual dos retrovisores. Algo bem incômodo e que, de certa forma, prejudica a redução de ponto cego pela característica falta de precisão - fora que não combina nem um pouco com a nova proposta do carro.
Espaço interno amplo
Para os passageiros, há espaço de sobra para esticar as pernas, guardar objetos e achar uma posição confortável - e isso inclui aqueles que vão no banco de trás. O habitáculo ficou bem maior e eliminou totalmente aquela "briga de braços" entre os passageiros para se acomodar no carro. No caso das malas, também não há "disputa" de espaço. O carro oferece generosos 500 litros de capacidade.
Conclusão
Quem gosta de carro mais esportivo e ler o slogan criado pelo marketing da Chevrolet de o "primeiro sedã esporte", vai se decepcionar ao dirigir o modelo. Primeiro, porque sedãs não são esportivos por natureza, segundo porque não vai gostar da suspensão molenga. Porém, o compacto pode ser definido sim como um sedã moderno, confortável e prático. Se for indicar dois produtos "acertados em cheio" dentro da renovação de todo o portfólio da marca Chevrolet no Brasil, pode-se dizer que são o hatch Onix e o sedã Prisma.
Antigo Chevrolet Prisma (Foto: Divulgação)
Novo Chevrolet Prisma VALE ESTE (Foto: Divulgação)
Disponível no(a):http://g1.globo.com/carros
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