Ah, os anos 80. Mullets, ternos com ombreiras e… um carro japonês modificado pela AMG? Foi mesmo a década da loucura.
Desde os anos sessenta o Debonair havia sido o carro mais caro da Mitsubishi. Na metade dos anos 80 o Debonair era um sedã quadradão, de tração dianteira e feito sob medida para tentar agradar os executivos jovens, que haviam enriquecido no boom da economia japonesa. Segundo o Japanese Nostalgic Car, a suspensão molenga do carro não fazia dele muito esportivo, então ninguém pensaria nele como um bom candidato a receber um tapa da AMG.
Hoje em dia a AMG é a divisão de preparação e automobilismo da Mercedes-Benz, responsável por alguns dos sedãs, cupês e SUVs mais caros e potentes do mundo. Mas nem sempre foi assim: a AMG já foi uma companhia independente, porém o motivo que levou a preparadora a trabalhar com Mitsubishi é um mistério perdido na história.
O Debonair V3000 Royal AMG foi lançado em 1987, só um ano depois do famoso sedã destruidor de supercarros, AMG Hammer W124. Mas não espere que o Mitsubishi tenha a mesma pegada do Mercedes – o Debonair AMG só tinha modificações estéticas. O trabalho da famosa empresa de tuning alemã se resumia a um body kit, volante modificado, rodas e, talvez o mais importante, emblemas AMG.
Bacana esse banco traseiro, não?
Melhorias no motor? Por ali, senhoras e senhores – no AMG Hammer. O pacote do Debonair AMG é bem convincente – contanto que você esteja tentando convencer alguém que não entende nada de carros. E for cego. E surdo.
Não seria última vez que a AMG se juntaria à Mitsubishi. Mais tarde, dessa união renderia o Galant AMG, que ao menos tinha algumas modificações funcionais. Além disso, com a história do Galant nos ralis, uma versão AMG fazia muito mais sentido.
Mitsubishi e Mercedes-Benz acabariam se ligando mais uma vez no começo dos anos 2000 através da Daimler-Chrysler, mas infelizmente nunca chegamos a ver um 3000GT V8 AMG ou um Classe C Evolution. Uma pena, porque seria demais.
Fonte: Jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br/
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