Quando algum fabricante coloca em algum carro uma marca de estilo inédita, normalmente os outros acompanham rapidamente e aquilo se torna moda. Mas o tempo passa, modelos demais em segmentos demais começam a ficar na moda e o estilo perde sua exclusividade e fica cansado.
Algo que fica bem em um Mercedes de R$ 300 mil não fica muito bom em um Fiat de R$ 30 mil. E se a marca de estilo é meio que “propriedade” de um fabricante específico, não fica muito bom quando copiado por outros. Andar pelo Salão de Los Angeles e observar os detalhes em alguns lançamentos mostra que certas tendências já deram o que tinham de dar. Eis algumas delas.
Fibra de carbono falsa
A fibra de carbono está ficando cada vez mais comum em carros de alto desempenho para reduzir peso. Sendo assim, nada mais natural que tenha se tornado uma peça de acabamento popular – como foi o alumínio há mais de uma década. O problema é que a fibra de carbono não é exatamente atraente. Quando é falso, fica ainda pior.
No Kia Forte 2014 a fibra falsa está nas saídas de ar, bordas das janelas, por todos os lados. É um padrão em ziguezague carregado e chamativo demais, e eu acho que um plástico prateado liso, ou cinza escuro com textura imitando madeira, teria feito o interior parecer menos caricato. O que é uma pena, porque a próxima geração do Kia Forte (para nós, Kia Cerato) é um carro bonito. Fibra de carbono em um Pagani é até legal. Fibra de carbono de mentira em um Kia, não é.
Acabamento em black piano
Não sem que inventou de chamar o acabamento em preto brilhante de “black piano”, mas tal como a fibra de carbono falsa, esse tipo de acabamento aparece em muitos carros modernos imitando madeira coberta com laca preta. Eu acho que o primeiro Jaguar XJ foi o primeiro a usá-lo bastante, e desde então o acabamento foi adotado pelos fabricantes de carros de luxo como alternativa ao tradicional acabamento em madeira. Quando é de verdade, é bem legal. Quando é de plástico, não. A pior parte: só de olhar torto para ele já aparecem marcas de dedo.
No Ford Fiesta reestilizado, as versões com o sistema MyFord sensível ao toque trazem o acabamento em black piano – o que acaba transformando aquela peça brilhante em um ímã de marcas de dedo. E você vai dar mais dedadas lá quando for procurar o botão de volume. E a superfície vai atrair cada partícula de poeira dentro do carro. Se você comprar um, é bom gostar de limpar coisas.
Teto branco
O Mini original era famoso por seu teto branco opcional, e ficou ainda mais famoso quando aqueles Mini Cooper começaram a participar dos ralis com a combinação carroceria vermelha + teto branco. Então quando a BMW renovou o Mini em 2002, o teto contrastante se tornou sua marca outra vez. Mas não fica bom em todos os carros. A Land Rover adotou a ideia no Evoque, e o teto branco não combina com a maioria das cores.
O Fiat 500L apresentado nessa semana no Salão de LA ficou ainda mais estranho com a carroceria amarela e o teto branco. Francamente, parece um banana gorda. O Fiat Multipla antigo até se saía bem com o teto contrastante. Esse aí, nem tanto.
Costuras, costuras everywhere
Costuras por todo o painel costumava se um sinal de que o carro tinha um painel coberto com couro e era bem suave, para satisfazer as pessoas que gostam de ficar cutucando o painel o tempo todo. Mas então elas começaram a aparecer em carros sem painel de couro. E depois se espalharam por todo canto.
O nosso exemplo é um Toyota Camry, que não é um modelo novo mas apareceu para fazer frente com o Kia Cadenza e o Honda Accord, em uma tentativa de calar a boca de quem dizia que o interior não era bom o bastante. Melhorou, mas as costuras falsas são óbvias demais.
Esqueci alguma coisa?
Fonte: Jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br/
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