4 de ago. de 2012

Nove categorias que seriam incríveis se não tivessem morrido

turismo5000 02-08-2012
Chegou a hora de reunir suas respostas e fazer aquela lista esperta. Aí vão nove categorias tão legais que tiveram que ser canceladas.
Como costuma acontecer, algumas respostas foram polêmicas.
Dessa vez, o que gerou controvérsia foi a inclusão do Grupo B. Ainda que muita gente tenha sugerido, alguns argumentaram que o Grupo B não foi um fracasso – pelo contrário, e só acabou por causa do fatídico acidente. Pode até ser, mas achamos por bem incluí-lo dada a quantidade de sugestões.
Ressalvas feitas, vamos lá?

A1 Grand Prix


Sugerido por speeder76
A ideia era ter monopostos idênticos, mas em vez de organizar os carros por equipes particulares ou de fábrica, decidiram separar tudo por país. Seria como a Copa do Mundo de Fórmula 1, mas a categoria só existiu de 2005 a 2009. As corridas não era ruins, pelo contrário, mas a A1 GP nunca pegou onde a F1 já era popular. A gestão investiu grana em algo que já era difícil por natureza, e a coisa toda murchou e morreu.
A lição: se você vai concorrer com a F1, sua categoria tem que fazer macumba. (Foto: Ross Land/Getty Images)

Fórmula Futuro


Sugerido por CanibalMT
A categoria idealizada pelo incompreendido Felipe Massa tinha tudo para dar certo. Apesar do alto investimento em carros, infraestrutura e parcerias com canais de TV, o custo para equipes e pilotos era comparativamente baixo em relação à outras categorias de monopostos, e os benefícios eram altos – o vencedor de cada temporada ganhava uma vaga na academia de pilotos da Ferrari e um lugar na Fórmula Abarth. Isso era garantia de provas emocionantes e disputadas, com pilotos jovens e entusiasmados. Mesmo assim, no dia 18 de abril de 2012 foi anunciado o fim, após duas temporadas. O motivo? Grid vazio e, como consequência, falta de verba.
A lição: não bastam boas ideias e altos investimentos para se criar uma categoria em um país que não valoriza o automobilismo.

Procar Video

3 de Agosto de 2012
turismo5000 02-08-2012
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Nove categorias que seriam incríveis se não tivessem morrido

Por - Raphael Orlove e Dalmo Hernandes - 03 ago, 2012 - 02:25
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Dias atrás perguntamos a vocês qual foi a melhor categoria fracassada do automobilismo. Chegou a hora de reunir suas respostas e fazer aquela lista esperta. Aí vão nove categorias tão legais que tiveram que ser canceladas.
Como costuma acontecer, algumas respostas foram polêmicas. Dessa vez, o que gerou controvérsia foi a inclusão do Grupo B. Ainda que muita gente tenha sugerido, alguns argumentaram que o Grupo B não foi um fracasso – pelo contrário, e só acabou por causa do fatídico acidente. Pode até ser, mas achamos por bem incluí-lo dada a quantidade de sugestões.
Ressalvas feitas, vamos lá?

A1 Grand Prix


Sugerido por speeder76
A ideia era ter monopostos idênticos, mas em vez de organizar os carros por equipes particulares ou de fábrica, decidiram separar tudo por país. Seria como a Copa do Mundo de Fórmula 1, mas a categoria só existiu de 2005 a 2009. As corridas não era ruins, pelo contrário, mas a A1 GP nunca pegou onde a F1 já era popular. A gestão investiu grana em algo que já era difícil por natureza, e a coisa toda murchou e morreu.
A lição: se você vai concorrer com a F1, sua categoria tem que fazer macumba. (Foto: Ross Land/Getty Images)

Fórmula Futuro


Sugerido por CanibalMT
A categoria idealizada pelo incompreendido Felipe Massa tinha tudo para dar certo. Apesar do alto investimento em carros, infraestrutura e parcerias com canais de TV, o custo para equipes e pilotos era comparativamente baixo em relação à outras categorias de monopostos, e os benefícios eram altos – o vencedor de cada temporada ganhava uma vaga na academia de pilotos da Ferrari e um lugar na Fórmula Abarth. Isso era garantia de provas emocionantes e disputadas, com pilotos jovens e entusiasmados. Mesmo assim, no dia 18 de abril de 2012 foi anunciado o fim, após duas temporadas. O motivo? Grid vazio e, como consequência, falta de verba.
A lição: não bastam boas ideias e altos investimentos para se criar uma categoria em um país que não valoriza o automobilismo.

Procar

 Sugerido por Lange

No final dos anos 1970, a a BMW tinha alguns M1 de corrida que não podiam participar de provas de longa duração por conta do regulamento, e precisavam achar algo para fazer com eles. Então entraram em acordo com a Fórmula 1, que deixou que eles fizessem uma espécie de aperitivo para as corridas de F1. Eram carros legais e pilotos de primeira correndo em carros idênticos, mas categorias monomarcas não são boas em cativar o público no segmento de turismo, onde boa parte da graça está na briga entre fabricantes. Ecclestone tentou de novo em 1988, com carros especiais com motor de F1, mas só foi feito um Alfa Romeo. E que Alfa Romeo!
A lição: corridas monomarca ainda dão apoio à F1 hoje em dia, como a etapa da Copa Porsche que acontece logo antes do GP do Canadá. O conceito é bom, só é preciso suporte estável de algum fabricante para fazer funcionar, sem maiores pretensões.

Grupo C


Sugerido por NightRider
Depois dos carros incríveis porém entediantes do Grupo 5, o campeonato mundial de endurance criou uma nova categoria que usava tecnologia avançada, com motores turbo, economia de combustível regulamentada e aerodinâmica de ponta, chamada Grupo C. Tudo parecia correr bem, com mais fabricantes de renome competindo do que nunca: Porsche, Lancia, Jaguar, Aston Martin, Toyota, Mazda, Mercedes e Peugeot. Mas de alguma forma a audiência das corridas continuou caindo, e tudo foi cancelado em favor da F1 no início dos anos 90.
A lição: você pode fazer tudo certo ao criar uma categoria de corridas e mesmo assim ficar na mão. (Foto: Group C)

Turismo 5000


 

Sugerido por Eduardo_CL
Criada em 1981 pelo então presidente da Federação de Automobilismo de São Paulo (FASP) Orlando Casanova, a Turismo 5000 era disputada no anel externo de Interlagos. Era o sonho de todo fã dos V8 nacionais: ver Dodge, Maverick e Galaxie, com seus motores V8 preparados quase sem restrições (a única era a proibição dos carburadores quadrijet). O que começou com apenas um Maverick no grid – a primeira prova teve esse carro e mais meia dúzia de rivais inscritos de última hora – se viu tendo que eliminar os carros mais fracos por não suportar quase 70 canecões disputando ao mesmo tempo. Com o tempo foi se espalhando para outros cantos do Brasil, e ficou bastante popular nas regiões de Brasília e no Sul.
A lição: era uma categoria motivada por puro prazer, onde os donos de V8 (que ainda eram numerosos, e custavam barato para comprar e manter) depenavam e preparavam seus carros no limite. Como em muitos casos, os custos cada vez mais altos para pilotos e equipes, que foram perdendo o interesse, acabaram matando a categoria.

CART


Sugerido por @FRepsol
A CART era tudo o que os americanos queriam em termos de corridas com monopostos. Chassis diferentes, motores diferentes, tecnologia de ponta e disputas acirradas em diferentes tipos de traçado. Um homem, Tony George, praticamente botou fim em tudo pois queria as coisas do seu jeito e era dono do Circuito de Indianápolis. Ele criou sua própria categoria, a IRL, e baniu a CART da Indy 500. Foi o suficiente para abalar as estruturas financeiras da CART, que acabou definhando anos depois. A IndyCar agora usa chassis idênticos para todos os carros, e isso nem de longe é tão legal quanto poderia ter sido, tudo graças a essa rixa entre CART e IRL.
A lição: esse tipo de contenda quase aconteceu na F1 algumas vezes, mas Bernie governa sua categoria com punho de ferro. Mantenha absoluto controle sobre a situação quando uma grande quantia estiver em jogo.

Can-Am


Sugerido por alvarez_molina
A Can-Am é um dos poucos exemplos de categorias empreendedoras que deram certo, pelo menos por um tempo. Nas décadas de 1960 e 1970, a Can-Am oferecia prêmios gordos aos pilotos e os fabricantes tinham um regulamento quase irrestrito para os fabricantes correrem nos EUA. Eram simplesmente os melhores carros e corridas que o mundo já viu. O problema é que McLaren e Porsche se saíram tão bem que acabaram encobrindo e desencorajando equipes menores e inovadoras.
A lição: no mundo das corridas envolvendo fabricantes de ponta, uma única equipe dominar sua categoria ao ponto de ela não ser mais divertida de assistir. (Foto: The Dave Friedman collection)

Grupo B


Sugerido por quase todo mundo
Assim como a Can-Am, o Grupo B era uma categoria quase sem restrições. Ela oferecia praticamente tudo o que um fã pode querer: um grande número de marcas famosas de diferentes países, construindo carros usando tecnologia de ponta, mas “baseados” em carros de rua. Competição acirrada e corridas espetaculares, espalhadas por toda a Europa. Mas depois de alguns acidentes violentos e mortes trágicas, a categoria foi cancelada em 1986.
A lição: sim, existe a possibilidade de os carros serem “rápidos demais”, e não se pode comprometer a segurança no automobilismo moderno.

Brasileiro de marcas


Sugerido por Carlos
No início de 2011 correu a notícia de que o Brasil teria novamente um Campeonato Brasileiro de Marcas. Os mais velhos (eu, infelizmente, não entro nessa…) vão se lembrar do Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos dos anos 80, onde carros que víamos o tempo todo nas ruas eram preparados com base na mecânica original. Voyage, Chevette, Escort, e até um especial de homologação, o Oggi CSS, competiam usando os mesmos motores dos carros que as pessoas tinham em casa, porém preparados para render 140, 150 cv. Mudanças no regulamento, custos cada vez maiores para pilotos e equipes e muita politicagem a definharam até que, no início dos anos 90, acabou de vez.
A categoria quase homônima que temos hoje em dia aparentemente vai bem, mas perdeu a competitividade real entre equipes de marcas diferentes. Pode não ser um fracasso do ponto de vista financeiro, mas ao olhar do entusiasta os atrativos são mais limitados. Motores, transmissão, suspensão e freios são idênticos, bem como peso e potência. Quase uma Stock Car com outro nome.
A lição: talvez seja tolice acreditar que uma categoria vá permanecer “pura” por muito tempo. Existe, sim, competição, mas no fim das contas o que fala mais alto são o dinheiro, a autopromoção e o equilíbrio artificial, e é muito improvável que tenhamos novamente algo parecido com o Campeonato de Marcas dos anos 80.
Fonte: Jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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